Porque o jornalista e o indigenista foram mortos?

Perguntado por: amata . Última atualização: 30 de abril de 2023
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Bolsonaro causou indignação ao assegurar que a incursão de Phillips e Pereira era uma "aventura não recomendável" e que o jornalista era "malvisto" na região por seu trabalho informativo sobre as atividades ilegais.

Sian Phillips, irmã do jornalista, disse que Dom "foi assassinado porque tentava contar ao mundo o que estava acontecendo com a floresta amazônica e seus moradores".

Rubén Dario da Silva Villar, conhecido como "Colômbia", foi o mandante dos assassinatos do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, ocorridos em junho de 2022 no Vale do Javari, no Amazonas.

A Polícia Federal confirmou, neste sábado (18), que parte dos restos mortais encontrados no Amazonas são do indigenista Bruno Araújo Pereira. A identificação foi possível após exame da arcada dentária no Instituto Nacional de Criminalística.

O jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira, funcionário licenciado da Funai, desapareceram no dia 5 de junho enquanto percorriam uma região remota do estado do Amazonas, palco de conflitos entre indígenas e invasores de terras.

Segundo peritos da Polícia Federal (PF), Bruno levou três tiros de espingarda – dois no tórax e um na cabeça – e Dom, um – no tórax. O indigenista era alvo constante de ameaças por denunciar e combater, entre outros invasores de terras indígenas, pescadores, garimpeiros e madeireiros.

Bruno foi assassinado com três tiros, e Dom Phillips com um. Depois de matarem o jornalista e o indigenista, os criminosos se separaram. Jefferson usou sacos de areia para tentar afundar o barco. E Amarildo pediu ajuda a amigos e parentes que moram em uma comunidade que fica perto do local do crime.

O pescador Jânio de Freitas, preso em agosto de 2022 por pesca ilegal, se tornou um dos indiciados por envolvimento nos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Philips, em 5 de junho do ano passado, no Vale do Javari, no Amazonas.

Em uma reviravolta do caso, a Polícia Federal afirma que os assassinos de Bruno Pereira e Dom Phillips foram apenas os irmãos Amarildo e Oseney de Oliveira. Para a PF, o duplo homicídio do jornalista britânico e do indigenista brasileiro não foi um crime de mando.

Os corpos do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira teriam sido encontrados pela Polícia Federal. A informação foi divulgada pela esposa de Phillips ao jornalista André Trigueiro, do g1, na manhã desta segunda-feira (13).

Seu trabalho em defesa dos povos indígenas lhe rendeu ameaças regulares destes grupos criminosos. Quando desapareceram, Pereira acompanhava o jornalista britânico como guia por esta região isolada da Amazônia, na segunda viagem da dupla por esta região isolada desde 2018. O indigenista é casado e pai de três filhos.

A perícia aponta que o indigenista foi morto com apenas um disparo efetuado por uma arma de fogo de baixa energia, como dizem os peritos, que poderia ser de pistola ou revólver, cujo tiro atingiu a cabeça no lado esquerdo e saiu pelo lado direito.

A Polícia Federal (PF) anunciou nesta segunda-feira (23) que o traficante Rubens Villar, conhecido como “Colômbia”, foi o mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Araújo e do jornalista britânico Dom Phillips.

A Polícia Federal indiciou Ruben Dario da Silva Villar como um dos mandantes do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, mortos a tiros em 5 de junho de 2022, em Atalaia do Norte (AM).

Os corpos do indigenista Bruno Araújo e do jornalista britânico Dom Phillips foram encontrados em 15 de junho, dez dias após a dupla desaparecer em um trajeto pelo Vale do Javari, na Amazônia.