O que significa o dia 20 de novembro?

Perguntado por: agomes . Última atualização: 30 de abril de 2023
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No dia 20 de novembro comemora-se o Dia da Consciência Negra. A data foi oficializada por uma lei de 2011 e é inclusive feriado em alguns estados e cidades. Ela foi escolhida para homenagear Zumbi, o líder do Quilombo de Palmares, que morreu nesse dia, em 1695.

A cultura afro-brasileira tem parte fundamental na construção histórica da nação. Muitos costumes que temos atualmente herdamos dos negros, que precisavam usar seus conhecimentos para, literalmente, "se virar", em meio a situações precárias de moradia, alimentação, lazer, entre outros pontos essenciais.

Esse nome tem grande significado no dialeto a quem tem origem – o dialeto da tribo imbagala de Angola: quer dizer “aquele que estava morto e reviveu”. Pelo nome escolhido, se pode perceber que o homem quis fazer uma relação com a libertação que ele alcançava tendo fugido.

Zumbi dos Palmares
Zumbi é o ícone da resistência negra à escravidão no Brasil. Último líder do Quilombo dos Palmares, na região da Capitania de Pernambuco, ele era responsável por uma comunidade formada por escravos negros que haviam escapado das fazendas, prisões e senzalas coloniais.

Este termo, ganhou notoriedade no Brasil na década de 1970, em razão dos movimentos sociais que atuavam pela igualdade racial, como o Movimento Negro Unido. É o símbolo da luta, da resistência e a consciência de que a negritude não é inferior e que o negro tem seu valor e seu lugar na sociedade.

Além das questões que envolvem Zumbi e o Quilombo dos Palmares, o Dia da Consciência Negra é uma data significativa, pois traz à luz questões importantes: o racismo e a desigualdade da sociedade brasileira.

Músicas, danças, jogos, brincadeiras e atividades de origem africana, como a capoeira. A escola ainda pode investir em projetos como feiras, eventos e apresentações culturais para trabalhar o tema de forma integrada, aproveitando a oportunidade para envolver as famílias e a comunidade escolar na temática.

São algumas palavras: acarajé, axé, babá, berimbau, búzios, cachaça, caçula, cafuné, Candomblé, canjica, capoeira, dendê, empacar, farofa, fofoca, fubá, gogó, Iemanjá, miçanga, maracatu, mingau, mochila, moleque, nenê, pamonha, quindim, samba, tagarela, tango, tutu, vatapá, xodó e zangar.

O termo afro-brasileiro designa pessoas e objetos culturais e materiais de origem do continente africano. No campo das artes, uma produção é considerada afro-brasileira quando congrega aspectos aparentes da arte dos povos africanos, cujas peças mais conhecidas entre nós são as máscaras e as esculturas.

O Candomblé foi a religião que mais conservou as fontes do panteão africano, servindo como base para o assentamento das divindades que regeriam os aspectos religiosos da Umbanda.

Zumbi, considerado o grande herói de Palmares, tinha escravos. Fatos como esse, que ainda passam em branco em muitas aulas de História, fazem parte do lado pouco explorado da escravidão no Brasil.

Lutou pela liberdade de culto e religião, bem como pelo fim da escravidão colonial no Brasil. Apesar disso, este líder também ficou conhecido pela severidade despótica com que conduzia Palmares, onde, inclusive, havia um tipo mais brando de escravidão.

A constatação de Narloch chega a ser simplória: Zumbi tinha escravos pois “quem viveu próximo do poder no século 17 tinha escravos”.

Zumbi dos Palmares: símbolo brasileiro da resistência e luta contra a escravidão.