O que é o jogo simbólico para Piaget?

Perguntado por: oguterres . Última atualização: 31 de janeiro de 2023
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O jogo simbólico é, segundo Piaget,a forma mais pura do pensamento egocêntrico que consiste num pensamento centrado na perspectiva do sujeito, dominado pela aparência perceptiva do real e centrado sobre um aspecto da informação.

Os jogos simbólicos permitem a assimilação do mundo exterior ao “eu” da criança. Isto ocorre da seguinte forma: ao se tratar, por exemplo, da observação de uma briga entre seus pais, quando for jogar, a criança pode resolver esta briga através das suas representações.

Piaget (1978) aponta três sucessivos sistemas de jogo: de exercício, simbólico e o de regras.

Para melhorar esse brincar podemos pensar em algumas situações que os auxiliam nessa construção.

  1. invista em dar função ao brincar. ...
  2. Use o corpo. ...
  3. Crie personagens. ...
  4. Organize cenários para a brincadeira. ...
  5. Represente músicas.

Segundo Piaget, a partir dos 2 anos de idade, a criança ultrapassa a barreira da simples perceção, em que necessita do contacto direto com o real, para aceder a um nível de representação pela interiorização da imitação, favorecida pela função simbólica. Tem acesso a representar o mundo na sua cabeça.

Os 4 estágios do desenvolvimento cognitivo de Piaget. Jean Piaget divide o desenvolvimento cognitivo em 4 estágios principais: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal. É na transição entre eles que há maiores chances de acontecer o desequilíbrio entre assimilação e acomodação.

Na teoria de Piaget, o acesso ao nível pré-operatório, que surge entre os 18 meses e os dois anos, é caracterizado pelo aparecimento da função simbólica.

As atividades simbólicas se consolidam por meio das impressões que a criança constrói sobre o seu universo cultural e histórico. Entender este processo na surdez compreende o trabalho com a linguagem, resultante da imersão no mundo simbólico comum à terapeuta/professor/pedagogo e criança.

Explicação: É por meio do jogo simbólico que a criança cria um mundo imaginário, e este representa suas preocupações e os sentimentos que a incomodam na vida real. Dessa forma, a criança consegue exprimir, através de brincadeiras, algo que não conseguiria comunicar através de palavras.

Os recursos simbólicos são feixes de significados e experiências que envolvem a mediação semiótica - pessoal, com os outros e com o mundo - e exigem uma interação entre as pessoas e os elementos culturais. Tal interação é denominada por nós como experiência cultural.

ALGUMAS IDÉIAS DE VYGOTSKY: ASPECTOS COGNITIVOS DO JOGO
Existem, no uso dos jogos, dois aspectos primordiais: um referente à afetividade, expresso durante a ação, e outro referente aos aspectos cognitivos, por meio dos quais o jogo proporciona avanços nos processos de aprendizagem e desenvolvimento.

Piaget (1978) acredita que os jogos não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar a energia das crianças, mas sim meios que enriquecem o desenvolvimento intelectual e que podem contribuir significativamente para o processo de ensino-aprendizagem e no processo de socialização das crianças.

Os tipos de jogos: o técnico, o conceitual, o específico e o contextual.

O jogo simbólico é uma das formas de manifestação da função simbólica ou semiótica que emerge por volta dos dois anos de idade. Ao brincar de "faz-de-conta", a criança transforma o real, por assimilação mais ou menos pura, ao sabor das necessidades do eu (Piaget & Inhelder, 1966/2007).

A brincadeira simbólica leva à construção pela criança de um mundo ilusório, de situações imaginárias onde objetos são usados como substitutos de outros, conforme a criança os emprega com gestos e falas adequadas.

A importância do pensamento simbólico
Uma vez que o pensamento simbólico atribui noções imateriais a coisas e eventos concretos, ele permite que as crianças associem um determinado evento, lugar ou objeto a ideias abstratas, como os sentimentos.

As representações simbólicas sintetizam de maneira singular tanto a evolução e desenvolvimento da geografia cultural como também o fortalecimento teórico e metodológico alcançado pelos geógrafos durante este percurso.