O que os escravos passavam nas feridas?

Perguntado por: eoliveira . Última atualização: 1 de fevereiro de 2023
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Depois de levarem chicotadas, alguns escravos ainda sofriam mais essa punição: tinham as feridas esfregadas com sal, suco de limão ou qualquer outra substância que causasse extrema dor além de garantir que as cicatrizes fossem acentuadas.

Os doentes eram separados segundo o sexo e a faixa etária e com uma enfermaria para cada um deles. Não só os escravos eram tratados ali, mas todos os residentes da Fazenda, bem como os viajantes que, neste caso, pagariam pelo atendimento.

As principais observações que os compradores queriam verificar nas “peças” eram a rigidez dos músculos (por isso apalpavam os escravos). Olhavam também os dentes, os olhos, os ouvidos e solicitavam que os escravos saltassem e girassem para constatar suas condições de saúde.

Roque José Florêncio, morto em 1958, era o “escravo reprodutor” de fazenda do interior de São Paulo.

19 anos

Ao analisar dados de diversas fontes, Schwartz [*13] mostrou que no Brasil do último quarto do século XIX a expectativa de vida dos escravos, ao nascer, variava em torno de 19 anos.

Às 8h servia-se o almoço: arroz com leite, herança árabe, ou arroz temperado com gordura. Às 11h, uma ou duas bananas ou laranjas. Às 14h, o jantar com feijão misturado ao arroz e angu de milho, ou pirão de mandioca com um pedaço de carne seca. Na ceia, canjica bem adoçada.

As senzalas costumavam ser ambientes sem janelas ou camas, e os escravos dormiam no chão de terra ou em esteiras de tábua. Por isso, costumava-se acender uma fogueira no seu interior, para aquecimento e iluminação.

A senzala foi uma forma de moradia de populações escravizadas, vindas do continente africano num movimento conhecido por Diáspora Africana, ou a vinda compulsória de sujeitos para o trabalho no sistema escravista na colônia portuguesa.

Os barbeiros-sangradores eram uma categoria de ofício que majoritariamente no Rio de Janeiro do século XIX fazia a prática terapêutica da sangria. (PIMENTA, 1998) A sangria foi um recurso terapêutico amplamente usado pelas mais diversas práticas de cura, inclusive reconhecida pela medicina acadêmica da época.

“Tigreiros” ou “Tigres” eram os nomes dados aos escravos que tinham como função esvaziar barris com excrementos nos rios e praias.

As senzalas eram galpões de porte médio ou grande em que os escravos passavam a noite. Muitas vezes, os escravos eram acorrentados dentro das senzalas para se evitar as fugas. Costumavam ser rústicas, abafadas (possuíam poucas janelas) e desconfortáveis.

Dotada de rara beleza, tinha os olhos azuis, muito inteligente, possuía o dom da palavra e da cura. Foi perseguida e contestada pela Igreja Católica. A beleza e a inteligência de Anastácia incomodavam também as mulheres brancas de sua época.

#1 – Máscara antiterra
Por esse motivo, os escravos foram obrigados a usar máscaras horripilantes que bloqueavam suas bocas.

No imaginário popular, Anastácia era uma mulher de linda e rara beleza, que chamava atenção de qualquer homem. Ela era curandeira, ajudava os doentes, e com suas mãos, fazia verdadeiros milagres.