Em qual Estado brasileiro ocorreu a Revolta da Vacina?

Perguntado por: mgomes . Última atualização: 31 de maio de 2023
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No início de novembro de 1904, o Rio de Janeiro, então capital federal, foi palco da maior revolta urbana que já tinha sido vista na cidade. A Revolta da Vacina deixou um saldo de 945 prisões, 110 feridos e 30 mortos, segundo o Centro Cultural do Ministério da Saúde.

O senador Lauro Sodré e os deputados Barbosa Lima e Alfredo Varela se opuseram à lei da vacinação obrigatória e inflamaram os rebeldes contra o presidente Rodrigues Alves.

A Revolta da Vacina foi um revolta popular que se iniciou no Rio de Janeiro, em 10 de novembro de 1904, sendo causada pela insatisfação popular em razão de uma campanha de vacinação obrigatória contra a varíola conduzida pelo sanitarista Oswaldo Cruz.

10 de novembro de 1904 – 16 de novembro de 1904

Se hoje nós temos um grande poder de imunização por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), é porque, há mais de 200 anos, iniciamos essa trajetória de triunfo da ciência. A história das vacinas no Brasil começa no ano de 1804, quando a vacina contra a varíola chegou ao país, trazida pelo marquês de Barbacena.

O conflito terminou com a fuga dos combatentes de ambas as partes. Do lado popular, os revoltosos que mais resistiram aos batalhões federais ficavam no bairro da Saúde. Eram mais de 2 mil pessoas, mas foram vencidas pela dura repressão do Exército.

A Guerra do Contestado aconteceu entre 1912 e 1916, em uma região disputada pelos estados de Paraná e Santa Catarina. Havia grande insatisfação social com a atuação de duas empresas estrangeiras que atuavam na região. A população sertaneja passou a seguir um líder religioso chamado José Maria.

Ele citou o inglês Edward Jenner que produziu aquela que é considerada a primeira vacina: a contra a varíola humana, em 1796.

Para combater a varíola, foi proposta uma campanha de vacinação obrigatória, e a população ficou insatisfeita. Os protestos iniciaram-se em 10 de novembro de 1904 e só encerraram com a resposta do exército e da polícia, em 16 de novembro.

Vacinação voluntária após a revolta
Em 1906, dois anos após a Revolta da Vacina, o número de mortes causadas pela varíola despencou para nove casos. Mas em 1908, uma intensa epidemia da doença elevou esse número para 6.500 pessoas.

Revolta também conhecida como Quebra-Lampiões, irrompida no Rio de Janeiro, então capital federal, em novembro de 1904, em protesto contra a obrigatoriedade então decretada da vacinação contra a varíola.

A Guerra de Canudos ocorreu no arraial de Canudos, sertão da Bahia, entre 1896 e 1897. O local era liderado por Antônio Conselheiro e havia se transformado num polo de atração para as populações marginalizadas do Nordeste. Desta maneira, o governo da Bahia e o governo central resolveram acabar com suas instalações.

A Revolta da Vacina (1904) mostrou claramente o aspecto defensivo, desorganizado, fragmentado da ação popular. Não se negava o Estado, não se reivindicava participação nas decisões políticas; defendiam-se valores e direitos considerados acima da intervenção do Estado.

A história da vacinação teve início no século XVIII quando a varíola era a maior ameaça da humanidade. Naquela época, Edward Jenner foi responsável pelo experimento que mostrou que ao inocular uma secreção de uma pessoa com a doença em outra pessoa saudável esta desenvolvia sintomas muito mais leves e se tornava imune.

vacina contra a febre amarela

1937. Inauguração do Laboratório do Serviço Especial de Profilaxia da Febre Amarela pela Fundação Rockfeller, dentro do Instituto Oswaldo Cruz, e emprego da vacina contra a febre amarela pela primeira vez no Brasil. Desde então, ela vem sendo produzida pela Fundação Oswaldo Cruz.

Alegar que a vacina causa doenças, é ineficaz ou ambos
Os antivacinas do passado afirmavam que a vacinação causava um espectro completo de doenças, desde a própria varíola à sífilis, febre tifoide, tuberculose, cólera e “envenenamento do sangue”.

Reino Unido
Até o momento, o país está utilizando somente a vacina Pfizer/BioNTech. A primeira pessoa a ser vacinada foi uma idosa de 90 anos, Margaret Keenan, em um hospital em Coventry, região central da Inglaterra.