O que acontecia com os filhos das escravas?

Perguntado por: amagalhaes6 . Última atualização: 4 de fevereiro de 2023
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A Lei do Ventre Livre foi promulgada em 1871 e fazia parte dos planos de abolição lenta e gradual. Ela decretou que os filhos das escravas seriam livres. A Lei do Ventre Livre foi promulgada em 28 de setembro de 1871 após ser aprovada no Legislativo brasileiro.

A gestação para as escravas era um problema, pois, uma vez grávidas, elas não recebiam tratamento adequado e as condições eram as mais severas possíveis. Eram obrigadas a trabalhar e o esforço físico muitas vezes levava ao aborto natural, ou as crianças morriam depois de nascidas.

Para estas mulheres era fundamental: força, inteligência e rebeldia. As escravas sofriam em diversos âmbitos, pois eram os seres omitidos dentro de uma classe já considerada minoritária, a dos escravizados. As formas de trabalho variavam de acordo com a zona em que viviam.

Grosso modo, a Lei do Ventre Livre estabeleceu que os filhos permaneceriam junto da mãe escravizada, vivendo no cativeiro, até os 8 anos de idade. Dos 8 aos 21 anos, continuariam na propriedade do senhor ou, se ele não os quisesse mais, ficariam sob a tutela do Estado.

Oluale sobreviveu a uma viagem de 45 dias no famigerado navio Clotilde, e foi forçado a trabalhar nas docas do Rio Alabama até 1865, quando enfim foi libertado depois do fim da Guerra Civil americana. Oluale sobreviveria até 1935, e sua história foi escrita por Zora enquanto ele ainda era vivo.

Dando à luz no cafezal
As mulheres escravizadas eram levadas ao limite nos trabalhos forçados. Isso foi registrado pelo viajante francês Charles Ribeyrolles, que em 1858 assistiu com perplexidade mulheres grávidas dar à luz trabalhando na colheita de café na Paraíba.

As senzalas costumavam ser ambientes sem janelas ou camas, e os escravos dormiam no chão de terra ou em esteiras de tábua. Por isso, costumava-se acender uma fogueira no seu interior, para aquecimento e iluminação.

Confira cinco exemplos levantados pela organização:

  • 1) Indústria da pesca e de frutos do mar.
  • 2) 'Fábricas de maconha' e salões de unha.
  • 3) Escravidão sexual.
  • 4) Obrigados a mendigar.
  • 5) Em propriedades particulares.

Ama de leite é a mulher que amamenta criança alheia quando a mãe natural está impossibilitada de fazê-lo. Geralmente esse encargo era dado às escravas que já tinham filhos.

Nas cidades, as chamadas mães pretas não trabalhavam apenas para seus senhores. Quando não havia em suas propriedades uma cativa que tinha acabado de se tornar mãe, as famílias ricas recorriam ao aluguel de escravas lactantes. Essas mulheres trabalhavam como amas de leite para mais de uma família ao mesmo tempo.

As mucamas ou mocambas, normalmente jovens e bonitas, não tinham uma função muito definida. Podiam fazer diversos serviços domésticos, tomar conta de crianças, fazer companhia às senhoras da casa ou acompanhá-las quando saíam, o que era mais raro.

A amamentação de crianças brancas por escravas negras no Brasil foi possivelmente importada da Europa: era comum, na sociedade escravista, as mães darem seus filhos para que as amas negras às amamentassem, devido à disponibilidade de mulheres escravizadas que eram direcionadas para essa atividade - entre outros ...

[4] Mucama [Do quimb. mu'kama, 'amásia escrava'.] Substantivo feminino.

Na sociedade escravocrata os donos dos escravos usavam dos conhecimentos destes escravos para seus tratamentos, como: curas, benzeduras ou o uso das ervas medicinais, o que muitas vezes levava estes cativos a uma “ascensão” nessa sociedade.

Essa lei criou dois cenários para dar liberdade aos filhos de escravas, e um desses cenários previa uma indenização aos senhores de escravos. Além disso, contribuiu para enfraquecer a legitimidade que a escravidão tinha na sociedade brasileira e foi usada pelo movimento abolicionista para combater a escravidão.

A Lei do Ventre Livre foi aprovada em 28 de setembro de 1871 e determinava que os filhos de escravas nascidos após a promulgação da lei seriam considerados livres. A lei ainda determinava como essa liberdade aconteceria e ainda previa a indenização para o senhor de escravos em certo cenário.

A partir da Lei do Ventre Livre, foi concedida a liberdade aos filhos dos escravos nascidos após a data da sua promulgação. A lei ainda trazia outras providencias em relação ao tratamento e a criação daqueles filhos menores.