O que significa um neutrino?

Perguntado por: ocaetano . Última atualização: 25 de maio de 2023
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Os neutrinos são partículas elementares, um dos blocos fundamentais da natureza. "Eles são a segunda partícula mais abundante do Universo", explica Zornoza. "O que mais há no Universo são fótons, isto é, partículas de luz. Em segundo lugar, vêm os neutrinos."

A Terra é bombardeada por neutrinos vindos do espaço, sendo que 99,999% dessas partículas conseguem atravessá-la como se fosse transparente.

Neutrinos também podem ser produzidos quando raios cósmicos vindos do espaço colidem com as camadas superiores da atmosfera da Terra.

Trata-se de partículas subatômicas de massa infinitesimal e carga elétrica nula. Depois dos fótons, eles são o tipo de partícula mais abundante no universo. Os neutrinos são partículas subatômicas desprovidas de carga elétrica, extremamente leves e que existem em enorme abundância na natureza.

Cientistas conhecem a origem da maior parte dos neutrinos detectados em nosso planeta. Alguns deles vem do próprio núcleo da Terra, enquanto outros são produzidos e liberados nos processos de fusão nuclear do Sol e outras estrelas.

Neutrinos viajam acima de 300.000km/s e superam velocidade da luz, de novo.

Além disso, eles são muito pequenos: se fizermos uma comparação com o tamanho de um átomo (neutrinos estão dentro do núcleo atômico) e o átomo tiver o tamanho da Terra, o núcleo seria do tamanho de um campo de futebol e os neutrinos teriam o tamanho de um vírus.

Peso máximo do neutrino mais leve é de 0,0000000000000000000000000000000000015 quilograma.

neutrino

Entre as partículas que têm alguma massa, a menor é o neutrino. “Ele pode ter 4 x 10-33 grama,”, diz o físico Cláudio Furukawa, da USP. Isso equivale a um bilionésimo de trilionésimo de trilionésimo de grama – e dá uma massa 100 milhões de vezes menor que a do próton, que tem 1,67 x 10-24 grama.

Em uma tarefa que pode levar mais de 100.000 anos, eles são continuamente emitidos e então absorvidos pelos átomos do Sol e, cada vez que isso acontece, eles perdem energia. Já os neutrinos são disparados para fora da estrela quase instantaneamente assim que se formam.

O neutrino é extremamente difícil de ser detectado, apesar de muito abundante no Universo, ele pode viajar através da matéria sem interagir com um único átomo e sem deixar rastros, daí vem o apelido de 'Partícula Fantasma'.

A maioria dos neutrinos que atravessam a Terra foi produzida no Sol, mas podem originar-se também de reatores nucleares, explosões nucleares, decaimentos radioativos e da interação dos raios cósmicos com as camadas superiores da atmosfera terrestre.

O nosso Sol, por exemplo, é uma notável fonte de neutrinos, que são produzidos em grandes quantidades por meio do mesmo processo responsável por mantê-lo brilhando: a fusão nuclear. Esses são os neutrinos solares, tema do livro Neutrinos solares e o método científico, de autoria do físico Pedro Cunha de Holanda.

A existência do neutrino foi finalmente confirmada em um experimento conduzido pelos norte-americanos Clyde Cowan e Frederick Reines em 1956. Em 1995, essa descoberta experimental foi contemplada com o Prêmio Nobel, que Reines recebeu, em seu nome e no de Cowan, falecido em 1974.

"O neutrino é uma partícula fantasma; é basicamente quase sem massa", explica Sarkar. "Eles estão se movendo essencialmente na velocidade da luz e podem passar pela galáxia e não interagir com nada. É por isso que, para vê-los, você precisa de um detector enorme."

Eles são, na verdade, formados por objetos ainda menores: têm núcleos compostos de prótons (partículas com carga positiva) e nêutrons (partículas sem carga), e ao redor desse núcleo flutuam elétrons (partículas com carga negativa).

Os quasares são os maiores emissores de energia do Universo, sendo que um único deles emite entre 100 e 1000 vezes mais luz que uma galáxia inteira.

Em 1967, o físico russo Andrei Sakharov propôs que um dos motivos responsáveis por essa diferença está no fato de que a simetria dos neutrinos não é perfeita, fazendo com que cada um exiba propriedades ligeiramente diferentes. Para ele, foi justamente essa variação que levou ao excesso de matéria no nosso Universo.

Uma delas é a antimatéria. Desde que foi prevista pelo físico inglês P. A. M. Dirac, em 1928, e descoberta experimentalmente pelo americano Carl Anderson, em 1932, a antimatéria excitou a imaginação do público e passou a ser objeto de especulação de muita gente.

Oficialmente, não podemos viajar mais rápido que a luz, exceto partículas em um meio que não o vácuo, como a água. Mas há cientistas que decidiram propor algumas ideias que contrariam o postulado de Einstein, sem violar as leis da física conhecida — o que é importante quando se trata de uma hipótese científica.