Porque os paulistas perderam a guerra mas se consideram vitoriosos?

Perguntado por: rcosta9 . Última atualização: 19 de fevereiro de 2023
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Embora tenham perdido os conflitos militares travados com as tropas federais e assinado a rendição em 3 de outubro de 1932, os paulistas se consideram vitoriosos pois garantiram, a partir da pressão revoltosa, que Vargas promulgasse a Constituição de 1934.

Em 1o de outubro de 1932, quase quatro meses depois de iniciado o conflito, os paulistas renderam-se, pois não tinham mais soldados suficientes e nem mantimentos para manterem a batalha contra o Governo Provisório. As forças militares fiéis a Vargas derrotaram as tropas paulistas.

Resposta verificada por especialistas
O movimento da Revolução Constitucionalista foi derrotado, porém sua causa pode ser considerada vitoriosa pois a partir do movimento diversos setores pressionaram o presidente para que iniciasse o processo de elaboração de uma nova Carta Constitucional.

Após a criação da MMDC ocorreram outras diversas manifestações e atos para o desmonte do governo. Essas ações dos paulistas resultou em seu ápice com a Revolução Constitucionalista de 1932. Esta Revolução almejava a retomada de uma Constituição Federal e um Estado Democrático de Direito.

Os paulistas foram arregimentando apoio por todo o estado. Os ataques tiveram início no dia 9 de Julho de 1932 e pegaram o governo Vargas de surpresa. Mesmo com o apoio de boa parte da população de São Paulo, que doou ouro para a Revolução, e de setores industriais, num esforço de guerra, o estado acabou isolado.

A Frente Única Paulista (FUP) foi a aliança política dos principais partidos do estado de São Paulo em Fevereiro de 1932, o Partido Republicano Paulista (PRP) e o Partido Democrático.

A Revolução Constitucionalista de 1932 foi uma revolta ocorrida no estado de São Paulo contra o governo de Getúlio Vargas. As elites paulistas buscavam reconquistar o comando político que haviam perdido com a Revolução de 1930, pediam a convocação de eleições e a promulgação de uma Constituição.

A Revolução Constitucionalista foi uma guerra civil que aconteceu no Brasil, em 1932, como consequência do desentendimento político entre o estado de São Paulo e o Governo Federal.

A derrota dos paulistas fez com que alguns deles fossem para o oeste onde, anos mais tarde, descobririam novas jazidas de ouro nos atuais estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.

Os emboabas
A palavra emboaba tem origem indígena e significa “estrangeiro”, “forasteiro”. Durante o período colonial, emboaba era a denominação dada às pessoas que chegaram à região das minas, onde os paulistas haviam encontrado ouro, estabelecendo-se para explorar metais preciosos.

"A decretação do Estado de Guerra depende da autorização da Casa Legislativa. A partir daí existem consequências de ordem normativa e de ordem institucional. A decretação de guerra necessita de decretação de Estado de Sítio, que depende de autorização do Congresso Nacional, e criação de mecanismos de fiscalização.

Os paulistas estavam insatisfeitos com os interventores que eram nomeados para o estado e exigiam um interventor que fosse paulista e também civil. Havia também a questão cafeeira, uma vez que Vargas tornou a gestão do negócio do café responsabilidade federal.

As elites paulistas buscavam reconquistar o comando político que haviam perdido com a Revolução de 1930, pediam a convocação de eleições e a promulgação de uma Constituição. O dia da Revolução Constitucionalista é celebrado em 9 de julho e é feriado no estado de São Paulo.

A Revolução Constitucionalista representou o inconformismo de São Paulo contra a ditadura do presidente Getúlio Vargas e custou a vida de mais de 800 soldados do lado paulista e cerca de 400 aliados do governo.

O resultado foi um levante militar que derrubou Washington Luís da presidência, impediu a posse de Júlio Prestes e levou Getúlio Vargas à presidência. A posse de Vargas se deu em um Governo Provisório que anulou a Constituição de 1891 e deu início a uma série de transformações no país.

Os paulistas defendem a imagem que os colocam como mártires de uma luta heroica pela democracia, contra a tirania. Já o governo federal propagou o discurso de que era necessário vencer um estado que estava se voltando contra o Brasil e defendendo seus privilégios.

Logo após o atentado, foi criada a sigla MMDC a partir dos nomes de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, para representar os mártires da causa Constitucionalista.

Os paulistas resistiram por três meses depois foram serrotados militarmente pelas forças de Getúlio Vargas. Os resulta foram: reconstitucionalização do pais, a elaboração de uma constituição promulgada, a convocação da Assembleia Nacional Constituinte em 1934, atc.

Os paulistas eram chefiados pelo bandeirante Manuel de Borba Gato; já o líder dos emboabas era o português Manuel Nunes Viana.

Adolf Hitler

No dia 1º de setembro de 1939, Adolf Hitler anunciou o início das ações militares voltadas para a invasão da Polônia. Tal feito do Estado Nazista serviu como estopim para que a França e a Inglaterra enviassem um ultimato exigindo que tal ação militar não fosse realizada.

O movimento exigiu que o país tivesse uma Constituição e fosse mais democrático. Na época, Getúlio Vargas ocupava a presidência da República devido a um golpe de Estado, aplicado após sua derrota para o paulista Julio Prestes nas eleições presidenciais de 1930. O período ficou conhecido como "A Era Vargas".