Em que ano foi escrita a canção Roda Viva?

Perguntado por: oreal . Última atualização: 22 de maio de 2023
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1967

A canção "Roda Viva" de Chico Buarque, faz parte da trilha sonora da peça homônima, escrita em 1967, e montada um ano depois sob a direção de José Celso Martinez Corrêa. No contexto, da ditadura civil-militar, a "Roda Viva" pode ser compreendida como a pressão da censura imposta pelo regime ditatorial.

Escrita no início da ditadura militar, ainda sob impacto do golpe de 1964 e às vésperas do endurecimento do AI-5, a música Roda viva expressa o espírito daquela época: de incertezas, de pesar e de uma busca desesperada por criar uma resistência.

A música "Roda Viva" foi escrita para a peça de teatro de mesmo nome, também de autoria de Chico Buarque. A peça não tinha a ver com política, mas com a trajetória de um cantor massificado pelo esquema da televisão.

Em julho de 1968, um grupo de vinte pessoas ligadas ao Comando de Caça aos Comunistas (CCC) invadiu o Teatro Ruth Escobar, em São Paulo, agrediu artistas e depredou o cenário. Em setembro do mesmo ano a peça estreiou no Rio Grande do Sul, a violência se repetiu e o espetáculo foi proibido pela censura.

Devido ao uso indevido de imagens e composições, o 6º Juizado Especial Cível da Lagoa, na capital fluminense, proferiu sentenças desfavoráveis a dois filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em processos movidos pelo cantor Chico Buarque.

A música "Roda Viva", clássico de Chico Buarque nos anos 1960, está no centro de uma controvérsia desde que o deputado federal Eduardo (PL-SP) a usou em uma publicação nas redes sociais. Chico processou o deputado pelo uso sem autorização.

Escrita por Chico Buarque de Hollanda e dirigida por José Celso Martinez Corrêa, a peça foi apresentada no teatro Ruth Escobar, em um palco que formava um semicírculo, avançando sobre a plateia.

O que são cantigas de roda, afinal? São músicas que fazem parte do folclore brasileiro e, portanto, traduzem o conhecimento popular, passado ao longo de várias gerações. Além disso, como o nome sugere, o objetivo é que sejam cantadas em roda, com as mãos dadas e girando, em uma brincadeira simples, mas muito divertida.

As cantigas de roda são músicas folclóricas cantadas em uma roda. Também conhecidas como cirandas, elas representam aspectos lúdicos das manifestações socioculturais populares.

Viva la Vida significa "Ter uma vida longa" em espanhol (no sentido de ter vida eterna através da vida de Jesus Cristo, segundo a religião cristã, a qual é o assunto da música). Por outro lado, muitas pessoas indicam que a pintura que dá nome à música é de Frida Kahlo e se chama exatamente "Viva la Vida".

Similarmente, um dos primeiros registros de escrita musical que se tem conhecimento datam de cerca de 4.000 anos atrás, também na Mesopotâmia (mais especificamente, entre o povo da Babilônia). Percebe-se assim a necessidade que naturalmente surgiu de se registrar criações nestes dois tipos de comunicação sonora.

"Essa música surgiu enquanto eu estava numa turnê na Cidade do México. Tem essa pintora chamada Frida Kahlo. Ela costumava morar lá e sua antiga residência se transformou em um museu chamado 'Casa Azul'. Eu fui lá dentro conhecer e lá encontrei essa pintura chamada 'Viva la Vida'.

“Roda Viva” tinha um texto vigoroso, dinâmico, que carregava as marcas do seu tempo, pois evidenciava nos diálogos intensa mobilização popular, problematizava a trajetória de um ídolo popular e a sua submissão à nascente indústria do entretenimento.

Encantaram-se por um prédio antigo na Rua Jaceguai, no Bixiga, em São Paulo. No local funcionava o Teatro Novos Comediantes. Depois de uma primeira reforma comandada pelo arquiteto Joaquim Guedes, surgiu a primeira grande inovação formal do teatro: o palco no meio e nas laterais, duas arquibancadas para a plateia.

Cantor e compositor colocou as críticas ao regime militar em suas letras. Cantor e compositor, Chico Buarque de Hollanda deixou a ditadura brasileira registrada em suas canções. Sempre crítico, Chico retratava as dificuldades vividas no período e teve seu trabalho censurado em vários momentos.

O compositor, cantor, dramaturgo e escritor carioca Chico Buarque tem uma das maiores produções voltadas para a crítica à ditadura militar. Seu trabalho recebe influências do samba e do lirismo do cotidiano.

O cantor afirmou que não soube de críticas do movimento feminista à música e que deixou de cantar a composição porque achou que ela estava datada. "O único feminista que criticou essa música fui eu. Continuo achando que é uma coisa meio vencida, essa coisa da mulher lamurienta, que fica em casa.