Quem se aproxima das origens se renova?

Perguntado por: epaiva . Última atualização: 30 de abril de 2023
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Eles falavam nas aulas: Quem se aproxima das origens se renova. Píndaro falava pra mim que usava todos os fósseis linguísticos que achava para renovar sua poesia. Os mestres pregavam que o fascínio poético vem das raízes da fala.

grilo, podia desmontar os silêncios de uma noite! esse pessoal. Eles falavam nas aulas: Quem se aproxima das origens se renova. que o fascínio poético vem das raízes da fala.

Com uma linguagem simples, coloquial, vanguardista e poética, Manoel de Barros escreveu sobre temas como o cotidiano e a natureza. Muitos de seus poemas receberam um toque de surrealismo, onde o universo onírico rege.

“Quando meus olhos estão sujos de civilização, cresce por dentro deles um desejo de árvores e aves.” “Tenho em mim um sentimento de aldeia e dos primórdios. Eu não caminho para o fim, eu caminho para as origens. Não sei se isso é um gosto literário ou uma coisa genética.

Podemos afirmar que se trata de um metapoema, ou seja, um poema que se dobra sobre si mesmo e tematiza as suas próprias engrenagens. O que transparece para o leitor são os mecanismos de composição da obra, dando ao leitor um acesso privilegiado aos bastidores da criação.

“A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.”

Manoel de Barros dizia que os anos dedicados à criação de gado na fazenda que herdou da família serviram para que ele pudesse “comprar o ócio” e se dedicar exclusivamente à poesia – tornando-se, assim, um “vagabundo profissional”.

Manoel Wenceslau Leite de Barros (1916-2014) foi um poeta mato-grossense conhecido por transformar “inutilidades” em poesia, ou seja, mostrou que a poesia está nas coisas mais simples e que há beleza onde menos se espera, como em insetos e cacos de vidro. Saiba mais nesta matéria!

08 – Explique o sentido do verso “Meu quintal é maior do que o mundo”. Ao informar que seu quintal é maior do que o mundo, o eu lírico mostra que, para ele, as “miudezas” do quintal são mais importantes e, portanto, maiores do que qualquer outra coisa.

Resposta: Que ele nasceu e cresceu com a paisagem do Pantanal.

Manoel falava da infância como um território de liberdade, e defendia o “criançamento” das palavras, ou seja, revolucionar a linguagem da forma como ela nos é apresentada, e fazer dela cenário de brincadeira.

É o trabalho do poeta com a linguagem que faz o poema, que cria a poesia.

Manoel de Barros, por meio de sua poesia, conseguiu enriquecer a relação entre os seres e o meio ambiente, exaltando o que é pouco valorizado pelo homem, uma vez que para o poeta o equilíbrio das coisas está no nada, nas coisas ínfimas, sem valor, nas miudezas.

“Quando eu nasci o silêncio foi aumentando”… Manoel é tipo um surrealista do mato. Os elefantes contagiosos de Paul Éluard são pobres animais de zoológico perto da selvageria lírica viva de Manoel. Não é só uma quebra dos limites, é a revelação de um firmamento inteiro.

Quando as aves falam com as pedras e as rãs com as águas - é de poesia que estão falando. Manoel de Barros BARROS, M. Poesia Completa.

“Quem anda no trilho é trem de ferro. Sou água que corre entre pedras: — liberdade caça jeito” (Matéria de poesia, 1970). Em 1972, Sócrates ingressa nas categorias de base do Botafogo (SP) e, em paralelo, é iniciado na Faculdade de Medicina.

A principal característica dessa obra modernista, publicada em 1934, é seu evidente nacionalismo.