Em que parte da célula ocorre a glicose?

Perguntado por: emaldonado . Última atualização: 28 de janeiro de 2023
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citoplasma

A glicólise (do grego: glykýs, açúcar e lýsis, quebra) é um processo que pode ser definido como uma via metabólica na qual uma molécula de glicose é quebrada em duas moléculas de ácido pirúvico. Ela ocorre no citoplasma da célula de qualquer ser vivo, seja ele anaeróbio, seja aeróbio.

A glicose é uma molécula obtida através da alimentação ou então da degradação do glicogênio armazenado em nosso corpo. O processo para a quebra dessa substância inicia-se com a adição de dois fosfatos em uma molécula de glicose, tornando-a muito estável e fácil de ser quebrada.

Vários hormônios, incluindo a insulina produzida pelo pâncreas, são liberados e sinalizam ao resto do organismo que o alimento está chegando. A insulina circula no corpo, funcionando como um sistema de alarme que informa células individuais de que a glicose do alimento está disponível.

A ação da insulina na célula inicia-se pela sua ligação ao receptor de membrana plasmática. Este receptor está presente em praticamente todos os tecidos dos mamíferos, mas suas concentrações variam desde 40 receptores nos eritrócitos circulantes até mais de 200.000 nas células adiposas e hepáticas.

Nos procariontes, a glicólise e o ciclo de Krebs ocorrem no citoplasma, e a cadeia respiratória ocorre na face da membrana plasmática voltada para o citoplasma. Nos eucariontes, a glicólise ocorre no citosol e as demais etapas acontecem na mitocôndria.

O metabolismo oxidativo da glicose ocorre em três estágios: via glicolítica, ciclo de Krebs e a cadeia transportadora de elétrons acoplada a fosforilação oxidativa.

A glicose não consegue entrar na célula através da difusão devido ao seu peso molecular. Geralmente, ela atravessa a membrana plasmática através do processo difusão facilitada, com ajuda das proteínas transportadoras chamadas de GLUTs. Outro modo da glicose entrar na célula é acoplada ao íon de sódio.

De todos os nutrientes consumidos, os carboidratos são os que exercem maior influência na glicemia. Para se ter ideia, de 90% a 100% dos carboidratos ingeridos se transformam rapidamente em glicose e vão para a corrente sanguínea.

Essa insulina é responsável por metabolizar a glicose e transformá-la em energia para o corpo.

células beta

Dentro dessas ilhotas, encontram-se quatro tipos de células: as células beta, responsáveis pela produção de insulina; as células alfa, produtoras de glucagon; as células delta, que liberam somatostatina; as células PP, que produzem peptídios pancreáticos.

Essas células produzem os hormônios, insulina e glucagon, que regulam os níveis de glicose e os liberam diretamente no sangue.

A insulina atua em praticamente todas as células do corpo e também é útil no aumento da replicação do DNA e síntese de proteínas; aumento da síntese de ácidos graxos; redução da lipólise (conversão de lipídios em ácidos graxos); tônus dos músculos arteriais, etc.

Alimentos ricos em carboidratos, quando ingeridos, representam aumento de teores de glicose no sangue. Da mesma forma, as elevações dos níveis de açúcar levam a mais presença de insulina.

- Diabetes tipo 1, onde o pâncreas simplesmente não produz insulina. Essa condição acontece por conta da destruição, pelo sistema imunológico do organismo, das células beta-pancreáticas . Neste caso, o paciente precisa sempre receber insulina injetável para que a glicose possa ser metabolizada.

A insulina e o glucagon são produzidos pela parte endócrina do pâncreas em dois tipos celulares diferentes chamadas de célulasbeta e células alfa, respectivamente. O DM1 ocorre quando as células de defesa do nosso corpo atacam, especificamente, as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção da insulina.

Nos seres eucariontes, a glicólise ocorre no citosol, e as outras etapas ocorrem em uma organela denominada mitocôndria.

O piruvato é produzido pela glicólise no citoplasma, mas a oxidação do piruvato ocorre na matriz mitocondrial (nos eucariontes). Assim, antes que as reações químicas possam começar, o piruvato deve entrar na mitocôndria, atravessando sua membrana interna e chegando na matriz.