O que altera no exame de sangue quando está com dengue?

Perguntado por: amota . Última atualização: 21 de maio de 2023
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Nos pacientes com diagnóstico confirmado de dengue, como classicamente descrito, os valores de hemoglobina mostraram-se discretamente maiores e a contagem de plaquetas, significativamente menor, assim como o número de leucócitos totais, neutrófilos e linfócitos.

Testes sorológicos
Esse tipo avalia algumas substâncias presentes no soro do paciente. A metodologia utilizada objetiva diagnosticar a doença analisando a concentração de imunoglobulinas IgM e IgG no sangue. Essas substâncias pertencem ao grupo das proteínas. Quando existe infecção, sua concentração aumenta.

O hemograma de um paciente com dengue tem como característica principal a leucopenia, que pode chegar a menos de 2000 leucócitos por mm³.

Indivíduos normais apresentam uma contagem entre 150.000 e 400.000 plaquetas. Na dengue hemorrágica esse número cai para menos de 100.000, às vezes menos que 10.000 (trombocitopenia grave). Devido à queda das plaquetas e à inflamação dos vasos, os pacientes apresentam tendência a sangramentos.

Na dengue, geralmente, o número de plaquetas está diminuído no dia 4 (3-7) da doença, voltando ao normal no oitavo ou nono dia.

No entanto, a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), leve ou grave. Neste último caso pode levar até a morte.

Já a leucopenia é resultado do efeito direto do vírus na MO. Ao passo que, o aumento do vazamento plasmático, a supressão de hematopoiese e o desenvolvimento de distúrbios da coagulação são resultados da liberação de citocinas inflamatórias e outros mediadores, que ocorrem com a ativação de células T e monócitos.

O sétimo dia da dengue é considerado um ponto-chave para a avaliação do comportamento da doença em cada pessoa, já que é nesta fase que acontecem as modificações para a evolução da doença. Isso significa que a partir daí ou o paciente melhora ou ocorre um agravamento do quadro de saúde.

A forma clássica da doença tem uma duração aproximada de 5 a 7 dias. Com o desaparecimento da febre, há regressão dos sinais e sintomas, podendo ainda persistir a fadiga por alguns dias. Porém, existem formas mais graves da dengue, levando à hospitalização e, consequentemente, aumentando o tempo da doença.

A orientação para quem foi diagnosticado com a infecção é repousar, ingerir bastante líquido e não tomar medicamentos por conta própria, pois alguns deles podem tornar o quadro ainda mais perigoso.

Elas aparecem como pequenas manchas vermelhas na pele nas regiões do tronco, braços e pernas, podendo se espalhar para outras áreas do corpo. As manchas também podem coalescer, ou seja, se juntar, formando imagens parecidas com mapas geográficos na pele.

Nos hemogramas a dengue clássica aparece leucopenia que é um achado usual, embora possa ocorrer leucocitose com atipia linfocitária. A trombocitopenia é observada ocasionalmente. Na dengue hemorrágica a contagem de leucócitos é variável, podendo ocorrer desde leucopenia até leucocitose leve.

Dentre os exames laboratoriais citam-se o hemograma (que fornece informações iniciais importante assim como indícios de uma evolução desfavorável), a sorologia para dengue (permite determinar se a pessoa possui anticorpos contra o vírus) assim como a tipagem do vírus que permite determinar o sorotipo em questão.

Pacientes com plaquetopenia <20.000/mm3, sem repercussão clínica, devem ser internados e reavaliados clínica e laboratorialmente a cada 12 horas. Adultos: 1. Calcular o volume de líquidos em 80ml/kg/dia, sendo um terço na forma de solução salina ou ringer lactato e dois com solução glicosada a 5%.