Porque o bebê chora muito com a mãe?

Perguntado por: lmenezes . Última atualização: 10 de janeiro de 2023
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As descargas de tensão são dirigidas à fonte de amor incondicional: a mãe. Porque ele sabe que no colo materno será acolhido e reconfortado. Portanto, o comportamento diferente em nenhum momento representa falta de autoridade ou permissividade da mãe, e sim a certeza da segurança emocional.

O choro é livre
Chorar, portanto, é a única maneira de se comunicar, já que ainda não consegue se expressar de outra maneira. Ou seja, chorar é mais do que normal. A profissional explica que o bebê está reconhecendo o terreno.

“Mesmo que não enxergue muito bem ao nascer, o bebê 'percebe' a mãe desde o início”, explica o pediatra neonatal Luiz Renato Valério, do Hospital Pequeno Príncipe (PR). Além do olhar, esse reconhecimento, de acordo com o especialista, se dá também por meio do cheiro, da voz e do toque.

É comum também o bebê estar estressado ou cansado por causa do parto, ainda mais se foi um parto natural. Como a amamentação é algo novo ainda, talvez ele não tenha forças para aprender a mamar. Então, pode ser interessante esperar algumas horas para ele se acalmar, se recuperar, não só ele, mas a mãe também.

O ESTRESSE DA PANDEMIA
"É normal se sentir irritada, nervosa e até mesmo com raiva do filho", esclarece a neuropsicóloga Deborah Moss, mestre em Psicologia do Desenvolvimento (USP). No entanto, segundo a especialista, a pandemia agravou a situação.

“Existe a idade do apego, em torno do nono mês de vida, o bebê tem um maior apego com a mãe, isso faz parte do desenvolvimento da criança, nessa fase isso é normal”, observa a pediatra Tatiana Miranda, coordenadora do pronto socorro infantil do Hospital Leforte.

Um bebê é considerado recém-nascido do seu nascimento até os 28 dias de vida. Depois desse período já pode ser designado como apenas bebê ou lactente.

“Eu te amo”: Quando seu bebê olha para você enquanto mama no peito ou consome a fórmula ele está querendo te dizer que te ama! O bebê faz essa troca de olhar com a mãe para fortalecer ainda mais o vínculo com ela.

Segundo a especialista, geralmente, o choro não indica nenhum problema de saúde: “Isso ocorre porque o bebê não consegue relaxar adequadamente e interpreta o sono como desconforto e, por isso, chora na hora de dormir. Também pode ocorrer das sonecas do dia não estarem adequadas”, explica.

Durante nove meses, o bebê vive protegido pelo útero da mãe, tranquilo e quentinho. Após o nascimento, a proteção continua. Durante os primeiros dias ou meses é comum que os dois não deixem a companhia um do outro.

O bebê precisa se sentir seguro, precisa do vínculo dos pais, precisa da presença e do cuidado de alguém para se acalmar. Chorar e não ser atendido gera angústia e desamparo para o bebê. E essas sensações vão deixar importantes marcas que vão afetar o desenvolvimento emocional do bebê.

Os bebês recebem cópias desses genes tanto do pai quanto da mãe. Normalmente, se o pai é branco e a mãe é negra, os efeitos se misturam: é por isso que o filho de um negro (com genes para pele escura) com uma branca (com genes para pele clara) tende a ser mulato, ou seja, ter cor de pele intermediária.

Isso acontece porque eles já entendem o ambiente ao redor. Bebês a partir de 2 meses tendem a se distrair e interrompem as mamadas por qualquer barulho do ambiente. Quando ficam mais velhos, dão conta de tudo ao redor ao mesmo tempo em que mamam. E querem fazer algo com aquela mãozinha livre.

Na maioria das vezes, as crianças herdam a forma da ponta do nariz, a área ao redor dos lábios, o tamanho das maçãs do rosto, os cantos dos olhos e o formato do queixo de um dos pais. Essas são as principais áreas destacadas durante um procedimento de reconhecimento facial.

Demonstração do amor pelo bebê
Apesar de amar os pais praticamente desde o nascimento, até os oito meses de vida o bebê demonstra seu amor de uma maneira mais sutil. Algumas dessas demonstrações podem ser olhar para os pais e sorrir e chorar quando deixa o colo dos pais para ir com outras pessoas.

Por volta do 10º mês de vida, o bebêentende o significado da palavra "não" - muitos, inclusive, até repetem a palavra, sacodem a cabeça ou fazem o gesto de negativo com o dedinho. Essa capacidade de compreensão pode começar um pouco antes ou depois, quando ele tem entre 8 e 12 meses, dependendo do ritmo de cada um.

Assim como a felicidade, quando a mãe está nervosa, estressada ou com raiva, o corpo libera cortisol e adrenalina, que também chegam até o útero. O bebê não consegue entender o que está acontecendo, contudo, o batimento dos corações se acelera.

Maior risco de problemas psicológicos
Os pesquisadores explicam que, depois do nascimento, a criança se mostra mais hiperativa, chorosa, reativa a som, luz e frio. Além disso, produz cortisol em circunstâncias que as demais crianças encararam com normalidade e, por isso, torna-se mais difícil acalmá-la.

Uma pesquisa descobriu que altas taxas de ansiedade, depressão e estresse das mulheres durante a gravidez podem alterar as principais características do cérebro fetal, o que posteriormente diminui o desenvolvimento cognitivo da criança aos 18 meses.

Ele é capaz de captar tanto os seus sentimentos como seus estados de ânimo. Através do cordão umbilical o feto recebe neurotransmissores e hormônios que tem um efeito similar ao que se faz em sua mãe.

"Ele não tem percepção do que acontece, mas se sente muito bem", garante Bento. Segundo o obstetra, o ato sexual promove uma vascularização na região pélvica da mulher. Com isso, o bebê recebe mais sangue e tem uma sensação boa e prazerosa.