Estava na menopausa e engravidei?

Perguntado por: alima . Última atualização: 27 de abril de 2023
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De fato, a possibilidade de engravidar naturalmente na pós-menopausa é remota. O acontecimento é raro e não pode ser adotado como uma resposta para o questionamento elencado no título.

Gravidez na pré-menopausa
Portanto, mesmo com baixa produção de óvulos, comum a partir dos 35 anos, ainda é possível que na pré-menopausa a mulher engravide naturalmente, às vezes, sem esperar por aquilo. Ainda assim, a taxa de gravidez nessa fase é bastante baixa.

Uma mulher que costuma ficar sem menstruar por meses, sem qualquer previsibilidade de quando terá uma nova menstruação, pode ter ciclos anovulatórios (sem ovulação). No entanto, mesmo que uma mulher não menstrue, ela pode ovular.

Mas a probabilidade de uma gravidez assim ocorrer de forma espontânea é considerada remota. “Acima de 50 anos, a chance é de 0,1%, uma em cada mil mulheres”, explica Rodrigo Rosa, médico ginecologista especialista em Reprodução Humana e membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA).

Ausência de menstruação, dor nas mamas, cansaço, alterações no sono, variações de humor. Todos esses sintomas acontecem tanto na gestante quanto na mulher na pré-menopausa.

Um dos sintomas que a ajudará a saber se você está ovulando é uma dor localizada no local do ovário que está funcionando. Uma espécie de cólica concentrada. AUMENTO DA TEMPERATURA CORPORAL: Durante os dias da ovulação, a temperatura do seu corpo aumentará entre 0,5 e 1 grau acima do normal.

Considera-se o período fértil da mulher os dias em que ela tem maior probabilidade de engravidar. Geralmente, costuma-se durar cerca de 6 dias, mês a mês, surgindo logo depois da primeira menstruação até o início da menopausa (entre 44 e 55 anos).

As chances de gravidez são baixas nesta fase, e os sintomas incluem irregularidade menstrual, osteoporose e sufocos, relacionados à queda dos hormônios sexuais femininos. A ovulação ainda pode ocorrer de forma irregular, o que torna possível, sim, engravidar durante a menopausa.

Na faixa dos 50 anos, a probabilidade de existirem óvulos capazes de serem fecundados naturalmente é quase nula. Com os avanços na área da medicina reprodutiva, pode-se viabilizar uma gestação saudável até essa idade.

Claudia Raia engravidou naturalmente depois de ter tentado ter o terceiro filho por meio de uma fertilização in vitro. Ela tinha poucos óvulos congelados e a tentativa não deu certo. De acordo com a própria artista, sua médica a orientou a se prevenir nas relações porque ainda restavam quatro óvulos em seu corpo.

A supermodelo Naomi Campbell se tornou mãe aos 50. Ela mostrou seu bebê pela primeira vez na capa da revista americana Vogue, em maio de 2021. A notícia de sua gravidez, na época, gerou bastante comoção. Ela não divulgou maiores detalhes sobre a gestação, mas garantiu que a filha não é adotada.

Um pouco mais tarde, em torno dos 35 anos, inicia-se a fase do climatério, que se prolonga até os 65 anos de idade da mulher. Essa fase apresenta vasta sintomatologia, que circula entre mudanças físicas, psicológicas e sociais.

Suores noturnos e dificuldade para dormir
As ondas de calor e a oscilação da temperatura corporal, especialmente no período noturno, podem comprometer a qualidade do son. Muitas mulheres referem insônia, que é a dificuldade para dormir e/ou permanecer dormindo.

O útero demora mais para envelhecer do que os ovários, o que aumenta a possibilidade uma gravidez acima dos 60 anos”, explica Borges, responsável pelo caso de Ana Maria. O que vai determinar se a mulher pode ou não passar por um procedimento de reprodução assistida é a sua condição de saúde.

Claudia tentou engravidar por meio de inseminação artificial, mas o procedimento não deu certo. Em uma entrevista ao “Mais Você”, ela comentou que decidiu “tocar sua vida”, até porque já tinha entrado na menopausa. No entanto, ela ovulou sem saber e foi surpreendida com a notícia de que estava grávida.

A gestação após esta idade também traz maiores riscos de hipertensão, pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, tireoide, partos prematuros, problemas genéticos ao bebê e riscos à mãe. Por isso, o pré-natal precisa ser especializado, com exames e consultas mais frequentes.

Com o passar dos anos, o corpo gradualmente para de produzir o estrogênio. Mas isso não ocorre da noite para o dia: pode levar anos para que esse hormônio chegue a níveis baixos. Neste processo, o armazenamento de óvulos declina, afetando pouco a pouco a ocorrência da ovulação, menstruação e gravidez.