O que é naturalismo e hedonismo?

Perguntado por: omoraes . Última atualização: 23 de maio de 2023
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O naturalismo afirma que as propriedades morais podem ser explicadas em termos de propriedades naturais. Um exemplo recorrente de teoria naturalista é o hedonismo ético. O hedonismo ético sustenta que o bem último é o prazer e que todas as coisas que produzem prazer são boas.

Hedonismo vem do grego Hedonê — nome de uma guia, uma daemon ou uma deusa, na mitologia grega, que representa o prazer. Filha de Eros e Psiquê, Hedonê era a representação encarnada de uma vida prazerosa. O hedonismo é uma doutrina, ou filosofia de vida, que defende a busca por prazer como finalidade da vida humana.

Naturalismo é um movimento artístico-cultural desenvolvido na segunda metade do século XIX com expressões no teatro, na pintura e, principalmente, na literatura. É considerado uma ramificação radical do Realismo.

Exemplo do Naturalismo na pintura: a obra Os comedores de batatas, de Van Gogh. O Naturalismo é um estilo de época surgido na segunda metade do século XIX, na Europa. Suas principais características são o determinismo e a zoomorfização, elementos que o diferenciam do Realismo.

Fortemente ligado ao pensamento científico da época e influenciado por Darwin, o Naturalismo procurava estudar o indivíduo enquanto produto da sua hereditariedade (herança genética) e também do meio onde cresceu. O movimento se manifestou através de várias expressões artísticas como a literatura, a pintura e o teatro.

O naturalismo no Brasil foi inaugurado em 1881, com a publicação da obra O mulato, de Aluísio Azevedo. A principal característica desse estilo de época é o determinismo, ou seja, o destino dos personagens é determinado pela raça, meio em que vivem e época em que estão inseridos.

O naturalismo, estilo de origem europeia, foi introduzido no Brasil a partir da publicação do romance O mulato, de Aluísio Azevedo, em 1881. O naturalismo brasileiro, portanto, recebeu as influências do movimento que nasceu na Europa; assim, estava centrado em uma visão cientificista da realidade.

O hedonismo é uma doutrina moral e filosófica que prega a ideia de prazer extremo, um bem supremo que traz sentido para a vida e existência humana. Elaborado na Grécia Antiga, acredita que a busca incessante pelo prazer e a negação das dores são meios para o encontro da felicidade.

Os utilitaristas ingleses (Bentham e Stuart Mill) foram os continuadores do hedonismo antigo. Em muitas ocasiões, o hedonismo é confundido com o epicurismo. No entanto, existem algumas diferenças entre eles, sendo que Epicuro criou o epicurismo visando aperfeiçoar o hedonismo.

Em todo o caso, pode-se distinguir duas formas básicas do hedonismo: o hedonismo ético e o hedonismo psicológico.

O Naturalismo sofreu forte influência das teorias científicas que dominavam o cenário europeu na segunda metade do século XIX, como o socialismo, o positivismo e o darwinismo. No romance naturalista, o narrador se comporta como um cientista, que observa os fenômenos sociais como quem observa uma experiência científica.

A Linguagem do Naturalismo é impessoal, simples, clara, objetiva, equilibrada, harmônica, descritiva, minuciosa, coloquial, regionalista e engajada.

A existência humana é abordada pelos naturalistas de uma forma bastante objetiva e materialista. O homem é, portanto, visto como um produto biológico que age de acordo com os instintos, sendo, pelo naturalismo, comparado com os animais.

O realismo é uma vertente literária que se concentra em retratar a vida e o dia-a-dia da pessoa comum. Enquanto isso, apesar do naturalismo também retratar a vida dos indivíduos, coloca um aspecto científico à peça literária, dando mais ênfase nas influências da vida humana.