Porque São Paulo puxa or?

Perguntado por: amartins . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Uma de suas marcas, que hoje caracteriza o português paulista, era o “r” retroflexo, também conhecido como “r” caipira. Ele substituiu o “r” chiado dos portugueses, que os índios não conseguiam pronunciar. Na sintaxe indígena, o plural não redunda ao longo da sentença, o que poderia explicar o hábito paulista.

A seguir, uma breve análise do falar paulistano. “Paulistano não tem sotaque.” Quem alguma vez discutiu sobre os sotaques do Brasil com alguém de São Paulo provavelmente já deve ter ouvido essa frase.

Porta, portão, porteira: conheça a rota do 'caipirês' falado no Estado de São Paulo. A língua se curva para trás, com a ponta quase tocando o céu da boca, e, pronto: está dito o erre puxado tão característico do sotaque do interior de São Paulo.

Brasília não tem sotaque e renega marcas de outros estados, diz estudiosa. Cinquenta anos é pouco tempo para se formar um sotaque, mas, de acordo com linguistas, já existem tendências perceptíveis no modo de falar brasiliense.

O sotaque do Rio Grande do Sul traz o R e o L bem acentuados. O jeito de falar é uma mistura do português com o espanhol — no século 17, a região recebeu padres jesuítas vindos da Espanha.

O sotaque do estado do Rio de Janeiro e algumas áreas do sul do Brasil é mais neutro. O sotaque da Capital do Rio de Janeiro, os cariocas, também nao é considerado padrão. O sotaque nordestino em geral também nao.

Para além da fonte indígena, o português paulista bebeu das imigrações que se concentraram no estado, sendo dos oriundos da Itália a mais notória. Há quem credite aos italianos a diferenciação que o sotaque da capital ganhou em relação ao do estado, desenvolvendo um “r” vibrante, que treme atrás dos dentes.

A diferença entre paulista e paulistano é: Paulista indica a pessoa que nasceu no estado de São Paulo. Paulistano indica a pessoa que nasceu na cidade de São Paulo.

Tudo 2 é uma gíria usado por criminosos, da facção chamados Comando Vermelho. Se refere ao sinal que fazem com as mãos simbolizando o C e o V, iniciais de Comando Vermelho. O vê nada mais é do que dois dedos que nós também usamos como número dois, obviamente.

Cerva, gelada, breja
Essas três gírias são usadas para falar de cerveja. Vamos tomar uma breja hoje?

19- Pode indicar dificuldade, ou algo bom, ou algo impressionante!

O sotaque carioca apresenta algumas semelhanças com o português lusitano. Entre tais semelhanças, percebe-se a pronúncia do "s" chiado e as vogais abertas em palavras como "também", características comuns em ambos.

De acordo com Newton, é possível identificar o sotaque brasiliense pela entonação ao pronunciar, por exemplo, o "s". "Em Brasília, essa pronúncia é o que a gente chama de sibilante e não o chiado.

Ex: isqueiro= isquêro; cheiro= chêro; peixe= pêxe; queijo= quêjo. Nos vocábulos esdrúxulos – música, ridículo, cócega, por exemplo – o caipira sempre suprime a vogal da última sílaba. Dessa forma, música é pronunciada “musca” ou “musga”; cócega, pronuncia-se “cosca”; ridículo, “ridico”.