Como matar a cólera?

Perguntado por: lneves . Última atualização: 29 de janeiro de 2023
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As vítimas da cólera são sempre tratadas com soluções de reidratação oral – soluções pré-embaladas de açúcares e sais misturados com água e ingeridos em grande quantidade. A reposição dos fluidos em caso de estado grave deve ser feita de forma intravenosa e, por vezes, combinada com antibióticos.

A cólera pode ser benigna com cura espontânea, mas também pode ter evolução rápida, com o paciente indo a óbito em apenas 24 horas. Os sintomas se manifestam após 2 a 3 dias do contágio ou em somente algumas horas.

Evitar o consumo de alimentos crus ou mal cozidos (principalmente os frutos do mar) e alimentos cujas condições higiênicas, de preparo e acondicionamento, sejam precárias. De preferência, consuma água mineral engarrafada ou outras bebidas industrializadas.

A vacina contra a cólera (DUKORAL®) é uma vacina inativada, para administração oral, em indivíduos com idade igual ou superior a 2 anos e está indicada para viajantes para zonas endémicas/epidémicas da doença.

No início de 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou que cerca de 1,3 a 4 milhões de casos de cólera são registrados anualmente em todo o mundo, com mortalidade de 21.000 a 143.000 pacientes.

Apesar de sua introdução pela Região Norte, foi no nordeste que a cólera se difundiu com toda a intensidade, concentrando 155.356 casos e 1.712 óbitos, o que corresponde a 92,15% dos casos e 84,17% dos óbitos registrados no país no período.

O marisco mal cozinhado é uma das principais fontes de cólera. Os seres humanos são o único animal afetado.

No surto de cólera ocorrido em 1854 em Londres o médico londrino John Snow fez uma descoberta que salvaria milhares de vidas.

Apesar de organizações humanitárias estarem alertas sobre o tamanho da epidemia, outro motivo de preocupação é a velocidade de contágio: a cólera se alastrou por quase todas as províncias do país devastado pela guerra e em poucos meses infecta uma média de 5 mil pessoas por dia.

A partir doo século XII, as viagens à Ásia, principalmente Índia, trouxeram à Europa uma doença desconhecida, que causava diarreia, náusea, cãibras e fraqueza. A doença ganhou o nome de cólera não porque a pessoa infectada ficasse nervosa, irada.

Sinais e sintomas da cólera
O período de incubação para cólera é 1 a 3 dias. A cólera pode ser subclínica, caracterizada por um episódio de diarreia não complicada e discreta, ou uma doença fulminante, potencialmente letal. O início dos sintomas é geralmente abrupto, indolor, com diarreia aquosa e vômitos.

O principal sintoma da doença é diarreia volumosa acompanhada de vômitos. Cólera é uma doença infectocontagiosa aguda do intestino delgado, causada por uma enterotoxina produzida pela bactéria vibrio colérico (Vibrio cholerae).

Cólera é uma irritação forte, uma ira, um impulso violento que nos incita contra aquele ou aquilo que nos ofende ou indigna. É um comportamento de ferocidade, de irritação. Ex.: Ele não consegue controlar sua colera contra seu agressor.

Num período de aproximadamente três anos, compreendido entre abril de 1991 e abril de 1994, o V. cholerae conseguiu adentrar em todas as regiões brasileiras, sendo o seu maior impacto sentido, devido à grande produção de casos, nas regiões Norte e Nordeste, com o Sul e Sudeste sendo poupados.

Organização Mundial da Saúde diz que resultado se deve à prevenção e tratamento nos maiores focos globais da epidemia: Haiti, RD Congo e Somália; nos países de língua portuguesa, Angola teve maior número de pacientes; já Cabo Verde e São Tomé e Príncipe não registaram casos.

Em julho de 1856, o grande surto de cólera arrefeceu no Rio de Janeiro. Em 1867, a doença estava de volta em toda província do Rio de Janeiro, porém com menor intensidade na capital. E só foi considerada erradicada ao final do século XIX.

Já usada em vários países e aprovada recentemente no Brasil, a vacina contra a doença se compõe de diferentes frações das cepas Inaba e Ogawa do Vibrio cholerae e da subunidade B da toxina colérica recombinante.

A terceira pandemia de cólera (1846-60) foi o terceiro grande surto de cólera com origem na Índia no século XIX e que se alastrou muito para além das suas fronteiras. Investigadores da UCLA acreditam que o surto pode ter começado em 1837 e durado até 1863.

É transmitida pela ingestão da água, alimentos, peixes, frutos do mar e animais de água-doce contaminados por fezes ou vômito de indivíduo portador da doença, sem o devido tratamento. Mãos que tiveram contato com a bactéria ou mesmo moscas e baratas podem provocar a infecção por este patógeno.

Peste de Justiniano (541-x). A primeira contaminação registrada de peste bubônica. Começou no Egito e chegou à Constantinopla na primavera seguinte, enquanto matava (de acordo com o cronista bizantino Procópio de Cesareia) 10 000 pessoas por dia, atingindo 40% dos habitantes da cidade.