Como surgiu o processo coletivo?

Perguntado por: rnascimento . Última atualização: 20 de maio de 2023
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A consolidação do processo coletivo ocorre em 1985, com a Lei de Ação Civil Pública (Lei nº 7.347/85). Essa lei resolveu o problema dos bens ou direitos de titularidade indeterminada, mas não tratou dos bens e direitos cuja tutela individual é inviável e os bens e direitos cuja tutela coletiva é recomendável.

O processo civil coletivo rege-se pelos seguintes princípios: I - amplo acesso à justiça e participação social; II - duração razoável do processo, com prioridade no seu processamento em todas as instâncias; III - isonomia, economia processual, flexibilidade procedimental e máxima eficácia; IV - tutela coletiva adequada ...

A gênese do processo coletivo brasileiro se iniciou com a ação popular, prevista constitucionalmente, pela primeira vez, em 1934. Antes de tal época, a ação já existia, no entanto, tratava apenas de forma secundária a tutela dos interesses transindividuais.

conceito de processo coletivo está em seu objeto litigioso: coletivo é o processo que tem por objeto litigioso uma situação jurídica coletiva ativa ou passiva.

CLASSIFICAÇÃO DO PROCESSO COLETIVO
a) Processo coletivo ativo: É aquele cuja titularidade ativa da ação é da coletividade. Situação admitida no Brasil como regra, observando-se as regras de representação previstas na Constituição Federal ou na lei. b) Processo coletivo passivo: A coletividade é ré.

São espécies de ações coletivas: ação civil pública, ação popular, mandado se segurança coletivo, as ações coletivas do Código de Defesa do Consumidor, ação de improbidade administrativa, ação da corrupção nas empresas, ações diretas de inconstitucionalidade, ação declaratória de inconstitucionalidade, arguição de ...

Em sentido amplo, esses direitos são chamados de direitos coletivos. Os direitos coletivos são conquistas sociais reconhecidas em lei, como o direito à saúde, o direito a um governo honesto e eficiente, o direito ao meio ambiente equilibrado e os direitos trabalhistas.

As ações coletivas são propostas quando existe um dano que prejudica um conjunto de pessoas ou mesmo a sociedade. Elas não se confundem com as ações em que existem mais de um autor, o chamado litisconsórcio ativo, ou mais de um réu, denominado de litisconsórcio passivo.

Processo coletivo é aquele instaurado por um em face de um legitimado autônomo, em que se postula um direito coletivo lato sensu ou se afirma a existência de uma situação jurídica coletiva passiva, com o fito de obter um provimento jurisdicional que atingirá uma coletividade, um grupo ou um determinado número de ...

A primeira é a Lei de Ação Civil Pública nº 7.347 de 24/07/1985, que foi um marco do processo coletivo brasileiro, contemplando a legitimação concorrente para permitir que os co-legitimados possam propor a ação seja ela principal ou cautelar.

82 do CDC, o Ministério Público, a Defensoria Pública e as associações que tenham como finalidade institucional a defesa dos direitos consumeristas são legitimados para a propositura de demandas coletivas destinadas à proteção do consumidor.

Exatamente a Lei nº 4.717/65, embrião da disciplina do processo dos direitos e interesses coletivos e difusos, herdeira direta, embora, da experiência jusromanista, só surgiria, entre nós, após um século da obra de Bulow, origem da ciência processual.

São exemplos de direitos difusos os direitos a um meio ambiente sadio, à vedação à propaganda enganosa e o direito à segurança pública. Direitos coletivos em sentido estrito são direitos de grupo, categoria ou classe de pessoas.

A Ação Civil Pública tem o objetivo de proteger os interesses da coletividade. Sendo assim, ela se torna cabível para responsabilizar quem tenha causado danos causados ao meio-ambiente e ao consumidor .

Direitos materiais coletivos são aqueles que proveem vantagens concretas a uma coletividade de pessoas. É claro que a coletividade é composta de indivíduos, mas a ideia dessa categoria é a de compreender direitos que não se destinam precipuamente aos indivíduos, mas à coletividade, globalmente considerada.

Ação coletiva passiva derivada é aquela que decorre de um processo coletivo “ativo” anterior e é proposta pelo réu desse processo, como a ação de rescisão da sentença coletiva e a ação cautelar incidental a um processo coletivo.

Litígio coletivo é o conflito de interesses que se instala envolvendo um grupo de pessoas, mais ou menos amplo, que experimenta o conflito coletivamente.

É uma importante ferramenta legal para garantir que os direitos de grupos marginalizados ou prejudicados sejam defendidos e protegidos. Em geral, a ação coletiva é uma medida judicial que permite que várias pessoas se unam em um único processo judicial para resolver um problema comum.

Direito Coletivo – Princípio do Máximo Benefício da Tutela Jurisdicional Coletiva. Por esse Princípio, entende-se que a coisa julgada coletiva só beneficia os indivíduos; NUNCA os prejudica. A decisão coletiva contrária não vincula o indivíduo, que poderá ajuizar sua própria ação individual posteriormente.

Enquanto a ação popular pode ser ajuizada por qualquer cidadão que tenha titulo de eleitor, a ação civil pública somente pode ser proposta pelos entes legitimados, previstos no artigo 5o da Lei 7.347/85. Outra diferença é que na ação popular, somente a administração pública ou seus agentes podem ser réus no processo.