Por que o bebê fica grudado na mãe?

Perguntado por: hmendes . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Calma, em alguns momentos isso é normal. “Existe a idade do apego, em torno do nono mês de vida, o bebê tem um maior apego com a mãe, isso faz parte do desenvolvimento da criança, nessa fase isso é normal”, observa a pediatra Tatiana Miranda, coordenadora do pronto socorro infantil do Hospital Leforte.

Esse problema é conseqüência direta da atitude dos pais, que não cortam o “cordão umbilical” de seus filhos. Em muitos casos, isso ocorre porque os pais temem ser abandonados. “Geralmente esse 'grude' está muito mais relacionado com os medos, inseguranças e pavores dos pais do que os da própria criança.

No começo, todo bebê se identifica com a mãe, independentemente do sexo, por ser o primeiro vínculo de amor na vida dele. Com o passar do tempo, a criança vai crescendo e começa a fazer identificações físicas, então os meninos começam a se enxergar na figura paterna e as meninas na aparência das mães.

A explicação é que um instinto criado durante a evolução de nossa espécie faz a frequência cardíaca dos bebês cair rapidamente quando são embalados no colo da mãe, o que causa uma profunda sensação de calma e relaxamento, numa ação coordenada de funções motores, cardíacas e do sistema nervoso.

“Mesmo que não enxergue muito bem ao nascer, o bebê 'percebe' a mãe desde o início”, explica o pediatra neonatal Luiz Renato Valério, do Hospital Pequeno Príncipe (PR). Além do olhar, esse reconhecimento, de acordo com o especialista, se dá também por meio do cheiro, da voz e do toque.

Fase 4: Angústia de separação, entre o mês 7 e 8
Talvez provavelmente esta seja a mais difícil entre as 7 fases em que o bebê dá mais trabalho e demanda mais atenção. A angústia de separação é quando o pequeno se dá conta que os pais não são uma extensão de si e que começa a se perceber como indivíduo.

  • Olhar fixo. Desde o momento que ele nasce, você está sendo observada. ...
  • Opinião que importa. A partir dos 9 meses, seu bebê vai tentar dividir todos os desejos com você. ...
  • Sempre perto. Seu filho fica aflito quando você não está por perto. ...
  • Sorriso pede sorriso. ...
  • Confiança e aconchego.

3- Fase de apego
Desde os 6 ou 8 meses e até que a criança faça aproximadamente 2 anos é quando chega a fase do vínculo de apego propriamente dito.

O estudo sugere que os bebês possuem algum tipo de bússola moral, sendo capazes de julgar o certo e o errado antes mesmo de aprenderem o que isso significa. De acordo com os pesquisadores, o comportamento pode ser um traço adquirido durante a própria evolução humana que beneficiou a espécie.

Durante nove meses, o bebê vive protegido pelo útero da mãe, tranquilo e quentinho. Após o nascimento, a proteção continua. Durante os primeiros dias ou meses é comum que os dois não deixem a companhia um do outro.

Após o nascimento, os recém-nascidos também já são sensíveis ao amor e afeição dos pais. De modo que dar colinho, sorrir, cantar, alimentar, trocar fraldas, essas atividades que fazem parte da rotina do bebê e dos pais podem ser um aprendizado para o bebê sobre o amor quando feitos com carinho, é claro.

Aparentemente, os bebés também querem estar ao colo por um imperativo da nossa evolução biológica, uma vez que faz sentido as crias quererem estar próximas da sua fonte de alimento e proteção.

Bebê apegado ao pai
A atitude dele ser auxiliar, sem ocupar o lugar que é natural da mãe", diz. O médico explica ainda que essa aproximação com o pai acontece com mais evidência a partir do início do segundo ano de vida e deve ser compreendida pela mãe, já que é algo extremamente salutar para o bebê.

O início, no entanto, pode ser bem antes: já a partir do 4º mês, quando o bebê começa a perceber que a mãe é uma pessoa distinta dele, apesar de depender dela inteiramente, e isso se transforma em um temor de que ela desapareça ou o abandone. É comum que o bebê chore quando a mãe sai de seu campo de visão.

“Já perto de um ano, a criança, ela começa a desenvolver a empatia. Ela deve ter um vínculo com essa mãe muito forte. A partir do momento que ela vê a mãe cantar, por empatia, entende a emoção da mãe naquele canto e toca ela”, disse a psicóloga.

"É normal se sentir irritada, nervosa e até mesmo com raiva do filho", esclarece a neuropsicóloga Deborah Moss, mestre em Psicologia do Desenvolvimento (USP).

O que acontece para que o seu filho dê aquele belo sorriso enquanto dorme, é que ele chegou à fase REM (Rapid Eye Movement ou Movimento Rápido dos Olhos, em português) do sono, quando ocorre uma atividade muito intensa no cérebro, fundamental para o desenvolvimento neurológico do seu bebê.

Interaja com a barriga
Desde a barriga, o bebê pode reconhecer a voz do pai. Durante a gestação, os sons são amplificados para o bebê e, assim que nasce, ele já tem uma base para distinguir a voz do pai. A relação entre o bebê e o pai é importante desde o início e é construída a partir de diversos momentos de troca.