O que é Exu da Calunga?

Perguntado por: afreitas . Última atualização: 1 de fevereiro de 2023
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Esses Exús também são chamados pelo nome de Rei e Rainha dos Cemitérios. Geralmente quando se diz calunga nas giras é para nomear ao cemitério. Trabalham neste reino todos os Exu que moram dentro dos cemitérios exclusivamente.

Calunga grande é o mar, a enormidade de seu destino e de seu horizonte. Calunga pequeno é a terra que recebe esses corpos e os transforma em semente.

Os kalungas ou Calungas são uma tribo que habita regiões próximas à Chapada dos Veadeiros, no estado de Goiás. É composta por três comunidades que estão localizadas nos municípios de Teresina de Goiás, Monte Alegre de Goiás e Cavalcante, sendo esta última. onde se encontra a comunidade mais populosa.

As calungas são bonecas esculpidas em madeira escura e sobre as quais são atribuídos poderes mágico-religiosos nos maracatus-nação. Elas desfilam nos cortejos, sempre carregadas pelas damas de paço.

O cemitério é conhecido como a Calunga Pequena ou Campo Santo. A parte superior da Terra é regida por Obaluaiê, Orixá da doença e da cura. E a parte debaixo por Omulú, o senhor da vida e da morte. Ao entrar nas calçadas do cemitério e na porteira, adentramos às áreas de Ogum e Exu, devendo saudá-lós e pedir licença.

A história da calunga (boneca) que pertence aos dois grupos do Maracatu Estrela Brilhante (Recife e Igarassu) e que durante 30 anos ficou sob a posse da antropóloga Katarina Real, quando se deu a divisão. Katarina, para evitar brigas, decidiu doar a boneca ao Museu do Homem do Nordeste em 1996.

Obaluayê e Omulu, os Donos da Calunga Pequena.

Maria Molambo Rainha Da Calunga.

Tem usos populares como tônica, estimulante antisséptica, sudorífica, diurética, anti-histérica, para febres graves, catarros crônicos, disenteria diarreia, etc.

Calunga (kalunga) é o nome atribuído a descendentes de africanos escravizados fugidos e libertos das minas de ouro do Brasil central que formaram comunidades autossuficientes e que viveram mais de duzentos anos isolados em regiões remotas próximas à Chapada dos Veadeiros, no atual estado de Goiás, no Brasil.

A ela são oferecidos cigarrilhas e cigarros de boa qualidade, rosas vermelhas (nunca em botões), sempre em número ímpar, cravos, palmas vermelhas, mel, licor de anis (uma de suas bebidas favoritas), espelhos, enfeites, joias, batons, perfumes, enfim todo aparato que toda mulher gosta e preza.

O Cruzeiro das Almas é um lugar que existe dentro dos cemitérios, dentro desse local sagrado que na Umbanda a gente chama de “Calunga Pequena”.

Assim, o povo Kalunga foi se formando. Hoje são três as comunidades, sendo que a mais populosa está em Cavalcante, e tem mais de duas mil pessoas, distribuídas nas localidades do Engenho II, Prata, Vão do Moleque e Vão das Almas. O território Kalunga é o maior sítio histórico e cultural do País em extensão.

[Brasil] Carinho falso ou elogio interesseiro.

Exu é guardião e está presente nas portas dos terreiros, e também, na porta do cemitério, e é uma entidade que atua em locais de passagem, nas fronteiras que dividem campos.

De acordo com Botelho (1982), Omulú é o orixá que rege a morte e a passagem para o plano espiritual, o momento do desencarne. É o dono dos cemitérios, responsável pela passagem da vida para a morte e também para guiar os espíritos para os locais considerados adequados em conformidade com sua vida terrestre.

Em entrevistas constatei que os orixás que atuam no cemitério são omolu-obaluaê, iansã das almas, nana, ogum mege e ogum de ronda. E as entidades deste campo de força são os pretos velhos (linha das almas) e os exus.

As mais conhecidas são Pombagira Rainha, Maria Padilha, Pombagira Sete Saias, Maria Molambo, Pomba Gira da Calunga, Pombagira Cigana, Pombagira do Cruzeiro, Pombagira Cigana dos Sete Cruzeiros, Pombagira das Almas, Pombagira Maria Quitéria, Pombagira Dama da Noite, Pombagira Menina, Pombagira Mirongueira e Pombagira ...