Como o clima afeta o humor de uma pessoa?

Perguntado por: dsilveira . Última atualização: 28 de janeiro de 2023
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O humor pode sim ser moldado por questões mais ambientais. A produção de determinados neurotransmissores e hormônios se dá a partir da luminosidade, de questões da temperatura. Então, o ambiente pode alterar (o humor) sim.

- Quando tomamos sol, nosso corpo libera serotonina, neurotransmissor responsável pelo controle da ansiedade e bom humor. Já em dias nublados, liberamos melatonina, o hormônio do sono, que nos deixa sonolentos e indispostos.

A temperatura e as condições ao ar livre exercem efeito direto sobre como nos sentimos física e mentalmente, revela um conjunto crescente de pesquisas. À medida que padrões climáticos de calor muito forte vão ficando mais frequentes — a realidade das mudanças climáticas —, nosso bem-estar pode sentir os efeitos disso.

Os pesquisadores explicam que a hipótese aceita até a descoberta do programa genético é de que a maior longevidade em locais frios se dá por um processo termodinâmico passivo, no qual as temperaturas baixas reduzem a taxa de reações químicas e, consequentemente, a velocidade do envelhecimento.

Nossa temperatura corporal diminui. E nos preparamos para dormir. Logo, os dias cinzentos, com falta de luz solar, geram o mesmo efeito. Por isso, nos sentimos apáticos e desanimados quando nosso corpo começa a se desativar.

Além de provocar danos à saúde física, como insolações, fadiga, desidratação, aumento das doenças cardiovasculares, respiratórias, imunológicas, mudanças climáticas geram, também, impactos na saúde mental das pessoas como estresse, ansiedade, depressão.

Estamos falando da proliferação de fenômenos meteorológicos extremos (ondas de calor e incêndios, ciclones e tufões, terremotos e maremotos, etc.), do aumento da poluição e seu impacto na saúde, da acumulação de lixo nos oceanos, da perda de biodiversidade, do estresse hídrico e da escassez de água, da exploração ...

As mudanças climáticas provocadas pelos seres humanos estão causando perigosas e generalizadas rupturas na natureza e afetando as vidas de bilhões de pessoas em todo o mundo, apesar dos esforços para reduzir riscos. As pessoas e os ecossistemas estão menos capazes de lidar com as consequências e são os mais afetados.

Hormônios por trás da alteração brusca de humor
Isso ocorre porque os hormônios estão intimamente relacionados com as emoções. Quando os níveis hormonais oscilam, é bem provável que haja um impacto efetivo sobre o estado de espírito. É o que ocorre, por exemplo, na tensão pré-menstrual (TPM), menopausa e gravidez.

O transtorno de personalidade borderline é uma síndrome mental caracterizada por sentimentos instáveis de humor, comportamento e relacionamentos, com mudanças de atitude súbitas e de forma impulsiva. Ela traz graves consequências para a vida de quem a possui.

Desequilíbrio hormonal. Níveis inadequados de certos hormônios, como o cortisol (estresse) ou a dopamina (prazer), podem impactar diretamente o humor. Mulheres durante a tensão pré-menstrual (TPM), gravidez e menopausa, em especial, sofrem mais com o humor oscilante.

Regiões de clima tropical, com calor e grande luz solar na maior parte do ano, favorecem a interação social na rua. Já países com inverno de frio e chuva incentivam a população a recolher-se em espaços fechados, o que contribui para a introspecção.

Assim como Jared, Ercília assegura que o clima influencia as pessoas de muitas maneiras. “Chuvas torrenciais, impactam a vida de um cidadão comum e promovem problemas na agricultura. Além disso, há agravamento dos problemas sociais quando ocorrem desastres climáticos, como: chuva forte e secas intensas”, salienta.

Praticamente todas as nossas atividades dependem das condições climáticas, desde o dia a dia do cidadão comum até as mais importantes atividades econômicas, como a agricultura, os transportes, o turismo etc. Além disso, os registros guardados podem ser usados no estudo das variações climáticas.

Para acabar com a discussão, a ciência definiu a temperatura ideal para o ser humano, baseada nos gastos energéticos do organismo: 22°C.

Em 2015, outro estudo na revista The Lancet concluiu que o frio matava 14 vezes mais que o calor com base em 74 milhões de óbitos registrados em 13 países. Por ano, indicou o estudo, 140 mil pessoas morrem de calor, mas dois milhões morrem por consequências do frio.

A quantidade de luz do Sol que entra por portas e janelas é determinante para definir se uma casa ou um apartamento é quente ou frio. “O apartamento que não recebe radiação solar não tem sua temperatura elevada”, explica Marcelo Nudel, arquiteto especialista em conforto ambiental.