O que é ser uma pessoa barroca?

Perguntado por: vevangelista . Última atualização: 18 de maio de 2023
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[Pejorativo] Diz-se da pessoa que se comporta de maneira extravagante; excêntrico. [Pejorativo] Diz-se do que está repleto de ornamentos desnecessários ou se carateriza por ser excessivamente rebuscado.

As principais características do Barroco

  • Arte rebuscada e exagerada;
  • Valorização do detalhe;
  • Dualismo e contradições;
  • Obscuridade, complexidade e sensualismo;
  • Barroco literário: cultismo e conceptismo.

O termo Barroco vem do francês barroc que quer dizer, literalmente, "pérola irregular", "monte irregular". Apesar do termo ter origem na França, o movimento Barroco teve início na Itália e se difundiu por todo o continente europeu vindo mais tarde a alcançar ainda os novos continentes.

O barroco no Brasil está associado a obras produzidas no período de 1601 a 1768. O estilo chegou ao país após seu surgimento na Europa, no século XVI, e teve como marcos históricos a Reforma Protestante e a Contrarreforma.

O Barroco como conceito define a sua ideologia como a arte de chamar a atenção, tanto na pintura como na literatura. Dessa forma, três elementos consideram-se fundamentais na sua estética: a ideia de efeito, o apelo emocional e o virtuosismo.

Na literatura brasileira, o Barroco tem como marco inicial a publicação do poema épico "Prosopopeia", de Bento Teixeira, em 1601. No barroco literário os dois estilos empregados foram: o "cultismo" e o "conceptismo".

A visão pessimista barroca acredita que o ciclo da vida levará a morte. A incerteza sobre a vida levou o barroco a ser uma arte pessimista. No Barroco cenas trágicas, tristes e dolorosas eram admiradas.

Cultismo Significa “jogo de palavras”. Esse estilo utiliza a descrição, termos cultos, linguagem rebuscada e ornamental para expressar as ideias. Além do uso desses termos, o cultismo valoriza os detalhes e a forma textual. É comum o uso de diversas figuras de linguagem.

Conheça alguns dos principais artistas brasileiros da arte barroca:

  • Aleijadinho. Estátua do Aleijadinho. ...
  • Mestre Ataíde. A Ultima Ceia, 1828. ...
  • José Joaquim da Rocha. ...
  • Eusébio de Matos e Guerra. ...
  • Jesuíno do Monte Carmelo. ...
  • José Teófilo de Jesus. ...
  • Agostinho de Jesus.

O barroco teve grande importância no reforço dos valores religiosos disseminados no Brasil Colonial. No Brasil Colonial, a presença dos jesuítas teve grande importância no processo de disseminação do cristianismo católico no interior da colônia.

As obras dos artistas barrocos europeus valorizam as cores, as sombras e a luz, e representam os contrates. As imagens não são tão centralizadas quanto as renascentistas e aparecem de forma dinâmica, valorizando o movimento. Os temas principais são: mitologia, passagens da Bíblia e a história da humanidade.

O barroco, também chamado seiscentismo, foi uma tendência artística que reagiu ao otimismo antropocentrista do Renascimento, tendo dominado a literatura, a arquitetura e as artes plásticas no século XVII.

Suas principais características são o fusionismo, o culto ao contraste, o cultismo e o conceptismo. Assim, as principais obras literárias desse estilo no Brasil são Prosopopeia, de Bento Teixeira; Os sermões, de Padre António Vieira; além da poesia de Gregório de Matos.

Foto do autor.

  • As fases do barroco mineiro.
  • fase — Nacional Português (de 1700 a 1730)
  • fase, estilo D. João V ou Joanino (de 1730 a 1760)
  • fase, Rococó ou Dom José I (1760, 1840)

No Brasil, o estilo chega com os jesuítas na época da colonização do país, sendo uma das ferramentas da catequização dos índios e, posteriormente, dos escravos. Predominou no país, pois é a primeira estilística a chegar de fora. Foi mais vista na arte sacra, ou seja, nas pinturas, estátuas e decorações.

Esse movimento cultural e artístico, que teve início em meados do século XVI, tem como principais características a retomada dos valores cristãos, o rebuscamento, o pessimismo e a instabilidade.

A conexão entre a arte barroca e religião
Assim como para a igreja católica, que fez uso do estilo como um mediador entre o mundano e o divino, atuando em defesa da fé cristã. Tanto a arte quanto a religião eram vistos como meios que guiavam o fiel para estados de espírito semelhantes.