Como se confirma a morte cerebral?

Perguntado por: ipimenta6 . Última atualização: 18 de maio de 2023
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Um médico conduz os exames médicos que dão o diagnóstico de morte encefálica. Esses exames são baseados em sólidas e reconhecidas normas médicas. Entre outras coisas, os testes incluem um exame clínico para mostrar que seu ente querido não tem mais reflexos cerebrais e não pode mais respirar por si próprio.

O protocolo de morte encefálica, contempla a execução de dois exames clínicos, um teste de apneia e um exame complementar comprobatório. Os exames clínicos devem ser realizados por dois médicos diferentes, não envolvidos com as equipes transplantadoras.

Com uma lesão cerebral gravíssima, ele pode ter desligado os aparelhos que o mantêm vivo. Pelo menos essa é a decisão da equipe médica que cuida do menino. Mas essa decisão gerou não apenas angústia para os familiares, mas muitos debates e batalhas na Justiça.

Sem atividade no tronco cerebral, a vida humana podia ser considerada extinta. Mesmo na ausência de um tronco cerebral em funcionamento, o coração continua a repetir suas sístoles e diástoles, garantindo acesso de oxigênio ao resto do organismo para as atividades inerentes à vida vegetativa.

Se o paciente ou os parentes concordarem, os procedimentos que o mantêm vivo são interrompidos pelo médico. A norma, aprovada por unanimidade em plenária do CFM, vale para médicos de todo o País.

Isso porque as funções vitais controladas pelo cérebro deixam de ser realizadas espontaneamente, provocando o colapso de todos os órgãos em poucos minutos. Com a intervenção de aparelhos, os órgãos continuam ativos por alguns dias, no máximo até uma semana.

Na morte cerebral, o cérebro de uma pessoa parou completamente de funcionar, mas o corpo está sendo mantido vivo por aparelhos de respiração e medicamentos. Os aparelhos podem respirar por alguém que tem morte cerebral, e medicamentos podem manter o coração batendo por um curto período.

Qual a diferença entre morte encefálica e coma? A morte encefálica ocorre quando se torna impossível reverter a perda das funções cerebrais e do tronco encefálico. Já o coma é um estado de irresponsividade, em que o paciente não consegue interagir com o meio, e não responde a estímulos vigorosos.

O Sinal de Lázaro (ou reflexo de Lázaro) é um movimento reflexo em pacientes com morte encefálica ou falência cerebral,que faz com que estes levantem brevemente os braços e os deixem cair cruzados em seus peitos (em posição similar à de algumas múmias egípcias).

Quando uma pessoa morre, o sangue começa a se mover em direção às regiões mais baixas do corpo devido à gravidade, resultando em uma coloração avermelhada e azulada nas regiões inferiores do corpo – como se fossem manchas.

O enfermeiro se apresenta como um otimizador de todo o procedimento de doação de órgãos e tecidos e possui um papel fundamental na busca ativa e na manutenção de pacientes com morte encefálica, além de se articular com os familiares a fim de obter uma decisão favorável a doação.

O doador falecido por morte encefálica pode doar fígado, rins, pulmões, pâncreas, coração, intestino delgado e tecidos. O doador falecido por parada cardíaca pode doar tecidos: córneas, pele, ossos, tendões, vasos sanguíneos, etc.

Estado vegetativo ocorre quando o cérebro (a parte do cérebro que controla o pensamento e o comportamento) não funciona mais, mas o hipotálamo e o tronco cerebral (as partes do cérebro que controlam as funções vitais, tais como ciclos de sono, temperatura corporal, respiração, pressão arterial, frequência cardíaca e ...

Antes da morte encefálica ser declarada, todo o possível é feito para salvar a vida do seu ente querido. Após o diagnóstico de morte encefálica, não há qualquer chance de recuperação. Dizer adeus a um ente querido que está em morte encefálica é uma experiência difícil.