Como era o ensino superior na ditadura?

Perguntado por: agois3 . Última atualização: 31 de janeiro de 2023
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A reforma universitária de 1968 aboliu o antigo sistema de cátedra, que dificultava o funcionamento das universidades na maioria dos países latinos, e abriu espaço para a criação de programas de pósgraduação, pesquisa científica e para a contratação de professores em regime de tempo integral.

Tínhamos uma rede física expandida, mas totalmente sucateada; os investimentos em educação foram reduzidos; os professores estavam com seus salários corroídos e sua formação, desprezada; a carreira docente estava desvalorizada e não havia incentivo à formação continuada.

Até a proclamação da república em 1889, o ensino superior desenvolveu-se muito lentamente, seguia o modelo de formação dos profissionais liberais em faculdades isoladas, e visava assegurar um diploma profissional com direito a ocupar postos privilegiados em um mercado de trabalho restrito além de garantir prestígio ...

No período, houve um aumento significativo do número de matrículas na educação básica, mas com poucos recursos e pouca formação docente, ou seja, sem se preocupar com a qualidade ofertada.

Em março de 1964 foi implantada a Ditadura Militar no Brasil. No período em que os militares ocuparam o poder foram criadas 16 Universidades, o que enseja a alguns áulicos mal informados ou intencionados, defenderem a Ditadura como impulsora do Ensino Superior.

Ensino público e pátria: a doutrinação nos currículos escolares. Os militares não descuidaram do ensino técnico, incentivando-o no então chamado segundo grau para obter a mão-de-obra qualificada de que necessitavam as empresas. O governo também apoiou iniciativas privadas no sentido de formar mão-de-obra.

A Reforma de 1968 produziu efeitos paradoxais no ensino superior brasileiro. Por um lado, modernizou uma parte significativa das universidades federais e determinadas instituições estaduais e confessionais, que incorporaram gradualmente as modificações acadêmicas propostas pela Reforma.

O governo militar investiu na Educação Física em função de diretrizes pautadas no nacionalismo, na integração nacional (entre os Estados) e na segurança nacional, tanto na formação de um exército composto por uma juventude forte e saudável como na tentativa de desmobilização das forças políticas oposicionistas.

As regras de comportamento eram, portanto, duplamente rígidas. Todos os dias, na hora da entrada, as turmas eram formadas em filas duplas no pátio, onde se cantava o hino nacional e o hino da bandeira. Depois, as turmas subiam, em formação, para suas respectivas salas. Não havia estímulo ao pensamento crítico.

Menor nível de analfabetismo infantil, liberdade de ensino, universalização do Ensino Fundamental, queda nas taxas de reprovação, aumento de vagas na pré-escola, ampliação do investimento em Educação básica. Essas são conquistas da democracia.

As primeiras instituições de ensino superior (IES) no Brasil foram criadas somente no início do século XIX, com a transferência da corte portuguesa, em 1808, para a colônia. Elas tinham por objetivo apenas fornecer quadros profissionais para desempenhar diferentes funções ocupacionais na corte.

Durante a “Era Vargas” (1930 a 1945), foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública, tendo como membro titular Francisco Campos, o qual elabora no ano de 1931, a reforma do ensino superior, estabelecendo que o sistema universitário deveria ser preferencial ao conjunto de escolas superiores isoladas.

O curso de graduação mais antigo do Brasil foi o de medicina. Este curso era disponibilizado na Escola de Cirurgia da Bahia, no antigo Hospital Real Militar da Cidade do Salvador, em 1808. Leia também: Como encontrar as melhores universidades para a sua graduação?

As reformas do ensino aprovadas pelo regime militar começaram pelo ensino superior, mediante a aprovação da já mencionada Lei n. 5.540, de 28 de novembro de 1968, regulamentada pelo Decreto n. 464, de 11 de fevereiro de 1969. A estrutura do ensino foi profundamente modificada.

Antes de 1961, o sistema de ensino brasileiro se compunha de três níveis: primário, médio e superior. O ensino primário era alfabetizador e dividia-se em “fundamental”, para crianças de 7 a 12 anos e “supletivo”, para jovens e adultos.

Obrigatoriedade do ensino profissionalizante. Obrigatoriedade escolar passou de 4 para 8 anos. Estabelecimento do ensino supletivo. Instituiu a reforma do ensino superior.