Por que Kant trata do conhecimento estético em livro chamado Crítica da Faculdade de Julgar?

Perguntado por: dmachado4 . Última atualização: 17 de maio de 2023
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A Estética kantiana é pensada não mais como uma dimensão objetiva do mundo e sim como uma dimensão mental, subjetiva. Isto quer dizer que a reflexão sobre a estética está voltada para as condições de receptibilidade a prazer do sujeito, também chamada de estado mental ou de conhecimento em geral.

Segundo Kant, o belo resulta da concordância harmoniosa entre uma forma sensível imaginada para exprimir uma ideia, e um ideia concebida para ser expressa por uma forma. O belo será o que satisfaz o voo livre da imaginação, sem estar em desacordo com as leis da Verstand.

Deve-se salientar que, para Kant, o sentido de crítica não é sobre tratar negativamente um tema, mas de examinar os seus limites e as condições nas quais ele é possível.

A grande transformação pela qual passa a estética por meio de Kant pode ser descrita, sobretudo, em função da alteração do foco. Não é mais a obra de arte o interesse de Kant. Sua questão é saber o que acontece com o homem quando ele se encontra diante de uma obra e diz que ela é uma obra bela.

A estética, também chamada de ciência do belo ou filosofia da arte é a área da filosofia que se dedica a estudar e compreender a partir da racionalidade aquilo que é belo tanto nas manifestações da natureza quanto nas manifestações artísticas produzidas pelos seres sociais.

Trata-se de um “prazer desinteressado”. Isto significa que o sujeito que faz um julgamento estético sobre um objeto não tem nenhuma necessidade de possuir ou consumir esse objeto, ou seja, o objeto não desperta qualquer desejo no sujeito que o contempla.

O julgamento estético não persegue o agradável, nem o bem. Ele procura o prazer, mas se trata aqui de um prazer sem desejo. O prazer não é a finalidade do objeto belo.

Porque a reflexão é o nome que porta na filosofia crítica a possibilidade desta filosofia. [...] isto é, a legitimidade, de um juízo sintético a priori[...]” (Lyotard, 1993, p. 35).

"Universalidade estética" é o conceito-chave com base no qual a terceira Crítica, que já havia afrontado as estéticas racionalistas com a tese da não-conceptualidade do juízo de gosto, rechaça, no outro flanco, o ceticismo estético dos defensores de um gosto privado e incomunicável.

Para considerar um objeto como sendo belo, a atenção se volta para a imaginação e para o sentimento de prazer ou desprazer. A consideração feita pode ser objetiva quanto à representação; no entanto, como relação ao sentimento, não o pode.

A ética kantiana está desenvolvida, sobretudo, no livro Fundamentação da Metafísica dos Costumes (1785).

A filosofia teórica de Kant conclui pela impossibilidade de o intelecto produzir conhecimento por si mesmo. A experiência é a origem do conhecimento e o entendimento possui o papel de organizador das informações da sensibilidade.

Kant escreveu sobre sua teoria moral no livro “Fundamentação da Metafísica dos Costumes”, publicado originalmente em 1785. Já na época os críticos apontaram o problema da inflexibilidade e conflito de deveres morais. Como resposta, Kant escreveu um texto intitulado “Sobre um suposto direito de mentir por humanidade”.

A filosofia crítica de Kant consiste, desta forma, em impor à razão os limites da experiência possível. O filósofo alemão pretende, com isso, fornecer rigor metodológico à metafísica, livrando-a de seu caráter dogmático e trazendo-a para o rumo seguro da ciência.

Assim, pela distinção entre beleza livre (pura) e beleza aderente (condicionada) mostra-se que ao reconhecer a primeira, se profere um “juízo de gosto puro”, e a segunda, um “juízo de gosto aplicado”. Naturalmente que o juízo estético puro tem mais valor que o juízo estético condicionado.

Se Kant afirma a existência de uma lógica da verdade e em princípios constitutivos, Nietzsche afirma que toda forma de pensar é um tipo de erro que tem valor como ficção regulativa.