Como está a economia no governo Bolsonaro?

Perguntado por: aornelas . Última atualização: 3 de maio de 2023
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O legado de crescimento do quadriênio de Bolsonaro parece melhor do que imaginávamos há pouco tempo. A taxa de desemprego fechou outubro em 8,3%, o menor valor desde maio de 2015. Os salários crescem acima da inflação desde julho e encontravam-se, em outubro de 2022, 5% acima do valor do mesmo mês de 2021.

Sob Bolsonaro, aprovação da Reforma da Previdência
Durante o governo de Jair Bolsonaro e do ministro da Economia Paulo Guedes (2019-2022), o Brasil cresceu 1,5% ao ano, taxa inferior à registrada nos governos de FH, Lula e no primeiro mandato de Dilma.

Além disso, o governo somente até maio já aumentou o valor do Bolsa Família, reajustou os salários do funcionalismo público em 9% e anunciou o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 2.640.

Dividendos e concessões
Em 2022, o governo recebeu R$ 87,9 bilhões em dividendos e participações das suas empresas, alta de 85,1% em relação ao ano anterior. Já a receita com concessões e permissões subiu 343%, atingindo R$ 47,5 bilhões em 2022. Foram as duas maiores altas percentuais pelo lado da receita.

A prévia da inflação, medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), desacelerou no período, com taxa anual partindo de 5,90% em dezembro de 2022 para 3,40% em junho.

Apenas entre o primeiro e o segundo ano de Bolsonaro (2019/2020), 2.865 empresas encerraram as atividades enquanto Guedes cortejava seus pares no mercado financeiro.

No segundo semestre de 2020, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, a autoridade monetária nacional começou a liberar o Pix aos usuários. Segundo o Banco Central, o serviço acumulou mais de 140 milhões de usuários (pessoas físicas) até maio de 2023.

O Governo Lula caracterizou-se pela baixa inflação, que ficou controlada, redução do desemprego e constantes recordes da balança comercial. Na gestão do presidente Lula observou-se o recorde na produção da indústria automobilística em 2005, o maior crescimento real do salário mínimo e redução do índice de Gini.

Durante os anos do governo Lula, o PIB brasileiro teve um crescimento médio de 4% ao ano |3|. Esse cenário de crescimento econômico, conforme citado, ancorou-se, sobretudo, no crescimento das exportações de matérias-primas e commodities do Brasil para nações em vertiginoso crescimento, como a China.

Na economia, Lula bate Bolsonaro, mas presidente estabilizou dívida pública - 28/10/2022 - Mercado - Folha.

Segundo o estudo, que considerou dados a partir de 1980, o bom desempenho da economia começou seis meses após a posse do presidente Lula e se prolongou por 61 meses. O segundo melhor período foi entre fevereiro de 1987 e outubro de 1988, na gestão do ex-presidente José Sarney.

A três semanas do fim de seu mandato, o presidente Jair Bolsonaro (PL) assinou nesta segunda-feira (12) uma MP (Medida Provisória) para elevar o salário mínimo a R$ 1.302 a partir de 1º de janeiro de 2023. A ampliação do piso nacional representa um reajuste de 7,4% em relação aos atuais R$ 1.212.

O que Lula anunciou? O salário mínimo passará para R$ 1.320, aumento de R$ 18 em relação ao valor em vigor. O novo mínimo passa a valer a partir de amanhã (1º). O reajuste de R$ 18 garante um aumento real de 2,8% em 2023.

O governo Bolsonaro não seguiu a regra de reajuste do salário mínimo vigente entre 2011 a 2019, que permitia reajuste real do piso nacional. A gestão preferiu se ater à obrigação constitucional de repor a inflação utilizando o INPC.

Em janeiro, o Tesouro Nacional divulgou dados que apontam um superávit primário de R$ 54 bilhões nas contas públicas do governo central, que envolve União, Banco Central e Previdência Social. Esse desempenho positivo não era registrado desde 2013.

Equivale a R$ 139 bilhões. Ou seja, o que o Brasil investe repõe levemente o estoque dos ativos. Mas é insuficiente para suprir as necessidades do país.

O governo central, composto por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou déficit primário de R$ 45 bilhões em maio de 2023. No mesmo período do ano passado, o rombo foi de R$ 39,3 bilhões.