Por que D. João VI deixou o Brasil e voltou para Portugal?

Perguntado por: asilveira . Última atualização: 18 de fevereiro de 2023
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A volta de D. João à Portugal ocorreu em 1821, como consequência direta da Revolução do Porto de 1820 e da convocação das Cortes, que idealizavam o retorno da família real e da Corte portuguesa, esta última entendida como o conjunto de órgãos públicos responsáveis pela administração do Estado.

Pressionado para voltar a Portugal junto com quase toda a corte, o rei Dom João VI deixou o Brasil nas mãos de seu filho, o príncipe-regente Dom Pedro I. Era o ano de 1821.

Pedro I recebeu uma carta da corte de Lisboa, a qual exigia sua volta para Portugal. O motivo era que os portugueses, que ansiavam pela recolonização do Brasil (à época um Reino Unido a Portugal e Algarves), viam a permanência do filho de D. João VI como um grande impedimento para alcançar seus objetivos.

Resposta. Resposta: Dom João VI voltou a Portugal porque temia perder o poder monárquico em seu país. A vinda da Família Real portuguesa para o Brasil desagradou bastante os portugueses.

A transferência da Corte Portuguesa para o Brasil (1808) significou a subordinação de Lisboa ao Rio de Janeiro como capital do Império, a quebra do exclusivo colonial luso e a instituição de uma junta militar britânica no governo de Portugal, que prestava contas ao Rio de Janeiro.

A vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808, está ligada diretamente à Era Napoleônica. A ameaça do imperador francês de invadir o reino de Portugal e a dívida econômica com a Inglaterra fizeram com que o príncipe regente Dom João VI decidisse pela fuga para o Brasil.

A capital do Reino de Portugal foi estabelecida na capital do Estado do Brasil, a cidade do Rio de Janeiro, registrando-se o que alguns historiadores denominam de "inversão metropolitana", ou seja, da colônia passou a ser exercida a soberania e o governo do império ultramarino português.

No dia 26 de abril de 1821, a Família Real retornou a Lisboa, com exceção de dom Pedro, que assumiu a função de regente. Mesmo com a participação de deputados brasileiros, as Cortes portuguesas terminaram se inclinando, em meio à ambiguidade de suas propostas, para uma posição em favor do colonialismo.

A partir de 1815, como resposta à pressão que sofria dos países membros do Congresso de Viena, D. João VI elevou o Brasil para a condição de reino, assim, foi formado o Reino de Portugal, do Brasil e Algarves.

Neste período quem governava Portugal era o príncipe regente D. João, que governava em nome de sua mãe D. Maria I que estava muito doente.

Em agosto, o governo português enviou um novo decreto anulando as decisões tomadas pelo príncipe regente e exigindo seu imediato retorno. Aconselhado por José Bonifácio e sua esposa, Dona Leopoldina, Dom Pedro não via alternativa a não ser a declaração de independência.

Pronto retorno de Dom João VI e da família real portuguesa; Formação de uma monarquia constitucional, acabando com o absolutismo; Retomada da colonização do Brasil e garantia do predomínio de Portugal sobre o comércio brasileiro.

Antes de partir para Portugal, Dom João VI esvaziou os cofres do Banco do Brasil, levando quase todo o ouro para Portugal e deixou Dom Pedro como principe regente. Os portugueses, porem não gostaram da permanência de Dom Pedro no Brasil, pois queriam que o Brasil voltasse à posição de colônia.

Entre os fatores que causaram a Independência do Brasil podemos destacar a crise do sistema colonial, as ideias iluministas e as independências ocorridas na América Inglesa e na América Espanhola. Além disso, a própria elite agrária brasileira se beneficiaria de uma separação entre Portugal e Brasil.

Por isso, o Brasil era um amontoado de regiões sem comércio nem comunicação entre si. O único ponto em comum era a língua portuguesa e a obediência à Corte. Não havia indústrias e todo o comércio se fazia com e através de Portugal.

Defendia também a preservação das vantagens conquistadas pelo Brasil desde 1808 e a igualdade de direitos políticos e civis entre cidadãos de Portugal e do Brasil. No entanto, as Cortes, reunidas desde janeiro de 1821, trabalhavam pela recolonização.

A abertura dos portos aconteceu no dia 28 de janeiro de 1808, por um decreto real emitido pelo príncipe regente d. João. Esse decreto determinou a abertura dos portos brasileiros para as nações amigas de Portugal, o que encerrou séculos de existência do pacto colonial.