Como foi criada a hora?

Perguntado por: egoulart . Última atualização: 29 de janeiro de 2023
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Por volta de 1500 a.C., os egípcios desenvolveram um relógio de sol em forma de “T”, colocado no solo e calibrado para dividir o intervalo entre o nascer e o pôr do sol em 12 partes, com base no número de ciclos lunar. Essa divisão durante o dia formou a primeira representação do que chamamos de “hora”.

O astrônomo Hiparco (190-120 a.C.) foi o primeiro a propor a divisão do dia em 24 horas idênticas, independentemente da estação do ano. Esse sistema só se tornou comum com a invenção dos relógios mecânicos, no século 14.

A hora foi originalmente definida no Egito como 1/24 (um vinte e quatro avos) de um dia, baseado no sistema de numeração duodecimal. Apesar de não ser definida pelo Sistema Internacional de Unidades (SI), ele aceita que a unidade seja representada pelo símbolo h.

Fusos horários do mundo. Os fusos horários existem em razão da forma esférica da Terra e pelo movimento de rotação que a mesma realiza, além, é claro, do interesse do homem. O movimento de rotação corresponde ao giro que a Terra executa em torno de si mesma.

Grandes civilizações dividiram o tempo em unidades que usamos até hoje. Os babilônios, povo que viveu entre 1950 a.C. e 539 a.C., na Mesopotâmia, foram os primeiros a marcar a passagem do tempo. Ao construir o relógio de sol, dividiram o dia em 12 partes e depois em 24, que são as horas que usamos até hoje.

E 360 dividido por 6 é igual a 60, número apreciado pelos babilônios, que, 2 mil anos antes de Cristo, inventaram o sistema sexagesimal. Dividiam o círculo em 60 partes. "Por coincidência, fizeram o mesmo com as horas e os minutos até chegar aos segundos", diz Cláudio Furukawa, professor do Instituto de Física da USP.

O primeiro calendário solar surgiu com os egípcios por volta de 3000 a.C., com uma medição de 365 dias. Atualmente seguimos o chamado calendário gregoriano, que foi criado em 1582 pelo Papa Gregório XIII (1502 – 1585) — daí o nome “gregoriano”.

“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.

A necessidade de contar o tempo surgiu ainda na pré-história para o atendimento às questões mais básicas de sobrevivência e, pode-se dizer, tal necessidade continua atual. Nossos afazeres, lazer, trabalho e até mesmo o sono estão atrelados à contagem de tempo para cada atividade.

O mais antigo método de medir a passagem do tempo data justamente dessa antiguidade remota: já em 3500 a.C. o ser humano anotava a passagem do dia e da noite com um relógio solar. A criação do "gnômon" foi uma das mais importantes da hu-manidade, embora menos badalada do que a da roda ou a da televisão.

É o primeiro país do mundo a mudar de ano, na ilha de Kiritimati, devido ao fuso horário, de modo que a República de Quiribáti é o país mais adiantado em questão de horário.

Meia-noite, 0h: o dia começa à 0h e vai até a meia-noite (ou até as 24h). Zero hora marca o início de um dia; meia-noite, o final.

"Não haveria confusões sobre o tempo porque todos estariam vendo o mesmo horário em seus relógios. Como resultado, existiria maior segurança e eficácia, porque não se perderiam voos nem reuniões de trabalho, e seria mais fácil organizar o tempo de cada um", diz Hanke.

O dia nem sempre teve 24 horas. Na verdade, começou tendo apenas 4 horas. As razões para essa extrema variação foram explicadas pelo cientista planetário Takanori Sasaki, da Universidade de Kyoto, no Workshop de Física da Intercontinental Academia Fase Nagoya, no dia 9 de março.