Qual a quantidade de quilombolas em Minas Gerais?

Perguntado por: hmendes . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Até agora, Minas conta com 392 comunidades quilombolas reconhecidas oficialmente. O coordenador de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Clever Machado, fez a entrega da certificação à prefeita Darcira de Souza Pereira, que também é quilombola.

A comunidade quilombola de Queimadas está localizada na região entre a divisa dos municípios de Serro e Santo Antônio do Itambé sendo pertencente ao Vale do Jequitinhonha.

Quilombo de Ambrósio

Conta-se que o Quilombo de Ambrósio chegou a ter mais de 15000 negros, e foi o maior e mais duradouro da história de Minas Gerais. Atacado pela milícia em 1746, a mando da Coroa de Portugal, ocorre a morte do Rei Ambrósio.

O território Kalunga é o maior sítio histórico e cultural do País em extensão. São mais de 230 mil hectares de Cerrado protegido, abrigando cerca de quatro mil pessoas em um território que se estende pelos municípios de Cavalcante, Monte Alegre e Teresina de Goiás.

O Nordeste é a região do Brasil que concentra o maior número de localidades quilombolas, 3.171. Logo em seguida vem a região Sudeste com 1.359 quilombos. As demais regiões têm os menores números: Norte (873), Sul (319) e Centro-Oeste (250).

Os estados brasileiros com o maior número de comunidades remanescentes de quilombos são Bahia, que possui 229 quilombos cadastrados; Maranhão, com 112; Minas Gerais, com 89; e Pará, com 81 comunidades quilombolas cadastradas|2|.

Existem comunidades remanescentes de quilombos em quase todos os estados, exceto no Acre, Roraima e no Distrito Federal. Os que possuem o maior número de comunidades remanescentes de quilombos são Bahia (229), Maranhão (112), Minas Gerais (89) e Pará (81).

De acordo com o Artigo 2º do Decreto 4.887/2003, quilombolas são grupos étnicos, segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão historicamente sofrida.

Quilombo dos Palmares

O Quilombo dos Palmares surgiu por volta de 1580 e foi o maior quilombo brasileiro, com aproximadamente 20 mil negros fugidos na época do Brasil Colônia.

Resposta verificada por especialistas. De acordo com a legenda do gráfico, os territórios quilombolas que menos prevalecem no estado de Minas Gerais são os “Territórios Quilombolas Oficiais e Definidos por Setores”.

Atualmente, a CEPCT reconhece a existência de 17 povos e comunidades tradicionais em Minas Gerais: Apanhadores de Flores Sempre Vivas; Artesãos do Barro e Tecelãs; Caatingueiros; Povos Ciganos; Congadeiros; Faiscadores; Geraizeiros; Povos Indígenas; Pescadores Artesanais; Povos de Circo; Povos Tradicionais de Matriz ...

Documentação em comum para todos os casos

  1. Uma declaração onde o aluno auto define-se como quilombola.
  2. Uma declaração de sua comunidade informando que o aluno é quilombola pertencente a sua comunidade e assinada por 3 (três) lideranças da comunidade ligadas a associação da comunidade.
  3. Cópia do RG/CNH e CPF.

Zumbi dos Palmares

Zumbi dos Palmares é um dos grandes nomes da história do Brasil. Ele foi um dos líderes do Quilombo dos Palmares, o maior e mais longevo quilombo da história de nosso país. Zumbi assumiu a liderança do quilombo, em 1678, e resistiu, durante quase 20 anos, contra as investidas dos portugueses.

Kalunga, maior território quilombola do país, abrange três municípios goianos: Cavalcante, Monte Alegre de Goiás e Teresina de Goiás, na região da Chapada dos Veadeiros.

Belo Horizonte possui quatro quilombos urbanos registrados como patrimônio cultural imaterial pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, certificados pela Fundação Cultural Palmares como territórios quilombolas e aguardando processo de titulação de propriedade pelo Incra.

O Quilombo dos Palmares foi o maior quilombo existente no Brasil durante o período colonial e chegou a possuir até 20 mil habitantes.

Minas Gerais é um estado riquíssimo em diversidade cultural entre os quilombolas. A religiosidade, a música, as danças, o dialeto de matriz africana, o artesanato, o trabalho de mutirão, entre outras expressões são a base da existência desses grupos diferenciados etnicamente.