Como o isolamento social afeta o psicológico?

Perguntado por: aluz . Última atualização: 31 de janeiro de 2023
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Solidão, medo de se infectar, sofrimento e morte de entes queridos, luto e preocupações financeiras também foram citados como estressores que levam à ansiedade e à depressão. Entre os profissionais de saúde, a exaustão tem sido um importante gatilho para o pensamento suicida.

Sem o outro para mostrar outra perspectiva, a pessoa mergulha nos pensamentos ruins. O ato de isolar-se também acarreta em uma série de consequências negativas para a saúde mental, como depressão, e física, como problemas cardiovasculares.

O que a psicologia diz sobre ansiedade no isolamento social? Como estamos vivenciando um momento de angústia, incertezas e medo do futuro, a psicologia explica que é comum sentir-se ansioso com toda essa situação.

Nesse sentido, um cenário onde a distância e o isolamento precisam ser adotados, pode ter consequências negativas para saúde mental dos indivíduos. Esse impacto pode ser agravado, ainda, pelas incertezas socioeconômicas que se intensificam em um momento de crise humanitária.

A falta de interação com outras pessoas, o isolamento social, pode provocar mudanças estruturais no cérebro, com perdas cognitivas. Os efeitos podem ser maiores em pessoas idosas, com aumento no risco de demência.

Há muitos impactos observados na relação entre redes sociais e saúde mental, causados principalmente pela dependência das redes sociais. Entre estes impactos temos a ansiedade, depressão, sensação de isolamento e de perda de acontecimentos, pressão, esgotamento e obsessão com o corpo.

6 dicas de como cuidar da saúde mental no isolamento social

  1. 1) Usufrua da tecnologia e mantenha seus relacionamentos durante o isolamento social. Faça um um happy hour virtual com os colegas de trabalho. ...
  2. 2) Permaneça na sua casa. ...
  3. 3) Sinta. ...
  4. 4) Converse com você ...
  5. 5) Busque ajuda profissional. ...
  6. 6) Explore a criatividade.

O ambiente pode influenciar positiva ou negativamente o bem-estar mental das pessoas. Um estudo recente mostrou como viver em meio à crise climática está afetando os níveis de ansiedade e depressão dos gronelandeses.

Ficar sozinho por muito tempo aumenta a liberação do cortisol pelo cérebro, o chamado “hormônio do estresse”. E os efeitos são semelhantes ao de estar estressado: maior probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares, diminuição da imunidade e surgimento de sintomas de depressão e ansiedade.

Esquizofrenia – Esse é um transtorno mental muito grave que faz com que uma pessoa esquizofrênica tenha alucinações e perca a habilidade de reconhecer o que é ou não real.

O que leva uma pessoa ao isolamento? As principais causas de isolamento social estão relacionadas a diversos tipos de preconceito, tais como étnico, cultural, religioso e econômico. Muitas vezes, as pessoas (ou grupos) que sofrem algum tipo de discriminação podem preferir se isolar da sociedade.

Isolamento é um mecanismo de defesa descrito por Freud, que consiste em isolar, isto é, em separar um pensamento ou uma ação do seu contexto geral. Este mecanismo está habitualmente presente na neurose obsessiva e traduz-se em atitudes que pretendem diminuir a ansiedade que o sujeito sente perante certos sentimentos.

As pessoas que forem internadas vão passar por uma experiência traumática principalmente aqueles que exigem intubação e tratamento intensivo. Elas têm uma experiência próxima da morte, sendo as sequelas mais importantes a depressão e risco de suicídio e o desenvolvimento posterior do estresse pós-traumático.

O depressivo muitas vezes se isola porque a presença de outras pessoas ou a permanência em ambientes públicos e cheios incomodam-no intensamente. A vontade de se resguardar e ficar só deve ser respeitada pela família e pelos amigos, sem cobrança ou julgamento.

Nenhum ser humano consegue viver sozinho, completamente isolado, pois todos precisam dos outros para satisfazer suas necessidades, sejam elas de natureza material, como a alimentação ou a necessidade de cuidados em caso de doença ou de acidente, ou então de natureza afetiva e espiritual.

Com certeza um dos maiores aprendizados trazidos pelo isolamento social foi a necessidade de sermos gentis uns com os outros, ter compaixão e consciência de que o cuidado consigo se reflete no cuidado com os nossos próximos, as pessoas que mais amamos, nossos entes queridos.

Um estudo da Universidade de Buffalo e da Escola de Medicina Monte Sinai (ambas dos Estados Unidos), publicado no site da revista Nature Neuroscience, revelou que isolar-se do convívio social por um período prolongado pode provocar alterações cerebrais que levam a mais isolamento.