O que é a Geração de 22?

Perguntado por: epaiva . Última atualização: 30 de abril de 2023
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Inicia com a semana da arte moderna, conhecida também por Fase heróica. Busca um compromisso mais sólido dos artistas com a renovação estética e tem como intuito chocar. Por este motivo, a linguagem literária cria um rompimento com a tradicional.

Este movimento cultural foi idealizado e liderado por um grupo de artistas integrado pelos escritores Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia e pela pintora Anita Malfatti, além de contar com várias participações artísticas.

Interessante: Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti del Picchia foram os artistas e os escritores que fizeram parte do Grupo dos Cinco bem como importantes colaboradores dessa primeira fase de 1922 a 1930.

A segunda fase do modernismo brasileiro durou de 1930 a 1945. Sua poesia é marcada pelo conflito existencial e pela reflexão sobre os problemas contemporâneos. Sua prosa possui caráter regionalista. Fatos como a ditadura de Vargas e a Segunda Guerra Mundial influenciaram a escrita dos seus autores.

Movimento Modernista
Liberdade de expressão, subjetividade da obra, ruptura com os padrões estéticos do passado são algumas de suas caraterísticas. O Modernismo surgiu com uma série de movimentos culturais que tinham por objetivo romper com o tradicionalismo de escolas literárias anteriores.

De 13 a 18 de fevereiro de 1922 acontecia, em São Paulo, a Semana de Arte Moderna ou "Semana de 22", como ficou conhecida na História. O evento foi organizado para celebrar o centenário da independência do Brasil (em 1822), e aconteceu no Teatro Municipal de São Paulo, marcando o início do Modernismo no Brasil.

A liberdade é a característica principal do movimento modernista em suas mais diferentes manifestações artísticas, tanto no Brasil, como na Europa. No continente europeu, o Modernismo foi um conjunto de tendências artísticas que excediam a liberdade criadora e o rompimento com o passado.

Características do modernismo
Revisitação crítica do passado do país e da cultura. Predominância do humor, da ironia, da irreverência. Uso recorrente de versos livres nos poemas. Uso de uma linguagem coloquial, mais próxima da oralidade e do que seria a língua portuguesa brasileira.

Os escritores e as obras mais relevantes da primeira geração modernista, foram: Mario de Andrade (1893-1945) - Obras: Paulicéia Desvairada (1922), Amar, Verbo Intransitivo (1927) e Macunaíma (1928).

Contexto histórico da primeira fase modernista
Esse contexto esteve marcada pelas oligarquias cafeeiras (São Paulo) e as oligarquias do leite (Minas Gerais). Nesse momento, as oligarquias dominavam a cena política se alternado no poder e impedindo a eleição de indivíduos de outros estados.

A principal questão pensada nesse evento envolveu uma acalorada discussão sobre como o modernismo e as experimentações artísticas européias seriam introduzidas no cenário artístico-intelectual brasileiro.

Também conhecida como Semana 22, o principal motivo era renovar e transformar o contexto artístico brasileiro, tanto na arte como na literatura. O Brasil vivia a República Velha. O capitalismo crescia no país, consolidando a república. A elite paulista estava totalmente influenciada pelos padrões europeus tradicionais.

Os artistas que participaram da Semana de 22, como ela ficou conhecida, eram jovens idealistas e visionários que procuravam uma renovação das artes e da cultura em solo brasileiro.

Nessa fase, seus romances regionalistas foram essenciais para consolidar o chamado romance de 30. Destacam-se em sua obra: Menino de Engenho, Doidinho, Banguê, Fogo Morto e Usina, todos com a temática da cana-de-açúcar.

A principal diferença entre essa fase e a anterior está no emprego das inovações: A energia e irreverência são menos presentes. Já não há tanta preocupação em romper com outras estéticas, pois o movimento já está consolidado.