Quais alterações são consideradas epigenéticas?

Perguntado por: imello . Última atualização: 25 de maio de 2023
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A epigenética diz respeito a alterações do DNA que não modificam sua sequência, mas afetam a atividade de um ou mais genes. Adicionar compostos químicos a genes, por exemplo, pode alterar sua atividade, sem necessariamente promover mudanças no DNA.

Através da epigenética, um organismo pode ajustar a expressão gênica de acordo com o ambiente onde vive, sem mudanças no seu genoma. Por exemplo, experiências vividas pelos pais (dieta, traumas emocionais, tratamento hormonal) podem ser transmitidas para os descendentes através da “memória epigenética”.

Existem dois mecanismos epigenéticos principais, a metilação do DNA e a modificação de histonas. Também se destaca o imprinting genômico, o qual está relacionado com a regulação gênica quando apenas um alelo (herdado do pai ou da mãe) se expressa.

Genética e epigenética são dois tipos de estudos de genes. A principal diferença entre genética e epigenética é que a genética é o estudo dos genes que controlam as funções do corpo, enquanto a epigenética é o estudo das alterações hereditárias dos organismos causadas pela modificação da expressão gênica.

As “memórias biológicas” associadas a essas alterações epigenéticas podem afetar múltiplos sistemas orgânicos e aumentar o risco não apenas de maus resultados relativos às saúdes física e mental, mas também de prejuízos no comportamento e na capacidade de aprendizagem futuros.

O termo epigenética é usado desde a década de 1940 para definir o processo em que “marcassão adicionadas ao DNA ou às proteínas que se ligam ao DNA, ativando ou desativando a expressão dos genes, mas sem alterar a sequência de nucleotídeos do DNA.

A epigenética é um campo emergente da biologia que estuda as mudanças hereditárias na expressão gênica que não envolvem alterações na sequência do DNA. Essas mudanças podem ser influenciadas por fatores ambientais e podem afetar o desenvolvimento e funcionamento dos genes.

Epigenética e o estudo do câncer
A Epigenética tem um papel importante no entendimento da formação de um câncer. Sabemos que aproximadamente 50% dos cânceres têm mutações em proteínas de cromatina, por exemplo.

Há dois tipos de epistasia, a dominante e a recessiva. A cor do pelo de cães labradores é determinada por dois pares de alelos, e um deles é epistático. A epistasia é um tipo de interação gênica que ocorre quando dois ou mais genes atuam sobre uma mesma característica.

Do grego, “epi”, que significa sobre ou por cima da nossa genética, a epigenética é o estudo da hereditariedade, com o intuito de analisar suas cargas genéticas a fim de prever sua saúde estética a partir daí.

A Epigenética constitui, portanto, uma área de conhecimento que tem os objetivos de investigar e responder questões sobre como modificações químicas (por exemplo, metilação, acetilação, fosforilação, entre outras) nos nucleotídeos e histonas do DNA que constitui os genes ocorrem ao longo do tempo em função de ...

O grupo de Epigenética de Tumores visa determinar os padrões de metilação do DNA, modificações de histonas e perfil de expressão de RNAs não-codificantes nos diversos tipos tumorais, com o objetivo de identificar biomarcadores de diagnóstico e prognóstico.

Existem três fontes primárias de variação genética, sobre as quais vamos aprender mais:

  • Mutações são alterações no DNA. ...
  • Fluxo Gênico é qualquer movimento de genes de uma população para outra e é uma importante fonte de variação genética.
  • Sexo pode introduzir novas combinações de genes em uma população.

As mutações genéticas podem se desenvolver espontaneamente durante a divisão celular ou serem induzidas. Exemplos de fatores indutores de mutações genéticas são vírus, como HPV, que é o principal fator de risco para o câncer anal, e os raios ultravioleta, que podem causar câncer de pele.

Conrad Waddington

britânico, Conrad Waddington, é considerado o "pai" da epigenética.

Pesquisas sugerem que as experiências da vida, como traumas, estresse e exposição a substâncias tóxicas, podem afetar a expressão dos genes envolvidos no controle do humor e da ansiedade. Essas alterações epigenéticas podem aumentar o risco de desenvolver ansiedade generalizada e outros transtornos de ansiedade.

Mas, ainda que haja estudos que comprovem que algumas partes do DNA são alteradas pelo estilo de vida de uma pessoa, um período de dieta não tem capacidade de mudar os genes, tampouco, é possível transferir essa hipotética alteração para um descendente.