Quem era torturado durante a ditadura militar?

Perguntado por: amoura . Última atualização: 11 de janeiro de 2023
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Durante a ditadura, foi disseminada a tortura contra presos e perseguidos políticos. A violência ocorria sob qualquer pretexto, envolvia todo tipo de instrumentos e era praticada por policiais, civis e militares, e integrantes dos mais distintos escalões das Forças Armadas.

Outro método era mergulhar a cabeça do torturado num balde, tanque ou tambor cheio de água (ou até fezes), forçando sua nuca para baixo até o limite do afogamento. A Cadeira do Dragão era uma espécie de cadeira elétrica, onde os presos sentavam pelados numa cadeira revestida de zinco ligada a terminais elétricos.

O relatório final da Comissão Nacional da Verdade afirmou que, durante a ditadura, 434 pessoas morreram ou desapareceram.

Porém, haviam formas de tortura que tinha o objetivo específico de provocar o medo, como ameaças e perseguições que geravam duplo efeito: fazer a vítima calar ou delatar conhecidos.

O líder camponês e comunista Gregório Bezerra foi a primeira vítima de tortura. No dia do golpe cívico-militar, o coronel Villocq amarrou Gregório com cordas e ordenou que soldados o arrastassem pelas ruas de Recife, humilhando-o verbalmente e espancando-o.

Neste cenário, lançaram-se à luta armada dezenas de organizações, das quais destacaram-se a Ação Libertadora Nacional (ALN), o Comando de Libertação Nacional (COLINA), o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e a Vanguarda Armada ...

Mesmo serviços públicos, como a educação eram restritos e sofreram uma clara erosão de investimentos do Estado. O desenvolvimento da indústria, por outro lado, se deu à custa de muito endividamento público. A dívida externa brasileira cresceu em mais de 30 vezes.

Conheça a seguir os cinco ditadores mais sanguinários da história.

  • Mao Tsé-Tung – China. Mortos: mais de 70 milhões. ...
  • Joseph Stalin – União Soviética. Mortos: mais de 40 milhões. ...
  • Genghis Khan e Kublai Khan – Mongólia. Mortos: mais de 40 milhões. ...
  • Adolf Hitler – Alemanha. Mortos: 20 milhões.

O regime acabou quando José Sarney assumiu a presidência, o que deu início ao período conhecido como Nova República (ou Sexta República). Apesar das promessas iniciais de uma intervenção breve, a ditadura militar durou 21 anos.

Consequências do regime militar no Brasil
A ditadura civil-militar no Brasil foi marcada pela extrema violência com a qual foram combatidos os opositores do regime. Prisões arbitrárias, torturas, estupros e assassinatos foram realizados pelas forças militares e policiais no país.

Na antiga Grécia 500 a.C, a tortura era tida como um meio de punição ou de prova para incriminar e responsabilizar escravizados, estrangeiros e prisioneiros de guerra, que não eram considerados sujeitos de direitos na época.

No Brasil, a tortura foi usada desde a chegada dos portugueses em 1500 como meio de obter provas através da confissão. Além disso, a exploração dos índios e a escravidão dos negros são consideradas a maior crueldade histórica do país.

O golpe militar de 31 de março de 1964 tinha como objetivo evitar o avanço das organizações populares do Governo de João Goulart, acusado de comunista. O ponto de partida foi a renúncia do presidente Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961.

1 de abril de 1964

Uma ditadura militar ou regime militar é uma forma de governo autoritário onde o poder político é efetivamente controlado por militares. Como qualquer ditadura ou regime, ela pode ser oficial ou não, e também existem formas mistas, onde o militar exerce uma influência muito forte, sem ser totalmente dominante.

Em 2008, Ustra tornou-se o primeiro militar condenado pela Justiça Brasileira pela prática de tortura durante a ditadura. Embora reformado, continuou politicamente ativo nos clubes militares, na defesa da ditadura militar e nas críticas anticomunistas.

Passaram por sessões diárias de choques, muitas vezes aplicados quando os militares estavam com o corpo molhado. Algumas vezes, de calças arriadas, recebiam descargas elétricas nos testículos e nas nádegas. Em outras, forçados a abrir a boca, recebiam choques na língua, além do pescoço, das costas e das orelhas.

No tempo em que o general Emílio Garrastazu Médici esteve no comando do regime militar brasileiro, 98 pessoas foram assassinadas por motivação política, de acordo com o relatório final da CNV (Comissão Nacional da Verdade), entregue à presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira (10), em Brasília.

Humberto de Alencar Castello Branco (1964-1967)
Foi o primeiro presidente da ditadura e consolidou a presença militar no governo brasileiro. A princípio, seu mandato terminaria em janeiro de 1966, mas foi prorrogado até 15 de março de 1967.

Entre 1964 e 1985, o Brasil se modernizou, mas a desigualdade social aumentou, assim como a repressão política, a dívida externa e a inflação, que voltou a ser galopante nos anos 80. A economia do país também cresceu.