Onde dormiam os escravos?

Perguntado por: evieira . Última atualização: 4 de fevereiro de 2023
4.1 / 5 4 votos

As senzalas eram galpões de porte médio ou grande em que os escravos passavam a noite. Muitas vezes, os escravos eram acorrentados dentro das senzalas para evitar as fugas. Costumam ser rústicas, abafadas (possuíam poucas janelas) e desconfortáveis.

De 12 a 16 horas por dia!!! Além disso, eles dormiam em verdadeiras pocilgas, chamadas de senzalas (nas grandes fazendas) ou em palhoças (nos lugares menores).

Os escravos dormiam no chão duro de terra batida ou sobre palha. Costuma haver na frente das senzalas um pelourinho (tronco usado para amarrar o escravo para a aplicação de castigos físicos). Algumas fazendas do interior do Brasil preservaram estas senzalas que hoje são visitadas como pontos turísticos.

Os escravos chamados "boçais", recém-chegados da África, eram normalmente utilizados nos trabalhos da lavoura. Havia também aqueles que exerciam atividades especializadas, como os mestres-de-açúcar, os ferreiros, e outros distingüidos pelo senhor de engenho. Chamava-se de crioulo o escravo nascido no Brasil.

As jornadas de trabalho dos trabalhadores escravizados nos engenhos variavam: o plantio (preparação do solo) demandava diariamente aproximadamente 13 horas de labor; já o corte e a moagem da cana-de-açúcar demandavam 18 horas diárias.

Os escravos de ganho e de aluguel geralmente moravam fora da casa do senhor. Habitavam os sótãos ou os subsolos dos sobrados, chamados de lojas, espécies de senzalas urbanas. Muitos residiam em grandes sobrados, localizados nos centros das cidades – espaços abandonados pelas elites.

Os escravos domésticos trabalhavam diretamente para seus proprietários ou "por aluguel", quando realizavam as funções destinadas na residência de outrem mediante ao pagamento de quantia estipulada por seu senhor.

Navio negreiro era o nome pelo qual ficou conhecido o barco que transportavam os negros destinados ao trabalho escravo no continente americano entre os séculos XVI e XIX.

A base da alimentação dos escravos nas senzalas dos engenhos consista em farinha de mandioca e o angu de milho. Em alguns, eram alimentados exclusivamente com angu de milho. Agradava-lhes mais o pirão do que a farofa. No Império, a comida do escravo era igualmente a mesma das classes mais humildes e pobres.

As minas correspondiam ao local no qual os escravos eram mais vigiados por seus senhores, que visavam evitar o contrabando de ouro. Além da vigilância permanente, o trabalho escravo realizado na mineração apresentava péssimas condições.

A condição da vida escrava era desumana. Os escravos se alimentavam de forma precária, vestiam trapos e trabalhavam em excesso. Trazidos da África para trabalhar na lavoura, na mineração e no trabalho doméstico, os escravos eram alojados em galpões úmidos e sem condições de higiene, chamados senzala.

Na casa-grande eram alojados o proprietário das terras, sua família e alguns escravos domésticos. Na senzala ficavam todos os escravos que trabalhavam nas colheitas e instalações produtivas do engenho.

Os locais no Brasil que mais receberam escravos foram Rio de Janeiro, Recife e Salvador. O tráfico negreiro só foi proibido no Brasil em 1850, por meio da Lei Eusébio de Queirós. Estima-se que o Brasil recebeu de 3,5 milhões a 5 milhões de africanos escravizados.

Eram, geralmente, construídas com paredes de taipa, pedra, cal, teto de palha, sapê ou telhas, piso de terra batida ou assoalho e poucas portas e janelas, mas muitas varandas e alpendres. Durante a maior parte do período colonial, o mobiliário utilizado era pouca: redes e colchões para dormir, tamboretes para sentar.

boçais - Dicionário Online Priberam de Português.

A forma correta de escrita da palavra é boçal. A palavra bossal está errada. Devemos usar a palavra boçal, que pode ser um adjetivo ou um substantivo comum, sempre que quisermos referir uma pessoa rude, ignorante, grosseira, com pouca cultura, inteligência e sensibilidade.