Quantos brasileiros vivem na miséria hoje?

Perguntado por: amartins8 . Última atualização: 4 de abril de 2023
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Extrema pobreza cresce quase 50% e atinge 17,9 milhões de brasileiros em 2021, diz IBGE.

Cerca de 62,5 milhões de pessoas estavam dentro da linha de pobreza proposta pelo Banco Mundial, o equivalente a 29,4% da população brasileira, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Desse montante, 17,9 milhões – ou 8,4% da população – estavam na extrema pobreza.

Dados de um relatório divulgado pelo Banco Mundial, nessa segunda-feira (7), indicam que o número de pessoas vivendo abaixo da linha de extrema pobreza no País reduziu, saindo de 5,4% em 2019 para 1,9% em 2020. Em números totais, a redução foi de 11,37 milhões para 4,14 milhões de pessoas no período.

As regiões Norte e Nordeste do Brasil possuem a maior porcentagem de população pobre e extremamente pobre no país. Os prejuízos ao desenvolvimento humano e à qualidade de vida das populações são consequências da pobreza.

Dados de pobreza entre os 146 estratos geográficos nacionais e todas as Unidades da Federação (UFs): A Unidade da Federação com menor taxa de pobreza em 2021 foi Santa Catarina (10,16%). No extremo oposto está o Maranhão, com a maior proporção de pobres (57,90%).

Atrás apenas da Bahia, o Maranhão é o segundo estado brasileiro com a maior concentração de pessoas em situação de extrema pobreza (1,7 milhão), de acordo com dados Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Na comparação entre pesquisas que utilizam a Ebia, a insegurança alimentar grave passou de 5,8% da população, segundo a POF do IBGE de 2018, para 9%, em 2020, e 15,5%, em 2021, sendo esses dois últimos dados medidos pelos inquéritos Vigisan.

A unidade da federação com a menor declaração de patrimônio por habitante é o Maranhão (R$6.3 mil). No outro extremo está o Distrito Federal (R$ 95 mil). Mas mesmo dentro da capital há muita concentração de riqueza, liderada pelo Lago Sul (R$1,4 milhão).

Pelos critérios do Banco Mundial, são consideradas extremamente pobres as famílias que dispõem de menos de US$ 1,90 por dia para viver, valor que correspondia, em 2021, a uma renda per capita mensal de R$ 168.

Em 2011, os brasileiros de classe média correspondiam a 54% da população. Em 2020, esse índice chegava a 51%. Em 2021, caiu para 47%.

De acordo com a linha nacional de pobreza da China, 8,5% das pessoas estavam na pobreza em 2013, que diminuiu para 1,7% em 2018. Em 6 de março de 2020, Xi Jinping, secretário-geral do Partido Comunista da China, anunciou que até 2020, a China alcançaria todo o alívio da pobreza nas áreas rurais.

A porcentagem caiu ainda mais em 2021 e 2022, já que mais pessoas passaram a receber o Auxílio Brasil. O país mais próximo de chegar a essa redução na América Latina foi o Paraguai, que diminuiu de 1% para 0,8% –uma queda de 0,2 ponto percentual.

Os estados mais pobres do Brasil estão nas regiões Norte e Nordeste. O Maranhão é o que apresenta o maior número de pessoas cuja renda domiciliar per capita é de até R$ 497 por mês, com 57,90%, mais da metade dos maranhenses, nessa condição.

A pobreza no Brasil é derivada da má distribuição de renda e suas origens remontam ao período colonial. Atualmente o Nordeste concentra os maiores índices de pobreza do país. A falta de acesso a serviços básicos, como saneamento, é um dos fatores definidores de pobreza.

Ainda segundo o IBGE, o município de Cajari, localizado a 220 km de São Luís, está em primeiro lugar na pesquisa. Em seguida com o menor PIB, estão os municípios Peri-mirim, Nina Rodrigues, Central do Maranhão, Matões do Norte, Santo Amaro do Maranhão e Primeira Cruz.