Como era o Deus de Spinoza?

Perguntado por: ajordao5 . Última atualização: 3 de maio de 2023
4.8 / 5 18 votos

O Deus de Espinosa é a própria natureza, enquanto necessidade e potência. Deus é a própria potência de existir segundo sua Page 11 1641 essência, e que se forma como Natureza Naturada643, fazendo com que tudo o que existe, exista em Deus e por ele seja concebido e não criado.

ateu

Ele era frequentemente chamado de "ateu" por seus contemporâneos, embora em nenhuma parte de sua obra Spinoza argumente contra a existência de Deus. Spinoza viveu uma vida aparentemente simples como um moedor de lentes ópticas, colaborando nos designs de microscópio e lentes de telescópio com Christiaan Huygens.

Quando perguntaram a Einstein se ele acreditava em Deus, ele respondeu: “Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, não no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens”.

Para Spinoza, Deus é uma substância constituída por “infinitos atributos, cada um dos quais exprime uma essência eterna e infinita” (EI Def 6, Ibidem). Deus é quantitativamente uno, mas qualitativamente múltiplo e “tudo o que existe, existe em Deus, e sem Deus, nada pode existir nem ser concebido” (EI P15, Op.

A filosofia de Spinoza é voltada para ação na medida em que encoraja o sujeito a perder o medo de viver em ato, estimulando-o a desenvolver uma ciência intuitiva, que o leve a compreender as forças que lhe afetam.

Spinoza adverte que, nada é sagrado ou profano, só em função do uso se tornará uma coisa ou outra. Isso si- gnifica que as Escrituras só podem ser consideradas palavra de Deus na perspectiva religiosa.

Em 1656, Spinoza foi excomungado de sua sinagoga e expulso da comunidade judaica, por ter se recusado a aceitar determinados aspectos da ortodoxia judaica.

Entre eles —e, em particular, entre os astrofísicos— há uma grande disparidade de crenças. Existem crentes, agnósticos e ateus. Nem todos pensam como Mayor. Por exemplo, [Albert] Einstein encontrou Deus no universo, na perfeição e na beleza de suas leis.

Em outra carta, porém, Einstein nos diz ter para si o Deus de Spinoza, filósofo do século XVII que desenvolveu uma obra extremamente complexa definindo um conceito próprio para a palavra “Deus”, cujos motivos para ter utilizado essa palavra não são poucos.

I da Ética

No “Livro I da Ética e no Tratado sobre a Religião e o Estado”, o filósofo holandês Baruch Spinoza delineia a sua concepção de um Deus despersonalizado e geométrico, contrária a todas as formas de se conceber Deus como uma espécie de entidade, oculta e transcendente, que age conforme os seus desígnios e a sua vontade ...

A liberdade inexiste para Baruch Spinoza. O autor é um racionalista e, portanto, se preocupa com as novas noções em sua época acerca do universo. Com isso para sua teoria acerca de uma substância única igual à natureza, isto é, Deus, funcione, não poderá haver liberdade e livre arbítrio.

A filosofia de Espinosa demonstra que a imagem de Deus, como intelecto e vontade livre, e a do homem, como animal racional e dotado de livre-arbítrio, agindo segundo fins, são imagens nascidas do desconhecimento das verdadeiras causas e ações de todas as coisas.

A mente é ideia do corpo, o pensamento só acontece por força dos corpos que nos afetam. Não poderíamos ser, como gostariam alguns, cabeças flutuantes, almas incorpóreas. Precisamos estar mergulhados na vida, plenamente. A modificação no nosso corpo corresponde a uma modificação na alma.

Platão concebe Deus como "artífice do mundo", porém com um poder limitado pelo modelo que ele imita: o mundo das ideias ou das realidades eternas. Já Aristóteles considera que Deus é o "primeiro motor" ao qual necessariamente se filiava a cadeia de todos os movimentos, pois tudo o que se move é movido por outra coisa.

Francisco Javier Ángel Real

Então, afinal, quem escreveu o texto? O texto foi escrito pelo autodeclarado médium mexicano Francisco Javier Ángel Real, conhecido pelo pseudônimo de Anand Dilvar, e pode ser encontrado em seu livro Conversaciones con mi Guía (pág. 14).

Demonstrando a natureza da substância (Deus), para Espinosa ela é infinita, única, livre, imutável e eterna. É infinita porque nada o pode limitar. É único porque não existe nada fora dele e tudo o que existe, existe em Deus.

E a resposta nietzschiana para a questão do divino se parece muito, creio eu, com aquilo que Espinosa propunha, com a ideia de “Deus sive natura”. Ou seja, não haveria de um lado, “Deus”, e de outro, “natureza”. Deus é a natureza; a natureza é Deus. Ou ainda, a divindade estaria em tudo o que acontece.

Em Espinosa, a felicidade está vinculada a um Deus que age apenas pela necessidade de sua própria natureza, que é autoprodução necessária de si mesmo, que atua apenas pelas leis da causalidade eficiente imanente.

Para Espinosa, a liberdade humana se refere à potência do corpo e da mente de realizar sua essência de perseverar-se na existência - o conatus referido mais acima. Assim, Espinosa realiza o feito de colocar a essência da liberdade na história.