Como os índios fazem a cor preto azulado?

Perguntado por: ipereira . Última atualização: 28 de janeiro de 2023
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O corante de jenipapo é obtido a partir do fruto jenipapo, que é muito utilizado na pintura corporal indígena devido a sua tonalidade forte (preto-azulada) e a sua durabilidade.

As tintas são feitas de elementos naturais, como urucum e jenipapo, e podem manter-se na pele por um período de 15 a 20 dias.

— No Brasil, temos uma variação de pele índigena: na região Centro-Oeste, há um predomínio do mameluco, isso é, de um tom de pele meio amarelado, para quem são indicados tons de rosa e bronze. Já os índios do Norte têm a pele mais escura ou avermelhada, que fica melhor com tons de vermelho escuros e dourados.

As tintas utilizadas nas pinturas pelos povos indígenas são produzidas a partir de frutos, como é o caso do fruto do urucuzeiro (uru- cum) e do fruto do jenipapeiro (jenipapo) e de outros elementos naturais como o carvão, a argila, e outros.

Como fazer
Em um recipiente, coloque 25 mililitros de cola branca, a mesma medida de água e 12,5 gramas (ou uma colher de sopa bem cheia) de urucum. Para conseguir tons mais escuros ou mais claros, ponha mais ou menos corante.

A arte plumária é uma arte muito colorida. Várias etnias, além de utilizarem as penas nas cores do próprio pássaro, utilizam técnicas de tingimento, conhecida como “tapiragem”. Ou seja, a transformação da cor da pena.

Afinal, em nosso imaginário, há pouquíssimas variações sobre o que é ser indígena. Em geral, a figura que vem à cabeça é de pessoas de cabelos pretos e lisos, pele dourada, olhos puxados. Têm o corpo nu ou minimamente recoberto com acessórios feitos de penas, palha, sementes, ossos. Na cabeça, usam um exuberante cocar.

Segundo ela, a tinta é extraída do jenipapo verde coado para retirar a massa. Depois disso, o líquido é misturado com o carvão. O procedimento leva aproximadamente uma hora. O desenho é colocado no corpo com um espinho.

De poder colorante intenso, o urucum também tem seu papel na pintura corporal dentre os indígenas. Para elaborar a tinta, neste caso, os caroços avermelhados são removidos da casca, moídos, ralados ou triturados, e torrados. É ali, na parte externa da semente, que se encontra a maior parte do corante.

Para a elaboração das tintas são utilizadas sementes de urucum, gordura de macaco, suco de jenipapo e resinas perfumadas.

Só três ingredientes são necessários para fazer tinta em casa: água, cola branca líquida e um alimento colorido em pó. Confira a receita. Misture o açafrão e a água até formar uma pastinha. Em seguida, acrescente a cola branca e mexa bem.

Outro termo muito comum para chamar os brancos é caraíba, karaíba ou kajaíba. Na região do Xingu, no Mato Grosso, diversos povos diferentes, como os Mehinako, os Kuikuro, os Kalapalo e os Kawaiwete, usam variações dessa palavra.

Hoje é possível realizar um teste de ancestralidade facilmente, onde diversos laboratórios já oferecem este exame a seus clientes. A coleta do material a ser analisado é bem simples, basta um pequeno furo no dedo ou a coleta utilizando um swab na parte interna da bochecha.

Atualmente é possível realizar um exame de DNA para traçar o seu perfil genético. Dessa maneira, após coletar uma amostra do DNA (em geral, por meio da saliva) o teste oferece informações acerca da ancestralidade por meio de um relatório de etnia.

Os Paresi, Kayapó e Karajá são povos que também fazem pinturas corporais e ampliam a arte para os não-indios. Para os Bakairi cada pintura tem um significado.

Os índios brasileiros usam semente de urucum para colorir o corpo, cabelos e outros artefatos de vermelho. Do fruto do jenipapo, extraem o azul, também usam carvão e terra para pintar de preto, branco e amarelo.

As primeiras representações da pintura corporal datam de cerca de 30.000 anos atrás e foram encontradas em cavernas na Europa. No entanto, a arte da pintura corporal é bem documentada em várias culturas ao redor do mundo, incluindo a África, América do Norte e América do Sul.

A cor preta é feita com carvão. Quebre bem os pedaços até que fique apenas um pó, depois é só seguir as etapas aprendidas anteriormente para ter tinta preta.

“Dá maior resistência à cor, contra agentes como vento e chuva; também é importante misturar cola branca PVA à tinta, que estabiliza a liga da cal com o pigmento”, explica. Para manipular todos esses materiais, é indicado usar máscara de proteção, óculos e luvas látex.

Cor Verde – Erva-mate: foram colocadas dez colheres de erva mate em um recipiente com água fervida e fria, após doze horas ela deve ser coada e adicionada à cola ou clara de ovo para aglutinar e ao bicarbonato para a cor fixar. Esquema: Extração de pigmento + aglutinante + fixador = tinta natural.

Para realizar a pintura, os índios utilizam tintas naturais feitas à base de plantas e frutos. A cor branca é alcançada com o uso da tabatinga, a tonalidade vermelha, por sua vez, é obtida com o urucum. Outros frutos como o jenipapo também são bastante usados.

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