Faz mal tomar antidepressivo a vida toda?

Perguntado por: apadilha2 . Última atualização: 10 de janeiro de 2023
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O uso prolongado de antidepressivos pode aumentar o risco de doenças cardíacas, de acordo com estudo de revisão publicado em 13 de setembro no periódico científico British Journal of Psychiatry Open. Ainda assim, a recomendação é que não se deixe de tomar os medicamentos por conta própria.

Quanto tempo se tem de tomar um antidepressivo? Tal decisão compete ao médico. Em geral, a terapêutica de uma depressão justifica vários meses de tratamento (± 6 meses). Há doentes que terão de tomar a medicação por um período prolongado ou mesmo indeterminado para evitar as crises depressivas.

O grande perigo é que, além de muitos antidepressivos e/ou ansiolíticos causarem dependência química ou psicológica, muitos consumidores fazem uso concomitante a outros remédios, sem orientação médica ou mesmo sem comunicar ao seu profissional de saúde.

Ao responder a esta pergunta, os profissionais são unânimes: antidepressivo não vicia. "Existe este mito, porque alguns pacientes, por terem casos muito graves de depressão, precisam manter o uso da medicação por anos.

Os antidepressivos, sejam eles os serotonérgicos (que atuam sobre a serotonina), ou os de duplo-mecanismo de ação (que atuam tanto sobre a serotonina quanto sobre a noradrenalina) não causam dependência. Esse é um mito e há trabalhos científicos relevantes que comprovam isso.

A depressão pode durar "a vida toda" caso não seja tratada da maneira correta. Porém hoje temos uma série de ferramentas que estão a nossa disposição para ter uma melhora significativa destes quadros.

Portanto, a depressão tem cura e com o tratamento adequado o paciente pode voltar a ter uma vida normal e feliz. Quem já teve uma crise depressiva, no entanto, sempre deve estar atento a possíveis novos episódios da doença, por isso o acompanhamento psicoterapêutico é indicado mesmo quando a pessoa já é está curada.

O teste DASS-21
A função principal do teste DASS-21 é avaliar a severidade dos sintomas centrais da depressão, ansiedade e stress.

Podem, se usados indiscriminadamente e por tempo prolongado, sem orientação do psiquiatra causar dependência e sérios prejuízos cognitivos. Diferentemente do que muitos pensam, os antidepressivos não “ plastificam “ sentimentos e sensações, não interferem na memória. Há pesquisas científicas sobre isto!

Por isso, o antidepressivo pode ser a primeira porta de entrada para a pessoa melhorar a sua saúde mental. Esse tipo de remédio pode fazer a pessoa voltar, aos poucos, a perceber como é viver bem de novo, e buscar se curar depois de notar a eficácia do remédio.

Mesmo tomando antidepressivos, é possível a pessoa ainda ficar deprimida? Sim. Isto porque somente é recomendado o tratamento unicamente medicamentoso para depressões leves (embora para Depressão leve somente a Terapia Cognitiva tenha melhores resultados em termos de ter menos recaídas a longo prazo).

Assim, o antidepressivo pode ser muito benéfico quando a pessoa possui depressão (mas não tristeza comum) ou um transtorno de ansiedade (mas não ansiedade comum), desde que aquele antidepressivo em específico (existem mais de 30 diferentes) não provoque efeitos colaterais intoleráveis naquela pessoa em específico.

Sintomas de abstinência de antidepressivos em geral são de leve a moderada intensidade, e incluem cefaleia, vertigem, irritabilidade, sensação de cabeça vazia, entre outros. Grande número de pessoas faz uso de antidepressivos.

A fluoxetina chegou ao mercado em 1986, com o nome comercial de Prozac. Produzido pelo laboratório Eli Lilly, o medicamento ficou conhecido como “pílula da felicidade”, representando uma revolução na categoria de antidepressivos.

Sim, o medicamento pode piorar os sintomas já existentes, oriento a retornar no seu psiquiatra o quanto antes para informá-lo de seus efeitos colaterais, podendo assim fazer um diagnóstico mais preciso.

sim , o aumento da ansiedade pode ocorrer no início do tratamento , mas continue tomando a medicação , pois isso melhora após alguns dias . Caso tenha dúvidas , procure o seu psiquiatra.

Em termos de aceitabilidade, agomelatina, citalopram, fluoxetina, sertralina e vortioxetina se mostraram as mais toleráveis, enquanto amitriptilina, clomipramina, duloxetina, fluvoxamina, reboxetina, trazodona e venlafaxina registraram os maiores índices de abandono.

5 Maneiras para enfrentar a Depressão

  1. 1- Comece devagar. Se a tristeza teima em não ir embora, saber lidar com ela é essencial, mas não se deve tentar passar por cima de uma só vez, pois não adianta se enganar. ...
  2. 2- Reconheça o seu progresso. ...
  3. 3- Desabafo. ...
  4. 4- Fazer o que gosta. ...
  5. 5- Tratamento médico.

A redução média da expectativa de vida em pessoas com transtorno bipolar é de nove a 20 anos; de 10 a 20 anos para esquizofrenia; entre nove e 24 para abuso de drogas e álcool; e de sete a 11 anos para depressão.

A depressão profunda é a fase mais severa e grave da doença, por conta disso os sintomas estão em sua intensidade máxima e afetam integralmente a vida de quem sofre com o transtorno.

Quando você estiver com dificuldades de fazer até mesmo atividades que antes eram prazerosas, além de uma tristeza que parece tão profunda a ponto de parecer não ter fim, você pode estar desenvolvendo um quadro de depressão. A tendência desse quadro é piorar, caso não seja verificado por um especialista.