Como os caboclos falam?

Perguntado por: onogueira . Última atualização: 29 de abril de 2023
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Seu vocabulário é quase o mesmo da língua de santo (repertório que mescla iorubá, línguas bantas, assim como outras línguas africanas, e o português), com a especificidade de alguns termos indígenas, sobretudo do tronco tupi-guarani.

Quando incorpora um caboclo, incorpora o Caboclo Guaraci, que tem veste cocar e uma guia (colar) de dentes de porco, e tem sua firmeza com um arco e flecha atrás de sua imagem.

Pois esse caboclo falava um guarani arcaico, assim como os caboclos no Brasil falam um português arcaico. Ainda, afirmaram que os caboclos que falam guarani são bastante comuns nos terreiros de umbanda e candomblé no Paraguai.

"Senhor das matas, guerreiro, vencedor de demandas e feitiçarias, eu (diga seu nome completo) venho a vós, rogando vossa força e proteção em meu dia a dia para que nenhum mal me atinja e que eu tenha sempre meus caminhos abertos e protegidos por sua luz.

Os caboclos, assim como os filhos de santo, tocam o chão com a cabeça, ou se ajoelham para prestar reverência. O apoio dos joelhos no chão é algo recorrente para essas entidades17.

2- Okê Arô é a saudação de Oxóssi. Okê é algo como grito, voz que se impõe. Arô é um título de nobreza. Okê Arô é algo como "o senhor cuja voz ecoa" ou "que brada".

A palavra Okê vem da língua yorubá e Okê Caboclo, significa "Salve o Grande Caboclo!" Quando dizemos Okê Caboclo, estamos saudando as forças das matas e o poder dos grandes caboclos. Okê Caboclo! Okê Cabocla!

Foi quando Zélio acabaria incorporando uma entidade, o chamado "Caboclo das Sete Encruzilhadas", em defesa dos pretos-velhos e dos caboclos.

Resumo. Os caboclos são espíritos e encantados afro-ameríndios que podem se manifestar por muitas formas nas religiões de matriz africana. Em comum têm a capacidade (nem sempre compartilhada por outras divindades, como os orixás) de falar.

Preferem dar lições, caminhos e conforto baseados em sua sabedoria da alma humana. Por seu caráter comprometido com o trabalho espiritual e pela força de sua energia, o caboclo geralmente se torna o guia-chefe do médium na Umbanda.

Os caboclos não trabalham somente nos terreiros como alguns pensam. Eles prestam serviços também ao Kardecismo, nas chamadas sessões de "mesa branca". No panorama espiritual rente à Terra predominam espíritos ociosos, atrasados, desordeiros, semelhantes aos nossos marginais encarnados. Estes ainda respeitam a força.

Para incorporar é preciso passar primeiro por um processo de aprendizagem, onde os(as) médiuns aprendem a sentir a energia dos guias e se conectar a eles durante as chamadas “giras de desenvolvimento”, que são restritas às pessoas que trabalham no terreiro.

Os Orixás são encarregados de administrar a criação e se comunicam com o homem por meio de rituais, alguns complexos, outros nem tanto. Anjos, Orixás, astros... todos se interligam; daí a correspondência nas diversas culturas e ou mitologias.

Destacam-se as frutas tropicais e a abóbora “moranga” (Curcubita máxima Duchesne), que é rica em vitamina A. Popularmente conhecida como coroa, Alice tropical, e guiné, na receita do candomblé de caboclo é preparada com mel de abelhas e acompanhada de vinho moscatel.

Aqui estão alguns nomes de Caboclos: Caboclo Pena Branca, Pena Vermelha, Tatuité, Junco Verde, Aimoré, Guará, Cacique das Matas, Cobra-coral, Cabocla Jarina, Cabocla Jurema, Cabocla Jacira, Ventania, Caçador, Sete Estrelas da Jurema, Sete Flechas, Rompe Mato, Boiadeiro Navizala e Boiadeiro da Campina.

Bebem vinho, água de coco ou macaia, que é uma mistura de ervas. Fumam normalmente charutos ou cigarrilhas, mas alguns Boiadeiros fumam o palheiro, que é um cigarro feito de palha de milho com fumo de corda ou rolo, ou até mesmo cigarros normais.

Axé e Saravá para todos os umbandista! Dentre os Caboclos que Oxossi governa estão: Caboclo Cobra Coral, Caboclo Treme Terra e Cabocla Jurema ( Imagem acima). Sua Saudação no Candomblé é "Oke Aro!" e na Umbanda "Okê Oxossi!".

Os caboclos são entidades espirituais largamente encontradas no panteão umbandista. A escolha por pesquisar esse tipo de guia espiritual foi traçada, já na Iniciação Científica, primeiramente pela sua intersecção com elementos da cultura indígena.

Saudar a entrada do terreiro batendo com o dedo médio fazendo um triângulo, onde você estará saudando Caboclos, Pretos e Crianças. Após ter feito isso tocar com o mesmo dedo na testa (espiritual), ao lado da cabeça (mental), e atrás (físico). No meio do terreiro fazer o mesmo, onde existe a firmeza do seu Sete Ondas.

Expressão corporal: é comumente saudado com movimento das mãos sob a cabeça. Você provavelmente vai ver alguém tocando a testa com a mão direita, ao mesmo tempo que a esquerda toca a nuca. Faz-se esse movimento, alternando entre mão direita/testa, mão esquerda/nuca e mão direita/ nuca, mão esquerda/ testa.

Esquerda da Umbanda – saudação a outras entidades
Por exemplo: 1- Dedos cruzados com as mãos voltadas para o chão realizando movimentos circulares. 2- Mãos encolhidas apontadas para o chão, encosta-se as costas das mãos uma na outra 3 vezes seguidas.