Quais são as três fases que marcam a filosofia de Foucaut?

Perguntado por: dveiga . Última atualização: 19 de fevereiro de 2023
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Como foi dito, a obra foucaultiana pode ser dividida em três períodos: o Foucault arqueológico, o Foucault genealógico e o último Foucault. Os períodos apresentam ideias e temas diferentes sobre os quais o filósofo debruçou-se.

Depois de comparar diferentes concepções correntes de poder, mostrando sua dependência da noção de um soberano, define-se o poder em Foucault como uma relação assimétrica que institui a autoridade e a obediência, e não como um objeto preexistente em um soberano, que o usa para dominar seus súditos.

Nietzsche defendia a inexistência em vários sentidos: de Deus, da alma e do sentido da vida. Para ele, o ser humano deveria abandonar as muletas metafísicas, a chamada morte dos ídolos. O filósofo se opunha aos dogmas da sociedade, principalmente ao defender que a verdade era uma ilusão.

Foucault (2005) afirma que o exame é um tipo de vigilância que permite qualificar ou punir. Aqui, articula-se o olhar hierárquico e a sanção normalizadora, permitindo avaliar o indivíduo de acordo com as suas notas.

A disciplina se vale da vigilância como um de seus mecanismos mais eficazes. Foucault mostra que efeitos de poder, tais como o autocontrole dos gestos e atitudes, são produzidos não somente pela violência e pela força, mas sobremaneira pela sensação de estar sendo vigiado.

Foucault não fala o que é a loucura, entretanto, fala da loucura, pois relata o que ela é a partir dos discursos de saberes sobre esse objeto vindos de determinadas épocas (no caso, a Idade Média, o Renascimento e a Idade Clássica), de determinados momentos históricos, de um determinado saber específico, ou geral.

Foucault afirma que as instituições não têm essência ou inferioridade, nem são fontes de poder. São mecanismos operatórios práticos que fixam relações. Têm necessariamente dois pólos: aparelhos e regras. O pólo negativo compreende a táctica do poder em sujeitar e reprimir.

Foucault realizou extensa leitura de arquivos médicos do século XIX, incluindo tratados e relatos clínicos de grades nomes da Psiquiatria como Pinel e Esquirol. Através de denso estudo, o autor constata o poder das práticas discursivas apoiadas nas práticas não discursivas sobre a loucura.

O poder disciplinar em Foucault é um poder descentralizado, estratégico e que tem como elementos o espaço e o tempo. A hipótese correlacionada às estratégias de fuga a esse poder consiste nas práticas do cuidado de si.

Foucault via na dinâmica entre diversas instituições e idéias uma teia complexa, em que não se pode falar do conhecimento como causa ou efeito de outros fenômenos. Para dar conta dessa complexidade, o pensador criou o conceito de poder-conhecimento.

Michel Paul Foucault nasceu em Poitiers, França, no dia 15 de outubro de 1926. Estudou no Lycée Henri IV e em seguida na École Normale Supérieure, em Paris, onde desenvolveu um interesse pela filosofia. Foi aluno da Sorbonne, onde se formou em filosofia e psicologia.

Nele, o filósofo afirma que há três fases para o espírito: “como o espírito se torna camelo e o camelo, leão e o leão, por fim, criança”. Camelo é a fase em que o espírito quer tarefas, muitas tarefas, para se provar.

A filosofia nietzschiana é marcada pela crítica aos valores iluministas e racionalistas, a valores morais e religiosos em vigor na época de sua produção intelectual. O autor apresenta a relativização das noções de bem, verdade, mal, justiça, virtude e Deus.

A filosofia proposta por Nietzsche (1844-1900) tem como principal objetivo a desconstrução do pensamento metafísico clássico ocidental, cujos conceitos e valores são estabelecidos de maneira universal, que não suportam modificações.

São linhas que fixam os jogos de poder e as configurações de saber que nascem do dispositivo, mas que também o condicionam, ou seja, estabelecem estratégicas relações de força, sustentando tipos de saber ao mes- mo tempo em que são sustentadas por ele (Foucault, 2000).

A modelagem dos corpos atribui caracteres de docilidade, tornando o corpo útil e produtivo ao aumentar sua submissão e obediência. Seria, portanto, uma política de coerções, uma ideologia calculada no detalhe que tem como finalidade o controle e modelagem de atitudes, gestos e comportamentos.

A avaliação, portanto, entendida como “percurso metódico visando medir resultados de uma atividade com vistas a conferir-lhe eficácia” (RANGEON, 1993), parece já comportar um estatuto e uma espécie de “programa” disciplinar, normalizante, inscrito no que Foucault designa relação de saber-poder.

O que é a sociedade punitiva? Pois bem, o pensador francês parte da ideia de guerra civil. Ou seja, há conflitos ininterruptos na cidade, esses conflitos não a ameaçam, muito pelo contrário, a constituem.

Foucault ressalta que a principal função das instituições no estrato sócio-histórico da sociedade disciplinar é a de normalização, implementando práticas classificatórias hierarquizantes e distribuindo lugares.

Roberto Machado completa que, para Foucault, a loucura, “além de figura histórica, é também e fundamentalmente uma experiência originária, essencial, que a razão, ao invés de descobrir, encobriu, mascarou, dominou, embora não a tenha destruído totalmente, por ela ter-se mostrado perigosa.

Podemos encarar a loucura como uma experiência corajosa de recusa do mundo instituído, como uma forma de saber e que propõe diferentes maneiras de entender o mundo e de se colocar neste, que fogem do padrão estabelecido de um local ou período.