O que significa o termo encomienda?

Perguntado por: rfernandes . Última atualização: 31 de maio de 2023
4.6 / 5 18 votos

A encomienda era uma instituição em vigor nos reinos de Castela e foi adaptada nas Índias (América). A encomienda permitia ao encomendero, um fidalgo espanhol, a cobrar tributos na forma de trabalho ou de bens materiais à determinada população indígena.

O repartimiento de indios ou encomienda foi um regime de trabalho compulsório que, diferentemente da escravidão reservada aos africanos, garantia aos ameríndios um serviço digno com pagamento em espécie ou em produtos ao final de cada período.

Teoricamente, a “encomienda” era um direito concedido pelo rei a espanhóis como recompensa por serviços prestados à coroa. Era, portanto, uma graça, um favor real. Consistia na cobrança e apropriação para si dos tributos devidos pelos indígenas que lhes eram encomendados.

A encomienda foi estabelecida pela primeira vez na Espanha durante a Reconquista e continuou a ser usada durante a colonização espanhola das Américas e das Filipinas. Francisco Hernández Girón, encomendero espanhol do Vice-Reino do Peru que protestou contra as Novas Leis em 1553.

Como a Igreja não concordava com esta forma de escravidão, os proprietários destes trabalhadores trocavam o trabalho dos nativos pela catequese dos mesmos, além de pagarem um tributo à Coroa por este direito.

A mita (termo que provém da palavra que em quéchua significa turno) foi um sistema de trabalho existente na região conquistada pelo Império Espanhol na América do Sul, tendo sido aplicada na América Andina especialmente na região do Cerro Rico de Potosí (montanha rica de Potosí, em português atual Bolívia).

A escravidão entre os índios acontecia logo após uma tribo vencer a outra em um combate. Os derrotados eram transformados em mão de obra escrava, mas o trabalho exigido não se comparava com o que os portugueses esperavam que os índios fizessem. A escravidão entre os índios era o trabalho na tribo.

Ele é o Deus do homem, e Sua compaixão é igual para o homem vermelho e para o homem branco. A Terra lhe é preciosa, e feri-la é desprezar seu criador.

O repartimiento, na verdade, era uma modalidade já conhecida pelas populações indígenas anteriormente subjugadas ao império inca (mita) e asteca (cuatéquil). Esse tipo de sistema era usualmente gerido através de um sorteio onde os índios selecionados deveriam trabalhar compulsoriamente durante certo tempo.

Chapetones: eram a elite colonial, controlavam a colônia e ocupavam os altos cargos administrativos. Criollos: vinham logo abaixo. Eram os filhos dos espanhóis nascidos na colônia e integravam a nobreza, sendo, ainda, grandes latifundiários. Negros e índios: estavam na base da pirâmide social.

A estrutura social da América Espanhola colonial estava dividida em chapetones (espanhóis) no topo; criollos (filhos de espanhóis que nasceram na América e não detinham os mesmos privilégios que os chapetones) no centro; e índios, mestiços e afrodescendentes na base da pirâmide.

Os povos originários são populações que se tornaram primeiros habitantes de um território, com forma de organização social e cultura exclusivas ao seu grupo. No Brasil, os povos originários são os indígenas brasileiros que habitaram o país antes da chegada dos europeus.

A coroa dividiu a população do seu império ultramarino em duas categorias, separando os índios dos não-índios. Os indígenas formavam a República de Indios, a outra a República de Españoles, essencialmente a esfera hispânica, de modo que os espanhóis, os negros e as castas mestiças eram agrupados nessa categoria.

As tradições mantidas pelos Espanhóis no Brasil são, por exemplo, a dança a culinária e as festas. Como os Espanhóis se estalaram principalmente no setor de restaurantes, eles trouxeram bastante de sua culinária, como os vinhos; massas; o azeite; e o churro.

Os quatro vice-reino eram: Nova Espanha, Nova Granada, Peru e Prata; as quatro capitanias-gerais eram: Guatemala, Cuba, Venezuela e Chile. Os quatro vice-reinos e as capitanias-gerais eram governados, respectivamente, por vice-reis e capitães-gerais, nomeados pelo Conselho das Índias.

Na fase de conquista da América espanhola, os espanhóis criaram o adelantados, que se referem às grandes extensões territoriais que eram dadas às pessoas que as conquistassem. Os homens que recebiam as terras, tinham autonomia para administrá-las da forma que mais fosse viável para eles.

Colonização espanhola foi o processo, entre os séculos XVI e XIX, no qual os espanhóis colonizaram o continente americano, com modelos políticos, econômicos e sociais próprios.

A cultura indígena era baseada essencialmente na vingança e, dessa forma, a captura do inimigo não tinha fins lucrativos. Ao contrário dos povos africanos, que construíam reinos estruturados com base no comércio negreiro com os estrangeiros.

A Igreja combatia a escravidão, pois tinha todo interesse em catequizar os índios, missão que ficou a cargo da Ordem Jesuíta, cujo expoente foi o Padre Antônio Vieira. A Companhia de Jesus possuía vários assentamentos onde os indígenas já se encontravam habituados ao trabalho e ao Cristianismo.

As condições de trabalho dos escravos eram péssimas, assim como em outras colônias da América (por exemplo, o Brasil), mas, em São Domingo, o número de escravos era muito maior que o número de colonos franceses. As revoltas escravas eram combatidas com extrema violência.