Para que a Eletrobras foi vendida?

Perguntado por: ogodinho . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Com a conclusão do processo, a Eletrobras se tornou uma empresa sem controlador definido, como aconteceu com a Embraer. O governo tem reafirmado que a privatização resultará em benefícios para a população e pode reduzir a conta de luz dos consumidores residenciais, uma vez que tornará o setor mais competitivo.

Desde a privatização da empresa, as condições hidrológicas brasileiras melhoraram muito. Depois de um período de seca e falta de chuvas, que levou o País a uma crise hídrica entre 2021 e 2022, os níveis dos reservatórios hidrelétricos se recuperaram em 2023. Como consequência, os preços da energia caíram.

O órgão deu aval para a continuidade da privatização. Os R$ 67 bilhões da privatização serão divididos da seguinte forma: R$ 32 bilhões serão destinados à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) ao longo dos próximos 25 anos, sendo que R$ 5 bilhões serão pagos ainda em 2022.

A União Federal deixou de ser controladora da empresa. Embora o BNDES tenha vendido ações na oferta global, a perda do controle ocorreu principalmente pela diluição da participação do governo com a emissão de novas ações. Como resultado da transação, o governo terá pouco mais de 40% do capital social da companhia.

Governo Bolsonaro deixa R$ 255 bilhões em despesas não pagas para este ano. Exame.

Na lista estão as empresas: Correios, Eletrobras, Telebras, Casa da Moeda, EBC, Lotex, Codesp, Emgea, ABGF, Serpro, Dataprev, CBTU, Trensurb, Ceagesp, Ceasaminas, Codesa, Ceitec.

Apenas entre o primeiro e o segundo ano de Bolsonaro (2019/2020), 2.865 empresas encerraram as atividades enquanto Guedes cortejava seus pares no mercado financeiro.

Para além do tarifaço, a privatização causará queda na qualidade da energia com aumento de apagões no futuro, desindustrialização com consequente aumento da falência de empresas e desemprego, privatização da água e a destruição da soberania energética.

O governo abriu ao setor privado a possibilidade de concessões e permitiu contratos da YPF com terceiros. Essas medidas foram parcialmente anuladas em 1974 e posteriormente reorganizadas em 1985 pelo governo de Raúl Alfonsín. Mas a privatização só foi concretizada no fim do governo de Carlos Menem, em 1999.

O governo de Jair Bolsonaro conseguiu arrecadar R$ 304,2 bilhões com privatizações e desinvestimentos de estatais.

43%

O governo tem 43% das ações [Eletrobras], mas no conselho só tem direito a um voto.

Conforme o PL 10826/18, os empregados, inclusive os que estiverem em período probatório à época da venda, serão lotados em outras empresas públicas, sociedades de economia mista ou esfera do governo federal, sendo mantidos seus direitos adquiridos.

Somos a maior empresa brasileira de geração de energia elétrica. Produzimos mais de 170 milhões de MWh acumulados até o quarto trimestre de 2022. Nossa capacidade instalada atingiu 42.559 MW até o quarto trimestre de 2022, o que representa 23% do total instalado no Brasil.

Participação no capital votante (ações ON) antes e depois da oferta.

  • União: antes era de 51,8%; agora é 33%
  • BNDESPar: antes era de 11%; agora é de 3,6%
  • BNDES: Antes era de 5,8%; agora é de 3,7%
  • Outros: antes era de 31,4%; agora é de 59,7%

O Tribunal de Contas da União (TCU) fez o acompanhamento da desestatização das distribuidoras de energia elétrica então controladas pelas Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras).

O Projeto de Lei 5877/19, do Poder Executivo, viabiliza a privatização da Eletrobras, estatal responsável por 1/3 da produção de energia elétrica do País. A empresa é vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

A Eletrobras deixou de ser controlada pela União em junho de 2022, no governo de Jair Bolsonaro (PL).

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