Quanto era um escravo em reais?

Perguntado por: iboaventura . Última atualização: 19 de fevereiro de 2023
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Quarenta e seis centavos de real: este é o preço de uma pessoa escravizada no Brasil, proporcionalmente.

Por outro lado, vários estudiosos da Bíblia apontam como referência o livro do Êxodo, onde 30 moedas de prata eram o equivalente ao preço de um escravo. De acordo com o Freedom Project da CNN, site dedicado ao fim da escravidão moderna, “no valores de 2009, o preço médio de um escravo seria o equivalente a 90 dólares”.

Em geral, no final do século 19, o preço da liberdade variava de 200 mil réis a 2 contos de réis (equivalente a 2 milhões de réis). "A maior parte das pessoas não deve ter conseguido juntar o suficiente. Depois que o tráfico foi proibido, o preço do escravo subiu ainda mais", explica Grinberg.

Nessa época, 1 saca de café era comprada por 12 mil-réis e um escravo comum era cotado a 350 mil-réis. Os escravos que eram hábeis em carpintaria, fundição maquinista etc., valiam 715 mil-réis.

Após a proibição do tráfico em 1850, o preço médio dos escravos saltou de cerca de 630$000 para 1350$000 em 1854. A partir deste ano, a taxa de aumento do preço é mais baixa e mais ou menos estável até 1877, onde encontramos o ponto mais alto da série.

Entre 1856 e 1862, 1 conto de réis (1 milhão de réis) comprava 1 escravo. Em 1860, 1 conto de réis (1 milhão de réis) comprava 1kg de Ouro.

19 anos

Ao analisar dados de diversas fontes, Schwartz [*13] mostrou que no Brasil do último quarto do século XIX a expectativa de vida dos escravos, ao nascer, variava em torno de 19 anos.

Ele pesava 11 gramas. Ou seja, Judas aceitou entre 330 gramas de prata. Hoje em dia, cada grama de prata vale cerca de R$ 3,00. Então, as 30 moedas valeriam entre 990 reais, que é uma mixaria pela vida de alguém.

A venda dos escravos vindos da África era feita em praça pública, através de leilões,mas o comércio de negros não se restringia à venda do produto do tráfico. Transações comerciais com escravos eram comuns.

Mateus fala das tratativas de Judas com alguns dos sumos sacerdotes: “O que me dareis se eu vos entregar Jesus?”. Combinaram, então, o preço: trinta moedas de prata. No ambiente da ceia, Jesus anuncia que um dos presentes irá traí-lo. Todos se perguntam: “sou eu, Mestre?”.

Vivendo em condições precária, a média de vida útil de um escravo adulto era de 10 anos. As mulheres escravizadas eram exploradas para o serviço doméstico, assim como eram exploradas sexualmente pelos seus donos.

As jornadas de trabalho dos trabalhadores escravizados nos engenhos variavam: o plantio (preparação do solo) demandava diariamente aproximadamente 13 horas de labor; já o corte e a moagem da cana-de-açúcar demandavam 18 horas diárias.

Os escravos de ganho, no contexto do Brasil colonial e do Império, eram escravos obrigados pelos seus senhores a realizar algum tipo de trabalho nas ruas, levando para casa ao fim do dia uma soma de dinheiro previamente estipulada.

Seja por razões econômicas, seja pela força dos movimentos pelos direitos humanos, o fato é que a Inglaterra, país com o qual o Brasil mantinha suas maiores relações comerciais, passou a pressionar sistematicamente o governo brasileiro para que extinguisse o tráfico de escravos e a escravidão.

por quê? Porque num contexto de decadência da Monarquia Brasileira surgem algumas leis que deram início ao processo de abolição da escravidão no Brasil. Uma dessas leis, a Lei Eusébio de Queirós, proibia a entrada de escravos no Brasil.

de 1530

A escravidão no Brasil iniciou-se por volta da década de 1530, quando os portugueses implantaram as bases para a colonização da América portuguesa, para atender, mais especificamente, à demanda dos portugueses por mão de obra para o trabalho na lavoura.

O Império Português, no século XVI, foi o primeiro a se engajar no comércio atlântico de escravos, com seus comerciantes tendo detido quase monopólio durante o primeiro sistema atlântico, estabelecido em 1502 e tendo durado até 1580, quando da União Ibérica.

O regime de escravidão no Brasil impunha ao africano (e ao indígena também) um regime de trabalho exaustivo e desumano. Além disso, os escravos eram mantidos em condições precárias, muitas vezes mal alimentados e vítimas dos mais variados tipos de violência.

O Censo, feito em 1872, foi realizado com sucesso como parte das políticas inovadoras de D. Pedro II. O resultado foi o registro de 10 milhões de habitantes, onde a população escrava correspondia a 15,24% desse total.

De Marcelina, o preço foi cobrado em dinheiro. Depois de juntar a quantia necessária para comprar sua carta de alforria por 115.200 réis, sua proprietária Josefa Joaquina José de Toledo, viúva de seu antigo dono, rasgou a carta de liberdade que havia lhe dado e exigiu 204.800 réis, quase o dobro do valor acordado.

Toda a riqueza da colônia foi produzida pelo trabalho escravo, baseado na importação de negros capturados à força na África. O contexto social da colonização e da superexploração da mão-de-obra pela lavoura canavieira tornava inviável contar com o trabalho dos homens livres.