Quais as complicações pós intubação?

Perguntado por: aornelas . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Noventa e sete por cento das intubações, mesmo por períodos muito breves, podem levar de alguma forma a rouquidão. Após serem extubados, muitos pacientes apresentam queixas sobre disfagia, tosse e aspiração . A tosse pode levar a sangramento no local, e aumenta o risco de obstrução e sufocação das vias aéreas.

A rouquidão é um dos sintomas mais frequentes após a intubação de um paciente, mas costuma ser temporária, com duração de dois a três dias. Entretanto, há situações mais graves, que também podem gerar fraqueza na voz. “As pregas vocais ficam localizadas na laringe, por onde passa o tubo orotraqueal para a intubação.

Complicações da Intubação Orotraqueal
Hipoxemia, hipercapnia. Vômitos e aspiração (síndrome de Menselson) Pneumonite e pneumonia. Trauma nos dentes, lábios e cordas vocais.

A intubação orotraqueal causa agravo à via aérea na maioria dos enfermos, levando a edema laríngeo, ulcerações e detrimentos nas cordas vocais. Isso sucede pela passagem/impacto do tubo orotraqueal no momento da intubação. A presença de danos nas vias respiratórias produzidos por intubação orotraqueal varia até 8%.

“Os pacientes com muito tempo de ventilação mecânica precisam de um cuidado fisioterápico importante, porque acabam perdendo massa muscular, têm predisposição à pneumonia, insuficiência renal, problemas relacionados à fibrose pulmonar, além de maior chance de ter escara”, explica.

Retirar durante pelo menos uma hora por dia a sedação do paciente que está internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) reduz os casos de infecção e pneumonia. Consequentemente, a técnica – chamada de despertar diário – é capaz de diminuir tanto o tempo de internação do doente quanto o risco de morte.

Passada a operação vêm a observação e o processo de extubação (retirada do tubo de oxigênio da traqueia), o qual ele vai passar paulatinamente, o que provoca essa agitação dele”, disse o médico.

O tempo médio entre a internação na UTI e a entubação foi de 0,00+1,90.

Mas, antes disso, o paciente precisa ser sedado para que o procedimento seja realizado. É quando entra o chamado “kit intubação”, um conjunto de remédios, que inclui anestésicos, bloqueadores neuromusculares e sedativos, utilizados para que o paciente não sinta dor nem tente colocar o tubo para fora.

Simples: se a retirada ocorre no primeiro teste de respiração espontânea (TRE). Difícil: se a retirada se dá em até 3 TRE, ou em até 7 dias após o primeiro TRE. Prolongado: o paciente falha em mais de 3 TRE ou necessita de mais de 7 dias após o primeiro TRE.

Os pacientes intubados são mantidos inconscientes e estão em sono profundo (coma induzido) principalmente para tornar o processo mais confortável e evitar que o tubo seja removido, o que poderia causar graves lesões na via aérea.

A ventilação mecânica invasiva é associada com o desenvolvimento de complicações importantes, incluindo pneumonia associada à ventilação (PAVM), sinusite, patologias das vias aéreas superiores e fraqueza muscular respiratória.

Esse passo a passo gera os “P” da SRI: preparação, pré-oxigenação, pré-droga, paralisia após indução, posicionamento do paciente, passagem do tubo orotraqueal, pós intubação.

As principais complicações da traqueostomia são: hemorragia, pneumotórax, enfisema cirúrgico, infecção local, deslocamento da cânula traqueal (devido ao ato cirúrgico ou posicionamento do circuito do ventilador mecânico), extremidade da cânula bloqueada, caso esteja pressionada contra a carina ou a parede traqueal, ...

A gente chama isso de síncope. Mas, quando isso se mantém – a partir de seis horas de alteração do nível de consciência, em que o paciente não desperta, não acorda –, a gente chama de coma”, explica o dr.

As pessoas às vezes reagem e tossem quando o tubo é inserido nas suas vias respiratórias e mesmo que não o façam, a presença do tubo durante a operação pode resultar em dor de garganta. Pode ser possível usar fármacos, como a lidocaína anestésica local, para evitar dores de garganta pós-operatórias.

Este procedimento é indicado quando há acúmulo de secreção traqueal, inativação da musculatura respiratória ou para promover uma via aérea estável em paciente com intubação traqueal prolongada.