Como a educação pode contribuir para reduzir a desigualdade social?

Perguntado por: asantos . Última atualização: 21 de maio de 2023
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A educação infantil de qualidade é o remédio mais eficaz para o combate à desigualdade: viabilizar alfabetização na idade certa e maior cobertura nas creches e pré-escolas é o primeiro passo para quebrar o círculo de reprodução da desigualdade Page 4 O BRASIL SEM MISÉRIA 4 social.

Os dados apontam que os gastos com educação reduzem em até 9,62% o índice que mede a diferença de renda. O índice de Gini serve para indicar a desigualdade, em uma escala que varia de 0 (perfeita igualdade) a 1 (desigualdade máxima).

Enfim, é fato que a educação é capaz sim de resolver as desigualdades sociais que existem em nosso país, mas ela não poderá arcar sozinha com o ônus que há anos está batendo à nossa porta.

Pesquisas da área de sociologia apontam, há muito tempo, que há uma forte relação entre origem social do aluno e sucesso escolar. Quanto maior a renda familiar melhor o desempenho escolar e, por outro lado, a pobreza, a desigualdade social e o contexto familiar explicam o insucesso.

A educação tem como fundamento a transformação da consciência por meio do conhecimento, a análise e a capacidade de pensar sobre a cultura do outro, podendo, assim, formar o entendimento da diversidade e do caminho para a desconstrução do preconceito.

Nesse caso, vale a pena convidar um especialista no assunto, na teoria e na prática. Geração de empatia. Dramatizar situações de preconceito e bullying, de modo que na dinâmica uns alunos possam se colocar no lugar dos outros, é uma forma de promover a empatia no grupo. O papel da prática.

O acesso dos indivíduos a uma educação de qualidade está diretamente relacionado ao aumento da sua capacidade de gerar renda, aumentar os seus bens, reduzir as desigualdades sociais e combater a própria pobreza (SOARES, 2015).

Desenvolver políticas educacionais, bem como propostas curriculares que levem em conta as características étnico-raciais e culturais dessas populações, são estratégias importantes para combater a homogeneização cultural e garantir recursos para a perpetuação destes saberes.

Essa falta de acesso à educação de qualidade fortalece o ciclo de desigualdade social, já que indivíduos com pouco ou menos estudo dificilmente conseguem mudar sua condição ao longo da vida, enquanto que aqueles que nascem com maior renda podem estudar mais e, por consequência, se tornarem adultos com condições ...

Apenas 35% das mulheres de 25 a 34 anos com escolaridade abaixo do ensino médio estavam empregadas em 2018 no Brasil, em comparação com 69% dos homens. Essa diferença é mais alta do que a média nos países analisados, na qual 43% das mulheres e 69% dos homens comescolaridade abaixo do ensino médio estão empregados.

A desigualdade social é prejudicial para a sociedade, pois pode levar a conflitos, pobreza, exclusão social e falta de mobilidade social. As pessoas mais afetadas pela desigualdade social são geralmente aquelas que têm menos renda, menos acesso a serviços públicos, menos educação e menos oportunidades de emprego.

A escola reproduz as desigualdades sociais por ser mais favorável aos alunos social e culturalmente privilegiados. No entanto, essa "lei" é demasiado geral para explicar as grandes variações na amplitude dessa reprodução, reveladas pelas comparações internacionais.

A educação é um importante instrumento transformador, uma vez que sua função primordial é permitir a renovação da sociedade, assumindo um papel de movimento contínuo de mudanças na sua estrutura e consentindo uma reflexão sobre si mesma e consequente tomada de decisões importantes a respeito do seu futuro.

Aeducação no Brasil precisa ser vista como um problema social, a fim de que as deficiências educacionais sejam enfrentadas através de técnicas sociais adequadas. Sem isso, a sociedade sofre as consequências negativas de um ensino insatisfatório, sem ter para combatê-lo o necessário comportamento coletivo organizado.