Quando um mioma pode virar câncer?

Perguntado por: imendes . Última atualização: 18 de maio de 2023
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Muitas mulheres se assustam quando recebem o diagnóstico de mioma no útero por acharem que se trata de um câncer. Mas não há razão para pânico: miomas não se transformam em tumores cancerígenos e não aumentam o risco de ter câncer de colo do útero, o que significa que não representam uma ameaça grave à saúde.

Os miomas não se transformam em câncer. Os nódulos malignos da parede do útero (sarcomas) são muito raros, mas podem ser parecidos com os miomas, por isso, sempre é importante fazer bons exames de imagem. Pode-se suspeitar de que sejam nódulos malignos quando crescem muito rapidamente ou os limites são mal definidos.

Mioma. Mioma é uma doença benigna que acomete o útero. É um tumor que não se transforma em câncer, mas é preciso realizar corretamente o diagnóstico por meio de exames de imagem e, se necessário, biópsia. "Há casos em que um tipo de câncer, o sarcoma, pode ser confundido com mioma", alerta o especialista.

Mioma submucoso: ele fica dentro do útero e é o mioma mais perigoso à fertilidade, pois pode ocupar a cavidade uterina, onde o embrião se fixa para dar início à gestação, e deformá-la.

Apesar de ser muito raro um mioma levar ao desenvolvimento de câncer com o passar dos anos, é fundamental que a mulher seja acompanhada pelo médico, pois os miomas podem estar associados a complicações como anemia, dores e até mesmo infertilidade.

Os miomas podem causar sangramento uterino anormal (p. ex., menorragia ou menometrorragia). O sangramento da submucosa pode ser grave o suficiente para causar anemia. Se os miomas crescerem e se degenerarem ou se os miomas pediculados sofrerem torção, pode ocorrer pressão ou forte dor aguda ou crônica.

A biópsia do colo do útero é uma das formas de diagnosticar se você tem câncer do colo do útero ou células que podem, um dia, se transformar em câncer. Ela geralmente é recomendada pelo ginecologista se o resultado do seu exame papanicolau mostrar alguma alteração.

Sintomas: A grande maioria dos miomas não provoca sintomas, porém, alguns provocam aumento do fluxo menstrual, muitas vezes com coágulos, podendo resultar em anemia. Outro sintoma importante é o aumento do volume abdominal.

A miomectomia consiste na retirada somente do mioma, quando se pensa em preservar o futuro reprodutivo da paciente (aquelas que estão fazendo tratamento para engravidar ou ainda não engravidaram até os 40 anos).

De maneira genérica, miomas a partir dos 4 cm podem ser considerados grandes.

Apesar de se desenvolverem em cerca de 75% das mulheres em idade fértil, os miomas, durante muito tempo, podem passar despercebidos. Quando os sintomas começam a ficar evidentes, é possível que seja tarde e, então, a histerectomia (remoção de parte ou de todo útero) passa a ser a única saída.

Os sintomas de câncer no útero podem ser confundidos com outras doenças, como a endometriose, por exemplo, e isso pode retardar o diagnóstico, o que contribui para o agravamento do caso.

Bebidas açucaradas, doces em geral, pão branco e arroz branco são alimentos com altos índices glicêmicos e podem levar a picos de açúcar no sangue e níveis de insulina mais elevados, que estão relacionados a outros hormônios que estimulam o crescimento dos miomas uterinos.

A cirurgia de mioma é um procedimento geralmente bem tolerado e com poucos riscos. No entanto, como qualquer cirurgia, pode haver complicações, tais como: infecção, sangramento excessivo, reação a anestésicos e dor.

Miomas intramurais:
Podem levar a sintomas mais exuberantes que os dos miomas subserosos, como cólicas menstruais, dores abdominais, fluxo menstrual intenso e até anemia. Se estiverem próximos da cavidade uterina, podem eventualmente distorcê-la, interferindo na fertilidade.

No entanto, para ter o diagnóstico preciso é preciso realizar exames específicos. Quando o ginecologista sente alguma irregularidade, ele pode solicitar exames laboratoriais, como hemograma e urina. Isso acontece para investigar melhor as propriedades do sangramento.

O mioma uterino deve ser retirado quando a mulher apresenta sangramento aumentado refratário ao uso de medicamentos ou anticoncepcionais. Ele também deve ser operado quando há desejo de engravidar e a paciente apresenta miomas uterinos grandes e volumosos, ou quando ocupam a porção interna do útero (mioma submucoso).