O que a filosofia diz sobre o passado?

Perguntado por: ahilario . Última atualização: 31 de janeiro de 2023
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O passado é uma das faces referentes ao tempo. É “um ser que já foi e que já não é mais.” (BITTAR, 2003, p. 397) Ele é a unidade do tempo que já passou, que não pode mais retornar. Foi enquanto agora, enquanto unidade que se denomina presente.

A visão filosófica do futuro
"É algo que faz peso na nossa existência, pois todos nós nos preocupamos com o dia de amanhã”, afirma o professor, ao relatar que, existencialmente, o futuro pode ser visto como algo totalmente definido, como um destino ou como algo aberto e incerto.

Agostinho representa, na história da filosofia, aquele que de forma original desenvolve o tempo como subjetivo. Os tempos são três: presente das coisas passadas, presente das coisas futuras e presente das coisas presentes.

Ele explica que Aristóteles define o tempo como número do movimento, estabelecendo a relação entre o instante anterior e o posterior. A vantagem seria poder comparar séries cinéticas distintas, como o desabrochar de uma flor e o percurso de um ponto a outro.

Já Heráclito, da cidade de Éfeso, contemporâneo de Parmênides (aquele da afirmação de que não se banha duas vezes no mesmo rio), nos legou o célebre aforisma de que “Tudo Flui” (Panta Rhei). Tudo muda, o tempo todo; que tudo se altera é uma certeza que temos.

Platão argumenta que o tempo (chrónos) “é a imagem móvel da eternidade (aión) movida segundo o número” (Timeu, 37d). Partindo do dualismo entre mundo inteligível e mundo sensível, Platão concebe o tempo como uma aparência mutável e perecível de uma essência imutável e imperecível – eternidade.

A filosofia se preocupa com a construção de conceitos que irão servir de base para diversas áreas do conhecimento. Assim, é tarefa da filosofia criar e desenvolver conceitos, sendo um campo do conhecimento que tem como objetivo a produção de conhecimento.

Resumo. Para Aristóteles, a memória não consiste somente em conservar os traços do passado e tomá-los novamente por objetos. O tratado Da memória e da reminiscência examina mais geralmente o papel das imagens no exercício do pensamento.

O físico Albert Einstein, autor da teoria da relatividade, dizia que “a distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão”. Uma interessante concepção atual sobre o tempo vai um pouco de encontro ao conceito de Einstein: de que efetivamente não existe passado e futuro, e sim unidades (ou porções) do agora.

Porque o futuro pertence a Deus, e ele só o revela em circunstâncias extraordinárias. Deus sabe o que faz... O que tem de ser, será! Nossos planos são só planos, nada mais!

Em suma, o passado é uma ferramenta de auxílio no estudo e no entendimento do tempo presente, pois, a partir de uma análise constante, profunda e aberta dele, somos capazes de entender certos pontos do nosso contexto atual.

Segundo Aristóteles a Alma é composta por três faculdades, a saber: alma nutritiva, que pertence a todos os seres vivos; alma sensitiva, própria dos animais e alma intelectiva, pertencente exclusivamente ao ser humano.

Sendo o tempo criatura, iremos demonstrar que a temporalidade é própria do homem e não possui em si atributos da eternidade, pois só Deus é eterno. Porém, o tempo é criação divina dada pelo Logos, e neste não há sucessão, sendo o tempo, por sua vez, caracterizado pelo devir.

Hegel trata o tempo em suas três dimensões afirmando que somente o presente é existente, enquanto que o passado existe como recordação subjetiva e o futuro como esperança e temor.

O que caracteriza a alma humana é a racionalidade, a inteligência, o pensamento, pelo que ela é espírito. Mas a alma humana desempenha também as funções da alma sensitiva e vegetativa, sendo superior a estas.