O que o cemitério faz com os restos mortais?

Perguntado por: icardoso . Última atualização: 3 de fevereiro de 2023
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Quando o cemitério é municipal e a exumação é feita em jazigos temporários, normalmente os restos mortais são destinados a um espaço chamado de “ossada perpétua”, com gavetas nas quais os ossos permanecem por tempo indeterminado e que também podem ser visitados pelos familiares.

A pedido do próprio cemitério, quando completa o prazo de 3 ou 5 anos do óbito, a exumação deve ser realizada para abrir espaço para novos sepultamentos. Pela própria família quando ocorre um novo óbito. Muitas famílias solicitam a exumação de cadáver para dar espaço a um novo sepultamento.

Os restos mortais do ente querido falecido (ossos) são separados e acondicionados em uma urna adequada para este fim. A urna pode ser realocada no próprio jazigo ou pode ser levada para outro local de acordo com a preferência da família.

Acredita-se que o costume surgiu na Idade Média e era uma forma de garantir que a pessoa estava mesmo morta, antes de enterrá-la.

PORQUE COLAM A BOCA DO MORTO? Após o óbito, a boca do cadáver pode permanecer aberta. Com o intuito de restaurar a aparência natural da pessoa em vida, a boca é fechada.

Quando o caixão é aberto, depois de muito tempo, está tudo misturado no meio do barro: a madeira, as roupas, os ossos. A gente cata os ossos que sobraram e coloca dentro de um saco, mostra pra família e, depois, enterra de novo. O saco fica em cima do caixão do defunto novo.

Depois de passar por muitos processos, o corpo humano acaba estourando logo após o término das etapas de putrefação. Sendo assim, após 30 dias da morte do ser humano, vai se formando um volume intenso de gases dentro do corpo. Logo após o corpo estoura e libera todos os líquidos internos. Isso depois da putrefação.

5) Esqueletização
Por fim, ocorre a esqueletização, última fase da decomposição de corpo após a morte. Nessa etapa, não há mais pele e quase não resta cartilagem no cadáver. Essa é a fase mais longa, onde pode demorar semanas para corpo se tornar completamente osso.

Sem essa preparação, dificilmente seria possível velar nossos falecidos, porque haveria um risco maior de contaminação das pessoas ao redor, além de que seria preciso lidar com os odores desagradáveis e também a aparência do falecido após horas da morte.

Homem não era enterrado com os pés calçados, pois Jesus sempre andou descalço. Se aparecesse na porta do céu de sapatos, estaria querendo ser melhor que o filho de Deus, e o castigo para tal ofensa era dos mais graduados.

Os cadáveres são frescos, mas os alimentos ingeri- dos horas antes de morrer, nem tanto. Assim, quando aberto o abdômen dos cadáveres, por vezes o odor se assemelha ao de dejetos fecais; outras vezes, quando coletado o material do es- tômago, um forte cheiro similar ao de vômito era exalado.

Esse fato ocorre devido à falta de manutenção das covas ou espaços de sepultamento. Por outro lado, no cemitério vertical esses danos são evitados, pois a decomposição é feita dentro das gavetas com a circulação de oxigênio. Assim, nenhuma substância chega ao meio ambiente.

Ambiente: Sob a terra | Tempo: De nove meses a cinco anos. Quanto mais fundo o cadáver for enterrado, mais lenta será a deterioração. Entre 60 cm e 1 m de profundidade, ela leva entre nove e 12 meses. Os ossos, porém, só “somem” depois de uns quatro anos.

A cremação de ossos é realizada após a exumação, que é a retirada do caixão do jazigo em que ele estava enterrado, esse processo é geralmente feito após 3 ou 5 anos, isso depende de cada cemitério, após ser feito esse processo a família tem duas opções, sepultar os ossos em um jazigo perpetuo ou cremar os despojos.

Quando a peste bubônica assolou a Inglaterra, em 1665, criou-se a regra de enterrar as vítimas a 6 pés de profundidade – ou sete palmos, algo em torno de 1,80 m. Assim, cachorros não conseguiriam acessá-las, nem contaminar mais gente. No Brasil, a medida varia entre 1,30 m e 1,60 m, dependendo do Estado ou da cidade.

No Brasil Colonial, o vestuário da pessoa falecida possuía grande importância, tanto é que no testamento de pessoas de famílias rica era colocada a roupa que deveriam ser enterradas. À época, a crença era de que se o morto não se vestisse adequadamente sofreria consequências.