Como usar o verbo haver no futuro?

Perguntado por: rbelem . Última atualização: 13 de maio de 2023
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A preposição “a” – na relação temporal – indica futuro, como nas conhecidas expressões: “daqui a seis meses”, “daqui a um determinado tempo”. De outra sorte, é válida a lembrança: caso houvesse a referência pretérita, o uso seria do verbo haver: “há seis meses”, “há um tempo”.

O verbo “haver” nos sentidos de “existir”, “acontecer”, “ocorrer” é um verbo impessoal, ou seja, não possui sujeito, e é empregado na terceira pessoa do singular, independente do tempo verbal. Veja: a) Havia pássaros no céu.

Esse verbo, no sentido de “ocorrer” ou “existir”, é impessoal. Isso significa que permanece na terceira pessoa do singular, pois não tem sujeito. Portanto, é errônea a flexão do verbo no plural.

Fazer, quando exprime tempo, é impessoal, ou seja, não tem sujeito. Portanto, deve-se manter na terceira pessoa do singular: Faz dois anos que nos conhecemos, Ontem fez quinze dias que aconteceu o acidente.

A forma correta é vai haver. O verbo haver, no sentido de «acontecer, existir», é impessoal, pelo que tem de se conjugar sempre na terceira pessoa do singular.

Hão vem do verbo haver. O mesmo que: existem, possuem, têm, acontecem, ocorrem, comportam, presenciam, restam, decorrem.

Todos os dias, usamos “tem isso”, “há aquilo”, “tem mesmo?” Qual é, então, a diferença entre os citados verbos? Bem simples e vital: o “ter” só deve representar POSSE; já o “haver”, enquanto verbo principal, representa EXISTIR, ACONTECER, OCORRER.

Haverão vem do verbo haver. O mesmo que: existirão, possuirão, terão, acontecerão, ocorrerão, reaverão, comportarão, presenciarão, restarão.

O verbo haver e fazer são impessoais, portanto, não admitem sujeito e são flexionados na terceira pessoa do singular. O verbo haver é impessoal quando tem sentido de existir e também de tempo decorrido. Exemplo: Havia uma cadeira vaga na sala de aula.

As duas palavras - haviam e havia - existem na língua portuguesa e estão corretas. Ambas são formas conjugadas do verbo haver no pretérito imperfeito do indicativo. Estão, contudo, conjugadas em diferentes pessoas.

Se você acha que o certo é "estão havendo", cuidado! Note que o verbo principal da locução verbal é o verbo impessoal "haver" (com sentido de existir/ocorrer). Quando isso acontece, o verbo auxiliar fica obrigatoriamente na 3ª pessoa do singular. Por isso, "está havendo" é a única forma correta na frase!

Porém, quando o verbo “fazer” indica tempo decorrido ou temperatura, ele se torna invariável ou impessoal. Isso quer dizer que ele deve ser usado sempre no singular. Desse modo, o correto é dizer ou escrever “Faz cinco dias que não como carboidrato”, e não “Fazem cinco dias que não como carboidrato”.

Quando o verbo FAZER se refere a tempo transcorrido, ele é impessoal. Ou seja, ele não tem sujeito com quem concordar e então deve ser empregado sempre no singular. Por isso, devemos dizer: faz 20 anos que o conheço/ Fazia três anos que ele não tirava férias.

Enquanto o “faz” pode ser a forma conjugada do verbo a ser usada tanto como pessoal quanto como impessoal, o “fazem”, o verbo “fazer”, conjugado na 3ª pessoa do plural no indicativo, só pode ser usado como verbo pessoal. Ou seja, o “fazem” indica uma ação que duas ou mais pessoas toma.

É o caso da frase acima, na qual a locução verbal “vão ter” é empregada no sentido de “vai haver”, impessoal, isto é, sem sujeito e, se não há sujeito, ambos os verbos que a constituem devem ficar no singular: vai ter.

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