O que acontece quando o embrião morre?

Perguntado por: aferreira . Última atualização: 29 de janeiro de 2023
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Dá-se quando o embrião ou feto morre ou deixa de se desenvolver, mas fica retido, juntamente com os produtos da conceção (feto, placenta e saco amniótico), no útero materno, durante semanas e até meses.

Em casos de óbito embrionário durante o primeiro trimestre – abaixo de 12 semanas de gestação -, é possível esperar até 15 dias para que o organismo aja sozinho e expulse naturalmente.

Isto pode ocorrer por ação direta do agente no útero ou indiretamente, pela hipertermia materna ou pela produção de toxinas que possam atingir o embrião ou feto. As infecções uterinas também são causas de morte embrionária, neste caso geralmente no início do desenvolvimento do embrião, quando este chega ao útero.

Conforme a Dra. Fernanda, a gravidez anembrionária “é diagnosticada nas primeiras semanas da gravidez, através do ultrassom obstétrico transvaginal”. Assim, o ginecologista poderá analisar a bolsa amniótica e verificar que não há embrião, batimentos cardíacos e movimento fetal.

É esperado que após um período de aproximadamente 15 dias após a resolução de um abortamento espontâneo o hCG não seja mais detectado no sangue ou urina. É importante ressaltar que antes da eliminação completa do abortamento, seja espontaneamente ou através de curetagem, o hCG ainda pode ser detectado.

É possível ainda que o aborto aconteça sem sangramento ou dor e a mulher irá descobrir que a gravidez não está se desenvolvendo ao realizar os exames de pré-natal.

Como é feito o tratamento
Caso não seja tratado, os restos do feto podem causar sangramentos ou mesmo uma infecção, podendo colocar a vida da mulher em risco.

Sem a curetagem, os restos placentários apodrecem no útero da mulher, ocasionando infecções gravíssimas, a retirada do útero e até a morte. Embora a curetagem, apesar de a maioria das mulheres desconhecer, não ser um procedimento inofensivo, ela é necessária em casos de abortos provocados.

O ultrassom pode ser necessário. Geralmente gravidezes abaixo de 8 semanas evoluem para abortamento espontâneo completo. Para expulsão dos restos pode-se aguardar até 4 semanas. Você deverá fazer exames laboratoriais e avaliação clínica toda a semana, durante as 4 semanas de espera.

A maioria dos abortos espontâneos acontece antes da 12ª semana de gestação. A mulher pode inclusive não apresentar sinais palpáveis, e nem saber que sofreu um aborto. Isso ocorre quando a gestação está nas primeiras seis semanas e o embrião ainda está se formando.

Não existe um tratamento específico para o descolamento do saco gestacional. Na maioria dos casos o sangramento irá parar espontaneamente e em algumas semanas o hematoma retrocoriônico irá desaparecer.

A gravidez anembrionária ou gravidez anembrionada trata-se de uma condição que ocorre quando um óvulo fertilizado se implanta no útero da mulher, mas não se desenvolve como embrião, gerando um saco gestacional vazio.

Entre as situações mais comuns, estão a diabetes (quando não controlada), as doenças da tireoide como hipotireoidismo, as infecções e as malformações e problemas no útero, como septos uterinos, útero unicorno e adenomiose.

Mulheres, a falta de sintomas no primeiro trimestre não significa que sua gravidez não esta evoluindo bem. Se durante as consultas e principalmente depois de realizar o ultrassom esta tudo dentro da normalidade, não tem porque se preocupar.

Com 8 semanas o embrião já é visto ao ultrassom. Muitas vezes, a idade que a paciente acha que está de gestação, não bate com a idade de gravidez vista pelo exame de ultrassom. Por isso, quando não se vê nada no exame, sempre pede-se que seja repetido após 7-10 dias.